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O regresso às creches

O regresso às creches

Na Creche Nossa Senhora da Conceição vive-se uma nova realidade. Para alguns pais, a reabertura de portas era essencial, ainda que com muitas precauções.

Ação social

“Olá, Valentina, bom dia! Vamos para dentro, princesa?”. A alegria com que as educadoras da Creche Nossa Senhora da Conceição, da Santa Casa, recebem todas as crianças é das poucas coisas que a pandemia não conseguiu alterar. A adaptação a tempos diferentes obriga encarregados de educação e equipa da creche a cumprirem um conjunto de regras na hora de deixar as crianças.

Do outro lado do vidro os pais acenam com a mão em jeito de adeus. Numa situação normal, o pai da Valentina e a mãe do Leo não ficariam à porta. Agora, a conversa com as educadoras é breve e feita com a distância recomendada pela Direção Geral de Saúde (DGS).

À porta, mas das salas, fica o calçado e os brinquedos favoritos das crianças. Lá dentro, a divisão é feita por áreas de preferência: aproveitam para pintar, para ouvir histórias contadas pela educadora, mas há quem prefira aprender através da abordagem experiencial, uma metodologia aplicável em diversos contextos educativos, que promove o desenvolvimento de competências nas crianças.

Misto de sensações

Uma semana depois da reabertura das creches, muitos foram os pais que preferiram manter os filhos em casa. Nesta creche da Santa Casa, apenas 12 das 63 crianças inscritas na creche disseram presente.

“A partir de 1 junho serão 40 e até setembro já conto ter todas. As crianças vão voltando gradualmente, conforme a decisão que os pais tomarem. Tenho encarregados de educação que disseram que os filhos só regressam em setembro. Os próprios pais também se estão a adaptar a esta realidade”, revela a diretora da creche, Emília Gomes.

Inês Santos sentiu alívio quando recebeu a notícia da reabertura do infantário. “A creche facilita-nos muito a vida”, confidencia. Mãe de uma rapariga e de dois rapazes, de quatro, dois e um anos, interrompeu o trabalho para poder ficar com os filhos. Olha para o período de confinamento como tempos que ajudaram a reforçar os laços familiares.

“Acho que ficámos ainda mais próximos. Correu bem, mas não foi fácil. A certa altura eles já estavam saturados. Mantê-los entretidos durante o confinamento foi o mais difícil”, conta Inês, convicta de que com alguma criatividade é possível manter as crianças ocupadas e felizes durante o isolamento.

Esta mãe não esconde que, por estes dias, na hora de deixar os filhos na creche, sente um pequeno aperto. Tem medo de confundir uma eventual gripe sazonal com a Covid-19. “É normal que, ao saírem à rua e até mesmo por estarem em contexto de escola, os miúdos contraiam uma constipação. O meu medo é confundir as coisas e entrar em pânico”, revela.

Apesar do receio, os procedimentos tomados pela Creche Nossa Senhora da Conceição dão garantias a Inês. Não há dia em que não repare nos “imensos cuidados que todos têm a lidar com os miúdos e no amor das educadoras por eles”.

Já no que diz respeito à redução do número de crianças por sala, para que seja maximizado o distanciamento entre as mesmas, esta é uma medida “impossível”, no entender de Inês Santos. “São crianças, gostam de brincar com os amiguinhos, de tocar. Impedir isso é uma tarefa quase impossível!”, afirma.

“Uma forma diferente de comunicar”

A 16 de março, a pandemia obrigou ao encerramento das creches de todo o país, mas na Creche Nossa Senhora da Conceição o apoio às crianças continuou a ser prestado. Durante os dois meses de confinamento, o objetivo foi levar a creche à casa das crianças, com contactos diários, de modo a incutir alguma normalidade à situação. “As crianças necessitavam de ver a cara e ouvir a voz das educadoras e das auxiliares”, refere Emília Gomes.

As atividades continuaram a ser dinamizadas, à distância, e a chegar a casa das crianças por mail e por vídeo. Uma das educadoras teve a ideia de fazer um jornal, “O nosso Jornal”, com um conjunto de histórias sob o mote “Ler com Colo”.

“Depois de sair o primeiro jornal, achámos a ideia muita gira e decidimos fazer para todas as salas. Este jornal foi o grande impulsionador para todas as famílias saberem o que se passava. Foi uma forma diferente de comunicar”, revela a responsável, grata por tudo o que a equipa da Creche Nossa Senhora da Conceição tem feito: “Temos conseguido dar uma boa resposta aos desafios”.

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