Ao longo de todo o dia e à vez, foram efetuados rastreios específicos e destinados aos mais pequenos, por profissionais da Santa Casa, onde foram medidos alguns parâmetros, como aparecimentos de cáries, abcessos e o alinhamento da dentição. Posteriormente, todas as crianças assistiram a uma palestra sobre hábitos corretos para uma boa higiene oral. No fim, foi entregue a todas as crianças um diploma de participação.
Para Alexandra Balsas, enfermeira do Núcleo de Saúde Mais Próxima, a iniciativa “cumpriu o seu propósito”, adiantando que “ainda existe um longo caminho a percorrer na consciencialização que a saúde oral é tão importante como a nutrição ou a alimentação”.
“As pessoas ainda não têm noção que uma boa higiene oral pode diminuir o aparecimento de alguns problemas de saúde que aparecem já em idade adulta”, afirma a enfermeira concluindo que “no entanto, temos assistido a uma preocupação crescente por parte dos pais com a saúde oral nestas idades em que não se limitam a ensinar a lavar os dentes corretamente, mas também a adotar algumas medidas de prevenção, como a ingestão de alimentos menos açucarados”.
Em jeito de balanço da iniciativa, Alexandra Balsas deixa alguns dos cuidados que considera essenciais para uma boa higiene oral: “trocar a escova de dentes regularmente; ter em atenção a quantidade de pasta de dentes que se coloca na escova e ir ao dentista regularmente, no mínimo de seis em seis meses”.
A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, reconhecendo a carência de resposta ao nível da saúde oral na cidade de Lisboa e os custos associados a este acesso por via privada, elegeu a saúde oral como uma prioridade, privilegiando a infância e juventude como grupos alvo desta intervenção, com ações de sensibilização, rastreio e sinalização para encaminhamentos específicos e a criação de um futuro Centro Odontopediátrico na cidade dirigido à população infantojuvenil.