Participar num projeto pioneiro e dotar os participantes de ferramentas importantes para que possam integrar o mercado de trabalho. É a promessa da Santa Casa a 31 jovens da Unidade de Apoio à Autonomização (UAA), que vão usufruir da Bolsa de Entrevistadores, uma iniciativa da Direção de Estudos e Planeamento Estratégico da Santa Casa.
Este projeto visa ajudar à integração dos jovens na sociedade e, ao mesmo tempo, responder a uma necessidade da Santa Casa, relacionada com a realização de estudos internos ou externos, que impliquem entrevistas presenciais. Os estudos serão feitos nos grandes centros urbanos do país, em eventos apoiados pela Santa casa, nas mais diversas áreas. Todos os entrevistadores vão passar por um período de formação, com início previsto para setembro, de modo a adquirirem competências que permitam realizar as entrevistas de forma correta.
“É um projeto inclusivo e pioneiro, uma oportunidade para os nossos jovens. Este projeto iniciou-se há cerca de oito meses. Se temos um conjunto de jovens dentro da Santa Casa que nos podem ajudar a concretizar os estudos, através do seu papel como entrevistadores, porque não contar com eles?”, considera Pedro Trindade, diretor de Estudos e Planeamento Estratégico da Santa Casa.
Aproximar os jovens do mercado de trabalho
Gonçalo Vilhena, 18 anos, é um dos jovens que vai usufruir da Bolsa de Entrevistadores. Vê qualquer projeto da Santa Casa como “uma ajuda”. Tenta participar ao máximo nos eventos organizados pela instituição, mas admite que muita dessa proatividade deve-se à profissão que pretende vir a exercer: “quero ser educador de casas de acolhimento e isso envolve uma relação com pessoas. Sempre gostei de falar muito e de lidar com pessoas e, por isso, acho que este projeto é a minha cara”, revela.
Tal como Gonçalo, Catarina é presença assídua nas atividades organizadas pela Santa Casa. Perdeu a conta ao número de eventos que participou enquanto voluntária. Aos 24 anos, faz parte dos Apartamentos de Autonomia e ajuda na Orquestra Geração. “Quero aprender a fazer entrevistas, porque isso dá-nos alguns benefícios a nível profissional. Estou a tirar animação sociocultural e este projeto da Bolsa ajuda-me no currículo. Também é uma mais-valia ser remunerada, sobretudo em tempos de Covid-19”, conta a jovem, na esperança de que a Bolsa de Entrevistadores lhe proporcione ir a alguns eventos: “gosto muito de festivais de música. Aí posso juntar duas coisas de que gosto: o contacto com as pessoas e a música.”
A Bolsa de Entrevistadores permite uma aproximação ao mercado de trabalho e algum retorno financeiro aos jovens evolvidos. Através desta “pequena empresa” criada pela Bolsa de Entrevistadores, pretende-se dotar os participantes de skills que possam usar a nível profissional.
Esta é, sem dúvida, “uma mais-valia para os jovens e para a Santa Casa”, destaca Pedro Trindade.