O novo espaço foi inaugurado, esta quinta-feira, 10 de maio, na Travessa da Boa-Hora, no Bairro Alto. O antigo mercado vai funcionar como pólo de formação de técnicas das artes e ofícios, como o restauro, a joalharia, a serralharia, a tecelagem ou a pintura decorativa.
Workshops, exposições, formações e eventos temáticos serão algumas das atividades abertas ao público do Mercado. A partir desta quinta-feira, no Mercado de Ofícios, vai poder encontrar a arte do saber-fazer da Fundação Ricardo Espírito Santo Silva (FRESS) e da Latoaria Maciel.
A cerimónia contou com as presenças de Fernando Medina, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, de Edmundo Martinho, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), de Pedro Santana Lopes, presidente da Fundação Ricardo Espírito Santo Silva, de Carla Madeira, presidente da Junta de Freguesia da Misericórdia, e de Margarida Gamito, responsável pela Latoaria Maciel.
“Este é um projeto que tem tudo”. Foram as palavras de Edmundo Martinho. E continuou: O Mercado de Ofícios tem a capacidade de juntar a inovação ao respeito pela tradição e património, dinamiza as comunidades e é um exemplo de cooperação entre instituições.
Fernando Medina considerou que “hoje é um dia especial, desde logo, porque devolvemos um espaço abandonado à cidade de Lisboa”. O presidente do Município de Lisboa destacou que o Mercado de Ofícios é uma aposta na perseveração da história e da identidade da cidade e no facto de ser um projeto virado para futuro.
Por seu turno, Pedro Santana Lopes mostrou-se satisfeito pelo desafio lançado à FRESS, defendendo que é imperativo “conciliar a força e a beleza da tradição com a vertigem deste progresso acelerado em que vivemos. E é para isso que a Fundação cá está”.
O sentimento é unânime para Carla Madeira e Margarida Gamito: hoje é um dia feliz e um dia importante.
O Mercado de Ofícios resulta de um protocolo de parceria entre o Município de Lisboa, a Junta de Freguesia da Misericórdia e Santa Casa da Misericórdia de Lisboa . Estas entidades partilham da mesma visão, relativamente à proteção do património imaterial do saber-fazer das Artes e Ofícios tradicionais como área de importância decisiva para o desenvolvimento da economia criativa da cidade.
Um espaço de criatividade, inovação e inclusão social
A iniciativa procura gerar novas dinâmicas em mercados que estavam estagnados ou desativados, criando âncoras que tornem esses espaços atrativos e que estimulem a empregabilidade local.
A SCML está a desenvolver um projeto de empreendedorismo social na comunidade envolvente, designado “Casa de Impacto”, localizando-se, este, no Convento de São Pedro de Alcântara (muito próximo do Mercado dos Ofícios do Bairro Alto), e que pretende agregar no mesmo espaço todas as entidades ligadas ao empreendedorismo e inovação social, de forma a promover o impacto dos projetos.