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Será a música uma ferramenta para alcançar a saúde e o bem-estar?

Será a música uma ferramenta para alcançar a saúde e o bem-estar?

A conferência “Música para a Saúde e o Bem-estar” tentou responder a esta questão e partilhar experiências. O encontro marcou o fim do projeto “Cante pela sua saúde”, no qual utentes do serviço de apoio domiciliário e de centros de dia da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa participaram.

Ação social

Era uma evidência. Mas as conclusões do projeto não deixam margem para dúvidas: ouvir ou executar música contribui para melhorar a saúde e o bem-estar das comunidades e dos indivíduos. O projeto foi idealizado pela cantora Anabela Pires.

Organizada pela equipa do programa “Cante pela sua Saúde” do CIS-ISCTE, a conferência juntou esta quarta-feira, 10 de março, através da plataforma Zoom, investigadores e profissionais que partilharam o seu trabalho nas diferentes relações que existem entre a música e o bem-estar social ou individual.

A iniciativa pretendeu, igualmente, criar um espaço para a partilha de ideias e desenvolvimento de redes no estudo das intervenções musicais na promoção da saúde e bem-estar. Graça Fonseca, ministra da Cultura, Inês Medeiros, presidente da Câmara de Almada, Maria de Lurdes Rodrigues, reitora do ISCTE, José Amado da Silva, reitor da Universidade Autónoma de Lisboa (UAL), Conceição Amaral, presidente do Conselho de Administração do OPART/Teatro Nacional de São Carlos, Joaquim Barbosa, provedor da Misericórdia de Almada, e Edmundo Martinho, provedor da Misericórdia de Lisboa, foram alguns dos participantes.

Na sua intervenção, Edmundo Martinho considerou que este projeto representa, sobretudo, um momento de aprendizagem, ao assegurar que as pessoas, ao longo da sua vida, podem manter-se ativas e continuar a desenvolver as suas capacidades, através da música.

“A música tem, todos o sabemos, um imenso poder de mobilização. Temos que ser cada vez mais ativos no envolvimento de todos, independentemente da sua idade”, adiantou, sublinhando que é necessário “assegurar condições para que as pessoas se sintam parte da comunidade onde pertencem – e que a idade não pode ser fator de exclusão”.

O provedor defendeu o compromisso da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa em continuar a apoiar o projeto “Canto para Seniores”, sublinhando os benefícios da participação dos idosos no programa de canto. “Os utilizadores, os seniores, encontram aqui, momentos de alegria, de mobilização e de participação para as suas vidas. Há capacidade, há condições para avançar, cabe-nos a todos ser capazes de levar a iniciativa por diante”.

Canto para Seniores

O projeto “Cante pela sua saúde” é uma ideia de Anabela Pires, financiado pelo Orçamento Participativo Portugal de 2017, sob o título «Grupos de Canto para Seniores».

Os programas de canto foram implementados, ao longo de 2019 e 2020, em vários grupos, abrangendo um total de 150 seniores (muitos utentes da Misericórdia de Lisboa), com o objetivo de avaliar os efeitos desta prática no bem-estar, no funcionamento cognitivo e na saúde geral dos participantes.

Os resultados foram analisados por investigadores especialistas em quatro áreas da psicologia – psicossocial, neuropsicológica, psicomotricidade e da saúde, com a coordenação científica da professora Iolanda Galinha, da Universidade Autónoma de Lisboa e da professora Luísa Lima, do ISCTE-IUL, com a colaboração do professor António Labisa Palmeira, da Faculdade de Motricidade Humana.

A implementação e coordenação esteve a cargo da Direção-Geral das Artes, no quadro de uma parceria que inclui a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a Santa Casa da Misericórdia de Almada, a CEU-UAL, o ISCTE-CIS-IUL e o OPART/Teatro Nacional de São Carlos, direção artística de Anabela Pires e João Frizza e direção musical de Sérgio Fontão.

Vantagens do projeto para os idosos

Foi unânime a manifestação de agrado pela participação neste projeto, sendo muito valorizado o trabalho dos ensaiadores/professores que acompanharam os participantes ao longo de todo o projeto.

Os níveis de motivação foram em crescendo, numa fase inicial de análises e testes notou-se pouca recetividade, mas que logo se desvaneceu, dando lugar à curiosidade, boa disposição e cumplicidade entre todos os intervenientes.

Trabalhar a memória foi um desafio, muitos relataram que não foi fácil decorar tantas letras, sentido, por vezes, alguma insegurança, contudo compreenderam sempre os procedimentos e pressupostos do projeto.

A participação no projeto foi uma oportunidade de estar com outros participantes, uma forma positiva de relacionamento e interação numa experiência diferente, uma oportunidade para conhecer novas pessoas e um olhar presencial da enormidade do projeto. Demostram grande alegria em representar a SCML e os seus respetivos Centros de Dia/SAD e estar ativamente envolvidos.

O projeto no seu todo conduziu positivamente para o bem-estar geral destas pessoas, tornando-as mais proactivas, com maiores níveis de interações sociais, mais dinâmicas e ativas no seu dia-a-dia.

Recorde o vídeo sobre este tema realizado em 2019:

 

 

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