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Protocolo de Avaliação Orofacial – PAOF-2. Um contributo importante para os avanços na terapia da fala

Protocolo de Avaliação Orofacial – PAOF-2. Um contributo importante para os avanços na terapia da fala

A segunda versão do Protocolo de Avaliação Orofacial resulta da adaptação e reinterpretação do primeiro protocolo, apresentado em 1995 e elaborado por Isabel Guimarães, docente da Escola Superior de Saúde do Alcoitão (ESSAlcoitão).

Educação e Formação

Foi apresentada esta quinta-feira, 17 de fevereiro, data que assinala o Dia Mundial da Motricidade Orofacial, a segunda versão do Protocolo de Avaliação Orofacial (PAOF).

A sessão, que decorreu em formato online, foi moderada pelo presidente do conselho técnico-científico da ESSAlcoitão, Jorge Abrantes. Este lançamento contou com a participação da presidente científica da Sociedade Portuguesa de Terapia da Fala, Maria Lousada, do presidente da Associação Portuguesa de Terapeutas da Fala, João Torres, da diretora da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, Giédre Berretin-Felix, e com a presidente e vice-presidente da Associação Espanhola de Fonoaudiologia, Foniatria, Audiologia e Fonoaudiologia Ibero-americana, Lidia García e Diana Grandia de Trepat, respetivamente.

A obra que explora os contributos deste protocolo constitui uma ferramenta útil de avaliação em terapia da fala, essencial para o rastreio de diferentes perturbações miofuncionais orais e também para a elaboração de um plano de intervenção adequado às várias terapêuticas.

Isabel Guimarães, autora da primeira versão do primeiro PAOF e coautora do PAOF-2 destacou, na sua intervenção, que a maior motivação para esta segunda versão “era atualizar um instrumento que, em Portugal, tinha um pequeno senão, que era não estar validado”, frisando, ainda, que este novo manual só foi possível “porque tivemos um conjunto enorme de terapeutas da fala que nos colocaram vários desafios”.

“As maiores diferenças relativamente ao original são a inclusão de uma escala com cinco pontos, em vez de uma escala dicotómica, o maior número de movimentos e a qualidade do movimento analisado, a validação e especificação dos critérios de avaliação”, concluiu Isabel Guimarães.

O processo de revisão da primeira versão deste protocolo teve em conta a evidência científica recente na área da terapia da fala. Para a elaboração do PAOF-2, foi efetuado um estudo normativo que contemplou uma amostra representativa da população portuguesa, incluindo mais de 800 crianças com desenvolvimento típico, com idades entre os 4 e os 10 anos. Público que perfaz a maioria dos casos de intervenção, do terapeuta da fala.

Para Margarida Grilo, coautora do manual, esta é “uma ferramenta essencial ao trabalho do terapeuta da fala com crianças com problemas miofuncionais, que vão desde a mastigação, à deglutição e aos sons da fala”. O PAOF-2 “vem colmatar a escassez de instrumentos de avaliação nesta área de atuação do terapeuta da fala e, ainda, possibilitar a realização de outros estudos de investigação na área”, acrescenta.

Sobre o PAOF-2

Editado pela Papa-Letras, o Protocolo de Avaliação Orofacial – PAOF-2, das autoras Isabel Guimarães, Mariana Ascensão e Margarida Grilo, é composto por vários capítulos, organizados pelos pontos: desenvolvimento; revisão e validação do instrumento; guia de aplicação; itens, registo e cotação do PAOF-2; orientações para a interpretação do PAOF-2 e dados de referência normativa para crianças dos 4 aos 9 anos de idade.

No final da publicação são também fornecidas folhas de registo do PAOF-2, que podem ser reproduzidas para fins clínicos ou de investigação.

Assista, no link em baixo, ao vídeo do lançamento desta segunda versão do Protocolo de Avalição Orofacial.

 

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