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Faculdade de Psicologia acolhe congresso internacional sobre o papel da família no indivíduo

Faculdade de Psicologia acolhe congresso internacional sobre o papel da família no indivíduo

O evento, inserido nas comemorações dos 525 anos da Santa Casa, decorreu entre os dias 6 e 7 de julho, no auditório da Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa.

Ação social

ana jorge a falar no congresso

Vários oradores internacionais e nacionais participaram no congresso internacional, coorganizado pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, subordinado ao tema: “Risco, Perigo e Resiliência Familiar”, onde tiveram oportunidade de partilhar o conhecimento e a experiência de intervenção com famílias suscitando diversas reflexões sobre o tema e apontando alguns caminhos para problemas comuns.

Logo na sessão de abertura, a provedora da Misericórdia de Lisboa, Ana Jorge, para além das boas vindas e dos votos de bom trabalho salientou que “é importante que a academia e os profissionais se juntem em espaços como este, para assim discutirem novas formas de intervir nesta área da infância e juventude”.

Para a provedora, este congresso foi o espaço “ideal para todos os que trabalham nesta área conseguirem aprofundar os seus conhecimentos” relembrando que a instituição que lidera “tem tido a capacidade de se adaptar ao longo dos séculos, para as diferentes necessidades, encontrando respostas e adaptando as que existem”.

“Nós (Santa Casa), podemos ser um fator determinante de intervenção positiva nas famílias e naquilo que é o futuro destas crianças e jovens”, frisou Ana Jorge, concluindo que “os primeiros 1000 dias de vida são fundamentais na criação dos alicerces da pessoa”.

Ainda no primeiro dia de evento, destaque para o debate “Risco e Perigo na família – Pensar em Resiliência”, moderado por Laurinda Alves e que contou com a participação de Rui Godinho, diretor de Infância e Juventude da Santa Casa, Helena Gonçalves, procuradora-Geral Regional de Lisboa, Jorge Ramos do Ó, docente do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, Maria Inês Amaro, diretora do Departamento de Desenvolvimento Social do Instituto de Segurança Social e Telmo Monteiro, professor da Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa.

Durante as diversas intervenções, Rui Godinho, defendeu que os eventos atuais mundiais “estão a criar um deslaçamento, em que os mais fracos ficam para trás e os mais fortes mais distantes”, considerando que “vivemos numa sociedade doente”, reforçando que na cidade de Lisboa, a grande maioria dos processos de promoção e proteção “são situações de violência doméstica e de conflitos de parentalidade”.

“A comunidade deve ser o primeiro garante do bem-estar das crianças e no mesmo grau o primeiro interveniente nas medidas de proteção das crianças e não”, frisou o responsável, dando como exemplo que “em muitos casos os problemas de absentismo escolar passam automaticamente para as Comissões de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ), quando, na verdade é um problema da escola e da comunidade”.

Ainda no primeiro dia e ao início da tarde, houve a apresentação de diversos trabalhos feitos por técnicos de várias instituições que trabalham na área da infância, juventude e família.

Já no segundo dia de trabalhos o evento iniciou com o debate, “Construindo uma cultura de resiliência para enfrentar os desafios das famílias nos cenários atuais”, onde foi possível verificar um caso de estudo brasileiro e debater as diferentes visões de intervenção entre Portugal e o Brasil.

Na sessão de encerramento do congresso, que contou com a participação de Sérgio Cintra, administrador de Ação Social da Misericórdia de Lisboa, foram apresentadas diversas metodologias de trabalho da instituição na área da infância e juventude e ainda expostas algumas fragilidades da interação entre os técnicos de intervenção e as famílias.

“Sabemos por experiência que existe ainda muito trabalho a ser feito. Em alguns casos temos várias gerações que são apoiadas por nós e este fator perpétua a pobreza e a fragilidade”, começou por ressalvar Sérgio Cintra, considerando que “a família deve ser o garante da estabilidade e da formação, mas reparamos que em alguns casos os problemas persistem, estão enraizados nas famílias, são comportamentos e ações que passam”.

Para o administrador, é necessário “encontrar soluções entre todos, sempre numa ótica de cogovernação, em que todos devemos ser chamados a intervir”, concluindo que “não basta alterar o nome dos sítios, não basta dar é necessário mais, é necessário construir o significado de família”.

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