A 37.ª Temporada Música em São Roque (TMSR) está a chegar, mas não serão apenas as Igrejas de São Roque e de São Pedro de Alcântara a acolher as iniciativas deste ano. Também a Casa Ásia-Coleção Francisco Capelo estará em destaque com a instalação sonora interativa “Lugares Invisíveis: Ásia”, da autoria do compositor Carlos Caires.
Esta será uma experiência imersiva e sensorial, através de 16 canais dispostos em forma de cúpula, onde o público poderá interagir com sons da natureza e instrumentos tradicionais asiáticos, através de gestos e movimentos das mãos. O objetivo é convidar os participantes a explorar dois mundos sonoros, floresta e cidade, manipulando sons e instrumentos no ar através de sensores de movimento, numa experiência personalizada e envolvente.
“Lugares Invisíveis: Ásia” tem a assinatura de Carlos Caires, um dos mais relevantes compositores contemporâneos portugueses. Com uma carreira marcada pela exploração da música eletroacústica e pela integração de tecnologia nos processos criativos, tem desenvolvido software especializado como o IRIN, dedicado à micromontagem sonora, sendo pioneiro na criação de instalações interativas que cruzam arte, ciência e tecnologia.
Música será (dedicada à) Rainha
Esta edição da Temporada Música em São Roque vai celebrar o legado da Rainha D. Leonor, fundadora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Para tal, o programa conta com obras inéditas de Sara Ross e do já referido Carlos Caires.
Decorrendo de 13 a 16 de novembro, a 37.ª edição da TMSR arranca precisamente com um concerto a cargo do Coro ECCE, com obras destes dois nomes sonantes por encomenda da Misericórdia de Lisboa, reforçando o papel da Instituição como mecenas da criação musical contemporânea.
No programa constam, posteriormente, um conjunto de propostas que cruzam a recuperação de património musical com a leitura contemporânea das fontes históricas. O Ensemble SEO (Sintra Estúdio de Ópera) interpreta repertórios sacros portugueses preservados em arquivos nacionais, ao passo que o Concerto Atlântico recria ambientes sonoros das cortes ibéricas do tempo de D. Leonor.
Já o Musurgia Ensemble apresenta obras portuguesas e franco-flamengas do século XVI, conservadas na Universidade de Coimbra. Por seu lado, o grupo Arte Minima evoca Lisboa quinhentista através de itinerários musicais que dão a ouvir a capital no período da fundação da Misericórdia.
Por fim, o encerramento da Temporada será protagonizado pelo agrupamento Cupertinos, da Fundação Cupertino de Miranda, com um programa centrado na devoção mariana na polifonia portuguesa e ibérica dos séculos XVI e XVII.
Consulte o programa completo e saiba mais no site da Temporada Música em São Roque.