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A distância não travou a alfabetização e a formação: “No CEFC dá-se continuidade ao ensino”

A distância não travou a alfabetização e a formação: “No CEFC dá-se continuidade ao ensino”

A pandemia de Covid-19 não impediu que 210 alunos do Centro de Educação, Formação e Certificação continuassem no ativo. A tecnologia tem sido uma aliada neste caminho diferente, mas possível devido ao “empenho” e “dedicação” de todos os envolvidos.

Educação e Formação

Na semana em que mais de um milhão de alunos em Portugal regressou ao ensino à distância, no Centro de Educação, Formação e Certificação da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (CEFC) a situação não é diferente. Os 210 formandos deste centro estão agora a cumprir o plano curricular dos respetivos cursos em regime de teleformação. A diretora do CEFC, Maria José Covas, acredita que foi a “experiência” que fez com que a equipa estivesse preparada para “possibilitar uma formação à distância ajustada” às necessidades dos formandos.

O CEFC tem vindo a ajudar pessoas entre os 15 e os 64 anos a desenvolver competências e a aumentar qualificações escolares e profissionais. Nos seus dois polos, o de jovens e o de adultos, decorrem percursos formativos em áreas como restauração, beleza, informática ou  alfabetização.

Devido à Covid-19 tudo mudou, mas a resposta não parou. No fundo, a grande alteração verifica-se nos espaços de aprendizagem, com as salas de aula a serem substituídas pelo Zoom, pelo Moodle ou pelo Teams. É através destas plataformas que o contacto entre formadores e formandos vai sendo mantido. Os recursos tecnológicos de apoio ao ensino à distância disponíveis estão a ser explorados e utilizados, com modalidades de ensino assíncrono, síncrono ou trabalho autónomo.

Na turma B1 (4º ano), do Polo Adulto, o Whatsapp é a plataforma de excelência. É através de um grupo criado nesta app de mensagens instantâneas que formandos e formadores vão trocando impressões. É também por esta via que é facultado aos formandos o conteúdo necessário para a realização de trabalhos.

A formação em alfabetização é  exemplo de um ensino que não ficou comprometido com a migração para o digital, numa turma em que existem graus diferentes de literacia. Todas as semanas, os oito alunos que compõem esta classe são contactados pelos formadores. Os alunos passaram a realizar leituras telefónicas, com base no conjunto de materiais entregue pelo CEFC, num kit composto por fichas didáticas, lápis de cor, folhas pautadas e de desenho, que permite que os alunos trabalhem também a motricidade fina e o treino das letras e dos números.

“Nas sessões previamente planeadas nos cronogramas dos cursos recorre-se também ao contacto telefónico, para esclarecer dúvidas e fazer um balanço dos trabalhos entregues”, conta Maria José Covas.

“A formação à distância está a concretizar-se de forma positiva” e, para a diretora do CEFC, este empenho reflete-se até nas atividades extracurriculares. Exemplo disso foi a comemoração do Dia Mundial da Leitura em Voz Alta, no dia 1 de fevereiro. Formandas de dois cursos, após a apresentação do espetáculo ABSURDEZ do Plano Nacional de Leitura, realizaram vídeos com leituras em voz alta, como foi o caso de Jaquelina Silva, que declamou um poema de Fernando Pessoa.

Mas o telemóvel, email ou o Whatsapp são apenas plataformas facilitadoras de contactos entre as partes ou somente uma forma encontrada pelos professores para acompanhar o trabalho desenvolvido pelos alunos. Nos cursos do CEFC é necessário colocar “mãos à obra”, uma vez que os planos curriculares são, em grande escala, feitos de aulas práticas. Para estas situações o CEFC preparou um kit ajustado às necessidades das diferentes formações, que reúne os materiais necessários para a realização de trabalhos em casa.

O curso de Operador de Acabamento de Madeira e Mobiliário é um desses casos. Aos alunos foi entregue uma caixa com material de desgaste, ceras e betumes de vários tipos, e pequenos pedaços de madeira de forma a poderem desenvolver trabalhos durante cerca de três semanas.

As sessões da formação em restauração têm decorrido de diversas formas: online, correio eletrónico e assíncronas, nas horas estipuladas em cronograma. Os formandos desenvolvem, nas suas casas, diversas receitas de cozinha e pastelaria. Todos os trabalhos são partilhados através de fotos ou vídeo, com o registo de cada passo dado durante as atividades solicitadas pelos formadores. Em caso de dúvida, aos formandos recorrem ao contacto telefónico para esclarecer algumas etapas do exercício.

Na área de cabeleireiro, o kit é composto por material indispensável para o bom desempenho da profissão e por uma “cabeça” -uma boneca com cabelo sintético, onde os formandos treinam penteados-, onde os alunos dão asas à imaginação. Nas sessões tecnológicas, após serem explicados os temas do módulo, os formandos fazem demonstração das aprendizagens no manequim, num processo registado em fotografia ou vídeo.

“Todos estão a entregar os trabalhos dentro dos prazos estabelecidos e com um nível de qualidade bom e muito bom”, revela Maria José Covas, que vê na motivação e no empenho no prosseguimento e conclusão dos percursos formativos “uma evidência de que é possível dar continuidade ao ensino”.

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