O Museu de São Roque apresenta no próximo sábado, 23 de junho pelas 15h00, a conferência “A Praxis da Compaixão“, por Ana Sofia Branco, Isabel Jonet e Inês Souta.
Em colaboração estreita com o Serviço de Públicos e Desenvolvimento Cultural, da Direção da Cultura da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a Associação de Professores de Filosofia está a promover um ciclo dedicado à compaixão.
Sendo a Misericórdia de Lisboa uma instituição promotora da compaixão ativa pelo semelhante e tendo generosamente mostrado disponibilidade para dar ao tema um tratamento filosófica que permita enquadrá-lo no que tem sido a sua evolução, como produto por excelência, da Razão Pura no seu uso Prático, numa referência a Kant, quando o filosófo de Konigsberg colocava a lei moral como algo que deve poder ser tomado como legislação universal.
A Praxis da Compaixão
Nas grandes Tradições Espirituais nascidas na Índia (designadamente o Hinduísmo, o Jainismo e o Budismo), a noção de que o mundo fenomenal e fragmentado é irreal – uma ficção, uma miragem, um sonho, um pesadelo -, ou pelo menos uma realidade ou verdade diminuída, relativa, só provisoriamente consentida, não implica necessariamente um distanciamento ou indiferença para os que estão submetidos à sua ilusão, ignorância, insatisfação, sofrimento e fraqueza.
A realidade absoluta sobrepõe-se à (ir)realidade fenomenal, Moksha ou Nirvana ao Samsara. Os que se vão libertando, ao desenvolverem a compaixão, não esquecem os que continuam prisioneiros, são sensíveis às suas dores, e acodem-lhes para que tenham fim. Avataras, Rishis, Gurus, Tirthankaras e Bodhisattvas (no seu nobre ideal de compaixão) são expoentes desse desígnio. Ahimsa (inofensividade) pode ser entendida como outra notável postura compassiva.
Saiba mais sobre as oradoras aqui.
A participação é gratuita, mediante inscrição prévia.
INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES
Serviço de Públicos e Desenvolvimento Cultural
Direção da Cultura SCML
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