A “Educação nas Sociedades Partilhadas” esteve em debate por dezenas de antigos chefes de Estado dos quatro cantos do planeta na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.
Sérgio Cintra, administrador da Ação Social da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), interveio na sessão de encerramento da conferência da “Education for Shared Societies Policy Dialogue” (E4SS), que decorreu esta quarta-feira, 17 de outubro, na Fundação Calouste Gulbenkian.
Em linha com Felipe González, antigo presidente do governo espanhol, Sérgio Cintra, administrador da Ação Social da Santa Casa, defendeu a formação humanista como a única certeza na educação.
O administrador da Ação Social da Misericórdia de Lisboa sublinhou, igualmente, que “a educação é um instrumento central e poderoso para fomentar a coesão social, possibilitando o diálogo intercultural, o sentido de pertença e o respeito pelo outro”.
Ao todo, durante dois dias, na Fundação Calouste Gulbenkian, 40 ex-chefes de Estado de vários países democráticos dos quatro cantos do mundo confirmaram a sua presença. Decisores políticos, especialistas, educadores, líderes juvenis e representantes do setor privado e da sociedade civil participaram neste encontro. O objetivo é mobilizar a vontade política em torno da educação global para sociedades mais inclusivas.
O projeto “Education for Shared Societies Policy Dialogue” realiza-se há uma década, como parte do trabalho do World Leadership Alliance – Club de Madrid (WLA-CdM) em prol da construção da paz e da democracia, e integra dimensões política, social, económica e ambiental.
O encontro em Lisboa é organizado pela WLA-CdM em parceria com a Fundação Calouste Gulbenkian, sob o Alto Patrocínio de Sua Excelência, o Presidente da República de Portugal e o Patronato do Comissário Europeu para a Educação. A iniciativa recebeu, ainda, o apoio da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
Felipe González, antigo presidente do governo espanhol, considerou que “a formação humanista como a única certeza na educação”, lembrando que a palavra dura mais do que as pedras.
Por outro lado, Guilherme d’Oliveira Martins , administrador da Fundação Calouste Gulbekian, defendeu “uma educação de qualidade para todos”, apelando à compreensão de que “a tecnologia é instrumental, mas é de pedras vivas que temos que cuidar”.
Vaira Vike-Freberga, presidente do WLA – Club de Madrid, chamou à atenção para a importância da educação enquanto catalisadora de uma mudança para a melhoria de qualidade de vida dos cidadãos, defendendo que as ideias são o que estimula e justifica ações positivas.
As conclusões deste colóquio serão apresentadas ao Comité de Direção Conjunta do E4SS, ao qual caberá produzir e lançar uma Agenda de Educação para Sociedades Partilhadas até 2019, assegurando assim a continuidade do projeto de um modo global.
Felipe González (Espanha), Fuad Siniora (Líbano), Jigme Thinley (Butão), José Ramos-Horta (Timor-Leste), Kjell Magne Bondevik (Noruega), Laura Chinchilla (Costa Rica), Luisa Diogo (Moçambique) ou Wolfgang Schüssel (Áustria) são outros nomes que se juntaram aos portugueses Jorge Sampaio, Aníbal Cavaco Silva e José Manuel Durão Barroso para participar no colóquio na Fundação Calouste Gulbenkian.