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Conferência “Desafios de um novo normal”: O que esperar no mundo do trabalho do futuro?

Conferência “Desafios de um novo normal”: O que esperar no mundo do trabalho do futuro?

As vantagens e desvantagens do teletrabalho marcaram a conferência desta terça-feira, dia 30, com os intervenientes a serem unânimes na necessidade de bom senso, empatia e cautela na regulamentação deste novo modelo laboral.

Ação social

No dia em que o Governo apresenta aos parceiros sociais o Livro Verde sobre o Futuro do Trabalho, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa reuniu um conjunto de intervenientes com diferentes visões sobre o futuro, mas consensuais na necessidade de uma profunda reflexão sobre o futuro do trabalho, seja à distância ou num formato híbrido, com a premissa de que dificilmente se regressará atrás.

“Demos um salto de 10 anos em poucas semanas devido à pandemia. E as grandes transformações foram no contexto de trabalho”, afirmou Gabriel Coimbra, vice-presidente da IDC Portugal, considerando que estes “novos tempos” constituem “a oportunidade de fazer um reset” e “fazer melhor do que até agora”.

Como se deve olhar para o futuro e definir os caminhos que se avizinham? O que deve mudar? Qual o modelo de funcionamento e relacionamento com a sociedade? Estas são apenas algumas das questões que se colocaram em cima da mesa, para as quais Gabriel Coimbra apontou alguns caminhos, como a empatia, devendo as instituições não viver focadas no lucro, mas igualmente em valores como a sustentabilidade da organização, a robotização dos processos e a agilidade funcional, o que significa instituições com “lideranças fortes, ágeis, com uma estratégia e que não trabalhem em silos, mas em equipas”.

Para Clara Cardoso, do C-Lab, existe a certeza de que “não vamos voltar à casa de partida”, explicando que as pessoas desejam ter a “propriedade do tempo”, uma flexibilidade nas suas decisões e ainda admitem adotar formas alternativas de vida.

“Quando questionadas quanto ao futuro do trabalho, verifica-se que as pessoas querem trabalhar em modelos híbridos e que apenas 17% querem regressar ao modelo anterior”, revelou Clara Cardoso, apontados o apoio aos filhos, a melhor gestão das tarefas domésticas, as reuniões online ou as pausas de acordo com o próprio ritmo como alguns dos “ganhos” do teletrabalho.

O modelo híbrido foi igualmente defendido por Luís João, da Microsoft, que considerou que este novo paradigma de trabalho “será inevitável”. “Quando é que irá acontecer e de que forma dependerá da capacidade de inovação tecnológica de cada organização”, considerou, destacando a necessidade de se “voltar atrás nas noções de espaço e tempo” no que respeita ao trabalho de equipa, a importância das lideranças pensarem no que as pessoas precisam para trabalhar e o esboço de um novo conceito de espaço de trabalho que, no futuro e em muitos casos, poderá passar pelo local de residência.

Mais crítico quanto ao modelo de trabalho à distância, Manuel Carvalho da Silva, do CoLABOR, preferiu incidir a sua intervenção na proteção social do trabalhador, na necessidade de se “refletir no bem comum e no coletivo”, aconselhando ainda cautela na regulamentação deste novo modelo laboral.

“O tempo que temos vivido é de exceções, emergências e unilateralidade. Não é, por si só, alicerce seguro para definir o futuro”, alertou. Afinal, sublinhou Carvalho da Silva, “mesmo com máquinas inteligentes, as intermediações e as relações são entre seres humanos”.

Na abertura da conferência, Edmundo Martinho, provedor da Misericórdia de Lisboa já tinha questionando os oradores convidados sobre as consequências do trabalho remoto numa instituição como a Santa Casa, em que parte da atuação assenta na “proximidade”.

“Quais os benefícios do teletrabalho para a atividade da Santa Casa? Como compatibilizamos a necessidade de estarmos presentes nos territórios e na comunidade com estas novas formas de trabalho?”, foram algumas das questões que Edmundo Martinho colocou, frisando que muito do trabalho da instituição não é compatível com funções à distância, como é o caso da assistência social, prestação de cuidados de saúde ou distribuição de alimentos.

O provedor declarou, ainda, existirem “alguns défices na Santa Casa”, nomeadamente relacionados com os instrumentos de apoio à gestão, “essenciais para assegurar a eficácia do nosso trabalho”.

Já no final da sua intervenção, Edmundo Martinho salientou que seja qual for o futuro, a prioridade terá sempre de ser “a continuidade da produtividade e o reforço do trabalho prestado”.

Assista à conferência na integra, aqui.

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