O projeto Generosa Nature foi o grande vencedor da 2.ª edição do programa Triggers, da Casa do Impacto, que estimula a geração de novas ideias e a sua transformação em soluções sustentáveis.
O projeto vencedor, que teve início em 2018, é focado sobretudo no tratamento de plantas domésticas, através de uma linha própria de produtos feita com ingredientes de subprodutos naturais e materiais reciclados. Ao Generosa Nature foi atribuído um prémio de cinco mil euros e um ano de incubação na Casa do Impacto.
A decisão foi tomada pelo júri na passada quinta-feira, dia 20 de julho, numa final na qual estiveram ainda a concurso os projetos Wisedrop e Windcredible, que ficaram no segundo e terceiro lugares, respetivamente.
Inês Sequeira, diretora da Casa do Impacto, fez um balanço muito positivo desta edição e destacou o empenho das vencedoras. “Os projetos partiram de estágios diferentes e senti uma evolução enorme em todos eles. No caso das vencedoras, foi um esforço incrível. Conseguimos também ter uma maior diversidade no tipo de vencedores que normalmente temos: são pessoas de uma faixa etária diferente e mais maduras”. Concluiu a sua intervenção referindo que “normalmente o empreendedorismo é muito associado a camadas mais jovens e ter exemplos de que não é forçosamente assim é uma coisa que valorizamos imenso”.
O júri desta 2.ª edição do Triggers foi constituído por Inês Sequeira, diretora da Casa do Impacto, e por representantes dos cinco parceiros do programa: Inês Proença, da Câmara Municipal de Cascais, Manuel Andrade, da UpComing Energies by Galp, João Arbués Moreira, da EDP, Flávia Nobre, do Grupo Ageas Portugal, e Bárbara Leão de Carvalho, da 3XP Global.
Sobre os projetos vencedores
As representantes do projeto Generosa Nature não podiam estar mais satisfeitas. Rosário Sommer refere que “obviamente, há uma camada de reconhecimento nesta vitória que é importante, porque a caminhada tem sido longa. Mas não escondo que a componente financeira também é, até porque precisamos de algum dinheiro para investir na área do marketing. Somos as duas agrónomas, precisamos de algumas valências que não temos e o dinheiro servirá para isso”.
Já Cristina Capitão, reforça que a participação no programa Triggers fez todo o sentido. “Quando quisemos continuar a crescer, só fazia sentido encontrar um programa de impacto ligado à economia circular e à sustentabilidade, e este programa tem uma qualidade extra na organização e monitoria. Não é uma sensação de dever cumprido, mas sim de uma responsabilidade de continuar”, explicou.
Relativamente aos outros projetos finalistas, o Wisedrop é uma plataforma dedicada à indústria hoteleira concebida para melhorar a experiência dos hóspedes através da sensibilização e educação sobre a gestão da água. Também foi premiado com um ano de incubação e com um prémio de três mil euros.
Por fim, o Windcredible, premiado com um ano de incubação e dois mil euros, tem como objetivo produzir e comercializar uma nova geração de turbinas eólicas, democratizando assim a produção de energia para autoconsumo.