Depois da edição inaugural em 2021, cerca de 100 mulheres participaram na segunda Volta a Portugal feminina em bicicleta. O pelotão cresceu e a ambição também. Com o apoio dos Jogos Santa Casa, o sonho tornou-se realidade para estas ciclistas, mas também para centenas de jovens praticantes da modalidade que veem a segunda edição como o passo decisivo na afirmação do ciclismo feminino em Portugal.
A ciclista sueca Nathalie Eklund (Massi Tactic) confirmou, este domingo, o triunfo na Volta a Portugal feminina, na qual venceu todas as etapas, com a portuguesa Vera Vilaça (Velo Performance/JS Campinense) a assumir a terceira posição.
Após os triunfos no prólogo e nas duas primeiras etapas, Nathalie Eklund voltou a ser a mais forte, erguendo a camisola amarela Jogos Santa Casa. Em segundo lugar, terminou a companheira de equipa Mireia Benito, que gastou mais 18 segundos, mas venceu as camisolas vermelha Cofidis, dos pontos, e azul IPDJ, da montanha.
Entre as portuguesas, Vera Vilaça esteve com as melhores todos os dias e conseguiu chegar ao pódio. Foi a terceira classificada da geral, a 32 segundos da vencedora. Ana Caramelo foi a décima classificada, a 2m 07s.
Nuno Pires, responsável pela Unidade de Patrocínios da Direção de Comunicação e Marcas da Santa Casa, sublinha que “quase 100 anos depois da Volta inaugural masculina em bicicleta, os Jogos Santa Casa patrocinaram, em 2021, a primeira edição da Volta a Portugal feminina. Este ano, voltamos a estar presentes, aumentando o nosso investimento e colocando a marca Jogos Santa Casa na mais prestigiada das camisolas [camisola amarela]”.
“Sabíamos que o nosso apoio seria fundamental para a continuidade desta competição, tão importante para o desporto feminino nacional. Mais do que um patrocínio é uma iniciativa de responsabilidade social. O nosso objetivo é ajudar as 18 federações apoiadas pelos Jogos Santa Casa a desenvolverem e potenciarem o desporto feminino. Em 2023, queremos continuar a estar associados a esta prova, esperando ver um pelotão feminino cada vez maior”, finalizou.
Volta a Portugal Feminina
Era uma pretensão do ciclismo feminino há muito tempo. A Volta inaugural chegou em 2021, quase um século depois da primeira edição masculina ajudar a cimentar a popularidade de uma das modalidades mais acarinhadas no país. O pelotão teve cerca de uma centena de corredoras com 17 equipas presentes na partida, dez nacionais e sete estrangeiras – quatro espanholas, entre elas a seleção da Catalunha, duas britânicas e uma francesa.
A Volta a Portugal feminina abriu portas e o pelotão cresceu em quantidade e qualidade. A segunda edição da Volta a Portugal feminina regressou (de 16 a 19 de junho). A prova foi constituída por um com um prólogo seguido de três etapas, ligando Loures a Anadia ao longo de 273,4 quilómetros.
Esta prova, que ajuda a lançar atletas para o estrangeiro, trouxe renovada dedicação ao ciclismo a outras e conduziu a uma subida de nível do pelotão. Após a edição inaugural, esta foi uma Volta mais diversa geograficamente, deixando a zona da Grande Lisboa para se ‘esticar’ até ao Centro e até Anadia, um dos centros agregadores do ciclismo nacional.