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Do trauma à estabilidade familiar: a resposta nos maus tratos infantis

Do trauma à estabilidade familiar: a resposta nos maus tratos infantis

Profissionais explicam como acompanham as crianças e jovens e mudam as suas vidas por completo. A prioridade é a reintegração, sempre que possível.

Ação social

Crianças a subir escadas

Os dias são sempre agitados na Casa de Acolhimento Santa Teresinha. Atualmente, esta unidade da Santa Casa acolhe 15 crianças e jovens entre os quatro e os 14 anos, numa espécie de minissociedade na qual se criam rotinas e, sobretudo, laços.

“Não são irmãos e não se pode dizer que tenham uma relação de irmãos, mas acaba por ser semelhante. Os mais velhos ajudam muito os mais novos e, às vezes, até em questões mais profundas”, explica a psicóloga Susana Câmara, que trabalha na Casa desde 2019.

Ali chegam crianças e jovens vindos de situações de maus tratos, muitas vezes resultantes de negligência da família, e a primeira resposta a ser dada pelos profissionais que os acolhem passa por oferecer-lhes segurança.

“O acolhimento é quase como um trauma adicional, mesmo para a família. Nos primeiros tempos tem de existir previsibilidade e rotinas, porque isso vai dar segurança à criança. Tem de haver um racional comum a todos, de regras que eles conhecem, saberem quem vai estar de turno, quem são os adultos que os esperam, para aos poucos irem baixando as defesas e começarem a sentir-se seguros”, relata Susana.

Naturalmente há regras a cumprir e a adaptação de cada um exige paciência, como detalha Sofia Lima, educadora da Casa de Acolhimento Santa Teresinha.

“Tem de haver regras numa casa destas e algumas acabam por não respeitar a individualidade de cada uma das crianças ou jovens. Dou um exemplo: um deles pratica um desporto e chega às 20 horas. Há de vir cheio de fome para sentar-se à mesa, mas não pode, porque a regra do grupo é tomar banho antes. Uma das grandes dificuldades que temos é poder adequar as regras a cada jovem, de forma que não choque diretamente com o grupo em si. É um grande desafio”.

Na maioria dos casos, as situações são trabalhadas de forma a reintegrar as crianças e jovens na família, o que demora, em média, cerca de um ano. No entanto, apesar de mudarem de casa, as crianças estão sempre em contacto com os familiares.

“À partida é sempre esse o objetivo, até por respeito à criança e aos seus vínculos. A questão dos maus tratos vem muitas vezes de uma incapacidade de cuidar, porque não se foi cuidado nem se aprendeu uma ligação de afetos e segurança. Temos de contrariar esse ciclo que passou de geração em geração. Não atuamos só com a criança, mas também com a família. Inicialmente a família está sempre aqui, faz parte das nossas rotinas. Ajudam a dar banho, a preparar a mochila, nos trabalhos de casa e, às vezes, juntam-se a nós numa refeição. Ao longo desta rotina é que se vão trabalhando as pequenas coisas”, diz a psicóloga.

Titulo h3

Os dias são sempre agitados na Casa de Acolhimento Santa Teresinha. Atualmente, esta unidade da Santa Casa acolhe 15 crianças e jovens entre os quatro e os 14 anos, numa espécie de minissociedade na qual se criam rotinas e, sobretudo, laços.

“Não são irmãos e não se pode dizer que tenham uma relação de irmãos, mas acaba por ser semelhante. Os mais velhos ajudam muito os mais novos e, às vezes, até em questões mais profundas”, explica a psicóloga Susana Câmara, que trabalha na Casa desde 2019.

Ali chegam crianças e jovens vindos de situações de maus tratos, muitas vezes resultantes de negligência da família, e a primeira resposta a ser dada pelos profissionais que os acolhem passa por oferecer-lhes segurança.

“O acolhimento é quase como um trauma adicional, mesmo para a família. Nos primeiros tempos tem de existir previsibilidade e rotinas, porque isso vai dar segurança à criança. Tem de haver um racional comum a todos, de regras que eles conhecem, saberem quem vai estar de turno, quem são os adultos que os esperam, para aos poucos irem baixando as defesas e começarem a sentir-se seguros”, relata Susana.

Naturalmente há regras a cumprir e a adaptação de cada um exige paciência, como detalha Sofia Lima, educadora da Casa de Acolhimento Santa Teresinha.

“Tem de haver regras numa casa destas e algumas acabam por não respeitar a individualidade de cada uma das crianças ou jovens. Dou um exemplo: um deles pratica um desporto e chega às 20 horas. Há de vir cheio de fome para sentar-se à mesa, mas não pode, porque a regra do grupo é tomar banho antes. Uma das grandes dificuldades que temos é poder adequar as regras a cada jovem, de forma que não choque diretamente com o grupo em si. É um grande desafio”.

Na maioria dos casos, as situações são trabalhadas de forma a reintegrar as crianças e jovens na família, o que demora, em média, cerca de um ano. No entanto, apesar de mudarem de casa, as crianças estão sempre em contacto com os familiares.

“À partida é sempre esse o objetivo, até por respeito à criança e aos seus vínculos. A questão dos maus tratos vem muitas vezes de uma incapacidade de cuidar, porque não se foi cuidado nem se aprendeu uma ligação de afetos e segurança. Temos de contrariar esse ciclo que passou de geração em geração. Não atuamos só com a criança, mas também com a família. Inicialmente a família está sempre aqui, faz parte das nossas rotinas. Ajudam a dar banho, a preparar a mochila, nos trabalhos de casa e, às vezes, juntam-se a nós numa refeição. Ao longo desta rotina é que se vão trabalhando as pequenas coisas”, diz a psicóloga.

Provedora na apresentação da exposição

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde e cuidados de saúde ao domicílio

Unidades da rede nacional

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Polo de inovação social na área da economia social

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas