Promovido pelo Hospital de Sant’Ana, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, o evento pretendeu abordar de forma multidisciplinar o papel da ortopedia na idade avançada. Devido aos avanços tecnológicos o investimento na geriatria é essencial, defende Carlos Evangelista, presidente da comissão organizadora do congresso.
“Independentemente da idade, qualquer pessoa tem direito a ter qualidade de vida. Aquele conceito que existia de que a pessoa tem 80 anos e já não vale a pena é errado. Nós vamos durar até aos 90 ou aos 100. E a grande diferença de tratarmos bem um sénior é poder reintegrá-lo na sociedade com qualidade de vida. Investir na geriatria é investir no futuro de uma sociedade”, diz o ortopedista.
Carlos Evangelista salientou ainda que “a sarcópenia, as quedas e as fraturas da anca, questões que foram abordadas no Congresso que agora se realizou, são as principais razões que levam os mais idosos à ortopedia”.
Na abertura oficial do congresso, o provedor da Misericórdia de Lisboa, Edmundo Martinho, alertou para o facto de “vivermos numa sociedade que terá tendência a viver mais tempo”, salientando que “não há futuro numa sociedade se ela não se adaptar às exigências das pessoas. Hoje sabemos que as pessoas vão viver mais anos e nós [Santa Casa] temos de criar as condições para que vivam com mais qualidade, ativamente e de uma maneira autónoma”.
Para Edmundo Martinho, a Misericórdia de Lisboa tem a obrigação “de continuar o bom trabalho que tem vindo a desenvolver ao longo de mais de cinco séculos de existência”, elencando os três eixos de atuação que considera serem a pedra basilar do trabalho da instituição: “Vida ativa, vida autónoma e vida apoiada”.
