O auditório do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa recebeu, esta sexta-feira, 8 de junho, o encontro “A Caminho da Governação Integrada: Resultados e Desafios”, organizado pelo Centro Social Paroquial do Campo Grande e com o apoio da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML).
Esta iniciativa visou dar conhecimento dos resultados obtidos do projeto “Murtas em Rede”. Os parceiros do projeto mostraram-se satisfeitos pelos resultados, e prontos a abraçar os novos desafios.
Na sessão de encerramento, Sérgio Cintra, administrador da Ação Social da Santa Casa, defendeu a importância deste projeto para a melhoria das condições de vida das pessoas, sublinhando a relevância da governação integrada para atingir bons resultados.
O administrador da Ação Social mostrou-se disponível para continuar este projeto, destacando a educação como prioritária para se sair do ciclo da pobreza. “O grande desafio é permitir que esta população saia do ciclo de pobreza”, finalizou.
Por outro lado, o padre Hugo Gonçalves, presidente do Centro Social Paroquial do Campo Grande, congratulou-se pelos resultados obtidos. “É um trabalho que está para lá de uma intervenção profissional”.
Bairro, lote e família: a intervenção em três dimensões
Murtas em Rede” é um projeto desenvolvido na freguesia de Alvalade, pelo Centro Paroquial do Campo Grande, no âmbito do programa municipal BIP-ZIP – Bairros e Zonas de Intervenção Prioritária. Pretende fomentar um processo de cidadania ativa com os moradores do Bairro das MuRtas e as várias entidades parceiras, através da governação integrada. A capacitação e desenvolvimento de competências e a ocupação saudável dos tempos livres são outros dos objetivos.
Este encontro vem no seguimento do workshop “A Caminho da Governação Integrada: Reflexões e Visões” realizado no Espaço Santa Casa, a 23 de março, que reuniu os parceiros envolvidos no projeto “Murtas em Rede”.
Enquadramento do percurso desenvolvido
O Bairro das Murtas tem a decorrer um projeto BIP/ZIP – “Murtas em Rede: por um Bairro Melhor”, promovido pelo Centro Social Paroquial do Campo Grande, e em parceria com a SCML. A primeira edição do projeto foi desenvolvida em 2016. Foi aprovado um novo projeto, numa lógica de continuidade em 2017. Já em 2018, foi submetida nova candidatura, aguardando-se resposta por parte da entidade financiadora.
Os projetos desenvolvidos são enquadrados numa lógica Bairro – Lote – Família, desenvolvendo atividades nestes três âmbitos, com o objetivo de melhorar a relação de vizinha, apropriação dos espaços e desenvolver competências pessoais e sociais, contribuindo para uma melhor imagem interna e externa deste bairro.