O Hospital de Sant’Ana (HOSA) comemora esta sexta-feira, 25 de julho, 121 anos de existência. Afirmando-se ao longo das décadas como uma referência nas áreas de ortopedia e traumatologia, conquistou igualmente reputação além-fronteiras, num percurso que resultou na procura incessante pela promoção da saúde da população e de respostas às suas necessidades, prestando hoje um conjunto diversificado de cuidados com elevada qualidade, facilidade no acesso e resposta em tempo útil.
Com mais de um século de existência, o HOSA é, simultaneamente, um farol do ponto de vista técnico e científico ao nível dos cuidados de saúde especializados em ortopedia e traumatologia, liderando pelas suas boas práticas clínicas e sempre orientado para a satisfação dos utentes.
Com mais de 2.000 cirurgias e 30.500 consultas externas por ano, a qualidade dos serviços prestados e dos próprios profissionais envolvidos fala por si, aliada à humanização dos serviços na promoção de um ambiente seguro e confortável e do respeito pela dignidade dos doentes, bem como a articulação com a comunidade, promovendo a criação de sinergias úteis para a recuperação destes.
O Hospital de Sant’Ana faz parte, juntamente com o Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão, do Centro Hospitalar da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, uma resposta integrada que tem como missão potenciar e amplificar a prestação de cuidados de saúde, em regime de internamento e ambulatório, nas áreas de ortopedia, traumatologia e reabilitação.

História centenária
Reconhecido facilmente pela carismática fachada paralela à marginal que une Lisboa a Cascais, a história do HOSA começou a escrever-se com o Sanatório de Sant’Anna, cuja construção partiu da iniciativa do casal filantropo Amélia e Frederico Biester, à qual a herdeira Claudina Chamiço deu continuidade. Inicialmente, o equipamento foi desenhado para acolher um sanatório para crianças desfavorecidas, um desafio proposto pelo Dr. Sousa Martins, médico da família. A primeira pedra foi lançada em 1901 e a obra concluída três anos mais tarde.
Dedicado ao difícil combate à tuberculose, os primeiros tempos do Hospital de Sant’Ana contaram com o apoio das irmãs de S. Vicente de Paulo, sendo estas substituídas, em 1910, pelas irmãs Dominicanas de Santa Catarina de Sena e um capelão. Após a morte de Claudina Chamiço, e por sua vontade, o sanatório passou a ser gerido por uma comissão de administração composta por sete elementos: o Cardeal Patriarca de Lisboa, D. António Mendes Belo (como presidente não executivo); o Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, o Conselheiro Augusto Pereira de Miranda (como tesoureiro); um familiar dos herdeiros, António José de Carvalho; um membro representante da Sociedade de Ciências Médicas de Lisboa e mais três membros escolhidos pelo Cardeal. Já em 1927, a Santa Casa assumiu a administração do espaço.
À aposta na área da reabilitação a partir de 1956 seguiu-se a definição de hospital central com o nome que hoje lhe é conhecido, por despacho governamental em 1961. Posteriormente, a entrada do HOSA no Séc. XXI fez-se com modernização tecnológica e criação de novos espaços. Seguiu-se um novo edifício hospitalar, cuja construção foi concluída em 2018, num total de mais de 6.000m2, com um bloco operatório de seis salas, 60 camas de internamento, uma unidade de cirurgia ambulatória e uma central de esterilização.
