A inauguração que teve lugar no início do mês de agosto foi assinalada pelo provedor da Misericórdia de Tomar, António Alexandre, como o “devolver à cidade com valor acrescentado”, aquilo que é uma parte do património mais representativo da SCMT.
“A Igreja é um marco na história de Tomar, não só pelo culto, mas também enquanto património histórico, vivo, construído, e inserido no centro de uma cidade histórica, muito perto do Convento de Cristo que é Património Mundial da Humanidade”, afirmou o provedor.
Para esta obra, a Misericórdia de Tomar conseguiu um financiamento de 231.576,30 euros que resulta de uma candidatura ao Fundo Rainha D. Leonor, criado pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
Os trabalhos incidiram na cobertura e na necessidade de recuperações no interior da Igreja da Misericórdia de Tomar. Toda a intervenção beneficiou com a recolocação de imagens e demais património móvel no templo. Como é da tradição, a igreja (que fica na rua principal dos desfiles e da festa dos Tabuleiros) teve as portas abertas durante toda a semana em que decorreu a secular romaria.
“Queremos estar de portas abertas e mostrar à comunidade o importante trabalho que desenvolvemos, quer em termos sociais, quer em termos culturais. Queremos fazer da Igreja um local de culto mas também uma igreja-museu”, concluiu António Alexandre.
A diferença entre o antes e o depois da obra é abissal, tendo sido descobertas quatro enormes janelas que estavam entaipadas, com as grades e a pedra da cantaria originais do século XVI.
A criação de um núcleo museológico ficou para uma segunda fase porque a obra detetou um desnível de um metro em relação à igreja o que colocou problemas de retirada de entulho e de circulação dos visitantes.