Ana Silva Coelho, da Unidade de Contencioso da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, vai apresentar a 7 de janeiro o seu livro “Jogos sociais do Estado: uma análise jus‑internacionalista e comunitária”. A apresentação da obra está agendada para as 16h30, no auditório da Casa Ásia – Coleção Francisco Capelo.
No seu percurso profissional na Instituição, a autora desenvolveu – como lhe chama – “uma grande paixão pelo fascinante mundo dos jogos”, motivo pelo qual se dedicou a estudá-lo enquanto aluna do Mestrado em Direito e Prática Jurídica (especialidade em Direito Internacional e Relações Internacionais), resultando na sua tese final, defendida em 2018.
Para o efeito, Ana Silva Coelho desenvolveu uma pesquisa profunda, apoiada numa extensa bibliografia, cuidadosamente selecionada para focar as fontes mais relevantes ao objeto de estudo.
A defesa da tese, apesar de ter marcado um momento importante, não encerrou o processo investigativo. Apesar de algumas mudanças no panorama, como o fim da exploração do jogo Joker e a introdução do Eurodreams, a relevância e atualidade desta investigação permanecem inalteradas.
“O setor dos jogos está em constante evolução, com novos temas e questões a surgir continuamente. As discussões sobre as diferentes vertentes deste universo multiplicam-se, refletindo a complexidade e o dinamismo do setor. Por isso, o presente trabalho não esgota as reflexões necessárias sobre o tema; antes procura ser mais um contributo para um debate que se prolonga para além destas páginas”, explica Ana Silva Coelho.
Esta posição é partilhada por Pedro Caridade de Freitas, Professor Associado da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, e orientador da autora: “O livro que agora se publica constitui um contributo para o desenvolvimento da ciência jurídica e é uma referência em língua portuguesa na área do Direito do Jogo. A Mestre Ana Silva Coelho, com esta obra, cumpre a obrigação do investigador de dar a conhecer à comunidade científica e ao público interessado o produto do seu trabalho de investigação. A comunidade académica e a comunidade jurídica recebem agora uma obra específica numa área até agora pouco explorada.”