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Palácio Paiva de Andrade

Palácio Paiva de Andrade

Construído no século XVIII, o palácio foi doado pela viúva Paiva de Andrade à Misericórdia de Lisboa para nele ser instalado o “Instituto Luísa Paiva de Andrade”, em memória da sua filha Luísa, falecida aos 22 anos. Hoje, no espaço funciona um centro intergeracional, destinado a novos e graúdos.

Ação social, Lugares com história

Integrado numa pequena rua no Bairro Alto, em Lisboa, o Palácio Paiva de Andrade, agora conhecido como Centro Social de São Boaventura, tomando por empréstimo o nome da rua onde se encontra, guarda dentro das suas paredes uma história de dor e amor ao próximo.

Em memória da filha precocemente falecida aos 22 anos, vítima de tuberculose, a sua mãe, Carolina Picaluga Paiva de Andrade determinou em testamento a criação de um instituto de ensino destinado a acolher 22 alunas oriundas de famílias carenciadas. O palácio, outrora palco de animados serões musicais onde se ouvia o piano tocado pela filha Luísa e onde o pai, Jacinto Paiva de Andrade, apresentava a sua coleção de arte aos convidados, figuras influentes da história da cidade, é agora uma referência no apoio à comunidade em Lisboa.

A morte intempestiva da jovem Luísa calou para sempre as gargalhadas no palacete e décadas mais tarde deu voz a um mito onde a paixão e o assombramento voltam a habitar o espaço. É sobre ela que paira uma neblina mística, que envolve o seu quarto, intocado por vontade testamentária desde a sua morte.

Quarto da menina

Carolina Augusta Picaluga Paiva de Andrade morre em 1912 e no seu testamento deixa a Santa Casa como herdeira do seu património, principalmente como executora dos seus desejos. As vontades de Carolina não eram apenas as suas, mas também do falecido marido Jacinto, unidos na intenção de perpetuar o nome da filha. Segundo a vontade de Carolina, deveria ser resguardado o quarto da casa do Instituto onde faleceu Luísa e colocar junto do seu leito algumas flores.

Quando a instituição recebeu o Instituto Luísa Paiva de Andrade, deu continuidade ao projeto da fundadora e, no cumprimento do seu desejo referido, manteve o quarto interdito até ao final da década de 80, quando problemas estruturais no espaço obrigaram à abertura da divisão. Na altura da reabertura do quarto, os relatos foram de estupefação ao constatar que um espaço esquecido no último piso do edifício, fechado à chave, permanecia mobilado como há cem anos e cheio de memórias pessoais de uma rapariga que nele tinha morrido em circunstâncias trágicas.

Centro São Boaventura

Reza a lenda que a jovem Luísa se terá enamorado por um jardineiro da casa. Esta paixão terá sido contrariada pelos seus pais, que a encerraram no quarto e é neste período de confinamento que a jovem se vê infetada pelo vírus da tuberculose, que lhe leva a vida. Os pais, angustiados pelo remorso de terem contribuído para a infelicidade da filha, decidiram imortalizar o seu nome através da criação do instituto com o seu nome e posteriormente com a preservação do seu quarto intacto por anos.

Nos dias de hoje, e continuado o legado da benemérita, a Santa Casa reestruturou o espaço, respeitando a vontade de Carolina em manter o “quarto da menina” fechado, e colocou aí um centro intergeracional que dá resposta a centenas de jovens e idosos. No Centro Social de São Boaventura há respostas para várias faixas etárias. Há lugar para os mais velhos e os mais novos, sem haver barreiras a limitar os espaços de uns e de outros ou atividades em que a idade seja critério de exclusão.

São Boaventura

No piso inferior do palácio, agora funciona uma ludoteca e um espaço de inclusão digital com computadores e uma impressora à disposição, com vista privilegiada para o jardim da casa. Já no piso superior existe um centro social, que fomenta um cruzamento de gerações espontâneo, onde em algumas ocasiões se encontram netos e avós, num convívio familiar e coeso. Existem várias iniciativas conjuntas, como passeios e oficinas ou projetos desenvolvidos com outras entidades e instituições.

O centro social está aberto de segunda a sexta-feira e é frequentado por dezenas de pessoas, muitas das quais almoçam e lancham no espaço. Para os que precisam, há também balneários para tomar banho, serviço de lavandaria e uma carrinha que faz o transporte de regresso a casa.

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde e cuidados de saúde ao domicílio

Unidades da rede nacional

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas