O protocolo assinado pelo administrador da Ação Social da Santa Casa, Sérgio Cintra, pelo presidente da APAV, João Lázaro, e pelo tesoureiro da APAV, Nuno da Silva, reforça a cooperação entre as duas instituições no cumprimento das respetivas missões, no âmbito da inovação social.
O projeto objeto de apoio, no âmbito deste protocolo, designa-se por Sistema Integrado de Apoio à Distância (SIAD).
Em funcionamento desde 2014 e de abrangência nacional, o SIAD integra, através de uma plataforma tecnológica de case management, o serviço de apoio telefónico da Linha de Apoio à Vítima da APAV (LAV | 166 006), o apoio disponibilizado através das redes sociais e videochamadas e ainda o Serviço de Vídeo Intérprete de Língua Gestual (SERVIIN), em estreita relação e encaminhamento para os demais 63 serviços de proximidade da APAV a nível nacional. A Linha de Apoio à Vítima é o serviço âncora deste sistema, onde o apoio prático e/ou emocional decorre em tempo real.
Sérgio Cintra defendeu, na sua intervenção, que este protocolo com a APAV “faz todo o sentido porque é complementar” à ação da Santa Casa. E continuou: “Esta parceria permite ir ao encontro de novas dinâmicas, ser mais próximo e alargar a esfera da intervenção da Misericórdia de Lisboa no plano nacional”.
Por seu turno, João Lázaro, presidente da APAV, sublinhou a “imensa honra e responsabilidade por merecer confiança e a parceria da Santa Casa”. Este protocolo vai permitir “chegar a outros públicos e ser cada mais próximo das vítimas de crimes e violência”.
A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima e a Misericórdia de Lisboa visam, com o desenvolvimento do presente projeto, a manutenção e consolidação do modelo de intervenção Sistema Integrado de Apoio à Distância e, assim, contribuir para a desocultação do crime e da violência sobre grupos vulneráveis, em particular aqueles que se encontram em territórios marcados pela escassez de recursos e pelo isolamento social.
O SIAD possibilita o aumento do número de vítimas apoiadas, proporcionando uma maior facilidade num primeiro contacto destas com os serviços de apoio da APAV, designadamente a vítimas que residem em áreas rurais ou isoladas e/ou em zonas onde não existem serviços de apoio de proximidade