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O presente e o futuro do setor da economia social em debate

O presente e o futuro do setor da economia social em debate

A Misericórdia de Lisboa, o Diário de Notícias e a TSF debateram o futuro do setor da economia social, esta terça-feira, no Teatro Thalia, em Lisboa. Um fórum de discussão que contou ainda com a presença de António Vieira da Silva e da ministra da tutela, Ana Mendes Godinho.

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O Teatro Thalia acolheu, na manhã de 18 de fevereiro, a conferência dedicada ao tema “Misericórdia no horizonte 2030 – O que vai mudar?”. Ainda neste âmbito, foi apresentado o livro “Pessoas & Causas – 48 histórias de vida”.

O “Pessoas & Causas” é o culminar de dois anos de parceria entre a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, o Diário de Notícias e a TSF. Este projeto foi desenvolvido com o objetivo de apresentar casos reais, na primeira pessoa, de quem beneficia ou beneficiou com os apoios provenientes das receitas dos jogos sociais, dando assim rosto às causas da instituição. No total, são 48 histórias de desafios diários e inspiradores que procuram promover soluções e mudanças na sociedade.

Na sessão de abertura, Edmundo Martinho, provedor da Santa Casa, defendeu que esta iniciativa possibilita “dar visibilidade a um trabalho que é muitas vezes discreto”. Já Daniel Proença de Carvalho, presidente do grupo Global Media, considera que a parceria entre a Santa Casa, o DN e a TSF é um “exemplo de serviço público” e de “uma parceria virtuosa”.

No painel de debate “Misericórdia no horizonte 2030 – O que vai mudar?”, António Tavares, provedor da Santa Casa do Porto, Carlos Farinha Rodrigues, professor associado do ISEG, António Vieira da Silva, ex-ministro do Trabalho, da Solidariedade e Segurança Social, e Edmundo Martinho, consideraram que os desafios do setor da economia social, designadamente das misericórdias portuguesas, são muitos e em diferentes planos. Todos concordaram que há cada vez mais exigência nas respostas e que as instituições têm que se adaptar aos novos tempos.

A sustentabilidade financeira, o desafio demográfico e o envelhecimento da população, a renovação dos equipamentos sociais, o rendimento dos recursos humanos deste setor e a conciliação das novas tecnologias na intervenção social foram questões que animaram o debate.

Edmundo Martinho notou que “os desafios do setor da economia social devem ser observados com outra interpretação, adaptada aos novos tempos”, alertando que “não devemos ser paternalistas na nossa missão”. Já Carlos Farinha destacou “o papel das misericórdias no combate à exclusão social”, lamentando não haver forma de quantificar o impacto destas instituições na vida das pessoas.

“Há que repensar a forma de intervir destas organizações”, alertou Vieira da Silva, lembrando que é necessário “reforçar a cooperação dentro do setor”. Depois de alertar para as questões da sustentabilidade, dos rendimentos dos recursos humanos neste setor e para a necessidade de renovar os equipamentos sociais, António Tavares lançou ainda uma questão: “O que é que o Estado quer destas instituições?”.

Na intervenção de encerramento, Ana Mendes Godinho, ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, anunciou que o governo lançará em março um programa de apoio à contratação nas instituições sociais. “A economia social está junto do problema e tem uma grande pressão para o resolver”, lembrou. Muitas vezes “substitui o próprio Estado na sua função”, acrescentou. Foi perante o pressuposto de uma valorização do trabalho das instituições sociais, qualificando os seus quadros, que o anúncio foi feito. Antes, elogiou a iniciativa e defendeu o setor da economia social como motor da coesão social.

A apresentação do livro Pessoas & Causas, que decorreu no final do evento, coube a Edmundo Martinho, a Pedro Pinheiro, diretor da TSF, e a Leonidio Paulo Ferreira, subdiretor do Diário de Notícias.

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