O encontro decorreu, esta quinta-feira, 6 de junho, no Teatro Armando Cortez, em Lisboa. O programa contemplou uma peça de teatro e uma tertúlia.
A edição deste ano levou a palco a peça de teatro “O que pode o Humor perante as agruras da vida?”, pelo grupo de teatro infantil ExperimentArte, do núcleo de Crianças da Unidade W+, com a participação especial de colaboradores da SCML e dos atores Inês Castel Branco, Afonso Lagarto e Brienne Keller.
Na sessão de abertura, Sérgio Cintra, administrador com o pelouro da Ação Social, elogiou o projeto ExperimentArte, defendendo que esta é uma nova resposta que vai de encontro às necessidades da população.
A peça de teatro “O que pode o Humor perante as agruras da vida?” é uma oportunidade para as crianças se expressarem, um espaço privilegiado que pode ajudá-las a encontrar soluções para fazer frente às suas carências emocionais. Uma iniciativa fora da caixa que pretende, igualmente, sensibilizar o público para importância de uma infância feliz e com humor.
A representação é terapia, pois, para as crianças que estão a passar por um mau momento vão, através de uma história ou de uma representação, conseguir encontrar soluções adequadas, numa linguagem que conseguem compreender, sem que tenham de aceder à consciência.
A iniciativa contou ainda com a tertúlia: “O que pode o Humor perante as agruras da vida?”, com as participações de Edmundo Martinho, provedor da Misericórdia de Lisboa, de Álvaro Laborinho Lúcio, juiz jubilado e ex-ministro da Justiça, de Conceição Tavares de Almeida, assessora para as questões da Infância do Plano Nacional de Saúde Mental, e Hugo Van Der Ding, autor, humorista, cartoonista, e com a moderação de Filipe Cardoso Silva, da Unidade W+.
Edmundo Martinho defendeu que “apesar das crianças terem mais solicitações, expetativas e exigências vivemos tempos muito estimulantes, com acesso à informação, à circulação, com aspectos muito positivos e um potencial tremendo”.
Já Laborinho Lúcio sublinhou que “a escola de hoje deve ensinar a pensar, escolher e agir”, sublinhando que as escolas devem educar para o fomento do pensamento crítico dos alunos, formando assim “rebeldes competentes”.
Por seu turno, Conceição Tavares de Almeida elogiou a iniciativa, afirmando que “é a arte que nos salva, porque nos confere uma identidade e nos devolver o nosso sentido de humanidade”.
O humorista Hugo Van Der Ding frisou que “o humor é fantástico para resolver uma série de coisas”.