Num ano marcado por episódios dignos de um filme do malogrado escritor norte-americano, Stephen King, a edição deste ano do Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa está de volta às salas do Cinema São Jorge e com algumas novidades. Entre elas e a mais evidente surge com a adição de dois dias à duração prevista do evento, decisão que vai ao encontro das recomendações da Direção Geral de Saúde, permitindo a realização de sessões mais espaçadas com lotação reduzida.
Outros dos maiores destaques desta edição é a retrospetiva intitulada “Pesadelo Americano: Racismo e o Cinema de Terror”, focada na ilustração do racismo no cinema de terror norte-americano, que expõe a problemática do racismo estrutural, em alusão aos protestos encabeçados pelo movimento criado no Estados Unidos, “Black Lives Matter”.
Para o filme de abertura a organização escolheu a longa-metragem espanhola de terror paranormal: “O 3º andar: Terror Na Rua Malasaña”, de Albert Pintó, inspirado em factos reais ocorridos na capital espanhola, na década de 70. Na sessão de encerramento, a 13 de Setembro, há “The Rental”, filme de estreia de ator Dave Franco.
Ainda antes do início oficial do Motel X e para aquecer os ânimos, a organização do festival promoveu alguns eventos Warm up, que percorreram alguns espaços da cidade de Lisboa, com a Santa Casa a ser um dos cicerones de serviço.
Na última quinta-feira, o Convento de São Pedro de Alcântara acolheu “A Mulher-Sem-Cabeça”, uma performance/concerto a partir de um texto de Gonçalo M. Tavares. Na noite seguinte, o Espaço Brotéria foi palco de um jantar encenado a partir de um texto de Fernando Pessoa desconhecido do grande público: “Um Jantar Muito Original”. Por fim, o dia 5 trouxe a muito aguardada sessão de cinema ao ar livre, no Largo Trindade Coelho, com a exibição do filme “The Host – A Criatura de Bong Joon-ho (“Parasitas”)” um filme Sul Coreano de 2006, que levou os fãs do género ao delírio.