Para aprofundar estas questões e pensar sobre estes temas foram convidados especialistas nacionais e internacionais, de diversas áreas temáticas, desde a política à educação, passando pelo ativismo.
A provedora da Santa Casa, Ana Jorge, destacou a inquietação, “que é mais característica nos jovens” e que os motiva para defender as suas causas. “São curiosos e são contestatários e ainda bem que o são, porque nos obrigam a pensar com eles cada vez mais, envolvendo os jovens nesta discussão dos temas que lhes dizem respeito.”
A provedora reforçou que “Santa Casa está envolvida, de certo modo, na Jornada e empenhada no apoio. É um momento em que todos os jovens, independentemente da sua Fé, podem estar envolvidos nas boas causas e para reforçarem a sua generosidade e se envolverem na defesa de um mundo melhor, mais solidário e mais humano”.
Ana Jorge frisou ainda que a instituição tem uma grande responsabilidade na área da infância e da juventude. “As crianças são o futuro do país e o futuro começa hoje. O que pudermos fazer hoje terá os seus efeitos exponenciais”, afirmou, relembrando que “todos temos uma criança dentro de nós” e que “enquanto tivermos a capacidade de criar e de querer fazer diferente, estamos vivos” e que “no dia em que não tivermos essa capacidade o ciclo da vida chega ao fim”.
Numa mensagem em vídeo deixada à conferência, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, agradeceu à Santa Casa e à Renascença pela iniciativa. O Presidente lembrou que foram os jovens a iniciar grandes transições na sociedade, como as campanhas de sensibilização para as alterações climáticas, transição da energia, revolução digital, entre outras, para enaltecer o papel dos jovens.
Já D. Américo Aguiar, presidente do conselho de gerência do Grupo Renascença Multimédia, reforçou que a “sociedade tem de proporcionar às crianças e jovens “a possibilidade de lutarem, de sonharem e de, com poesia, serem capazes de concretizar os sonhos”, agradecendo ainda à Santa Casa da Misericórdia, “que vai correspondendo às boas causas”, com “novas respostas para os novos problemas” e por, “em cada tempo, ser capaz de dar resposta aos novos problemas, que se cruzam sempre com os jovens e a juventude”.
No encerramento da conferência João Costa, ministro da Educação, defendeu que o maior interesse das democracias está “na formação dos nossos jovens”, reiterando que mais importante que os manifestos é a participação.
“Entendam que os níveis de participação democrática passam por vocês se apresentarem em listas para as assembleias de freguesia, câmaras municipais, para serem deputados, governantes, porque é aí que vocês vão mesmo ser capazes de agir perante aquilo que é preciso fazer”, comentou o ministro.