“A questão da longevidade não pode ser tratada apenas como uma consequência”, considerou o provedor da SCML, destacando que “o programa ´Lisboa, cidade de todas as idades´ tem a ambição de assegurar que ninguém fica para trás, na cidade de Lisboa, independente da sua idade”.
Para Edmundo Martinho a longevidade deve estar sempre alicerçada com uma melhoria efetiva da qualidade de vida da pessoa e que as políticas públicas devem também incorporar a ideia de que “as pessoas cada vez mais vão viver mais tempo”.
O provedor explicou, ainda, que “não existe nenhum setor da nossa vida coletiva que não sinta de alguma forma aquilo que é os efeitos da longevidade e nós na Santa Casa temos que estar preparados para isso e saber antecipar os desafios que nos irão colocar”.
Na parte da manhã tiveram lugar várias apresentações e debates dedicados ao tema que deu nome à quarta edição desta conferência, “Um Olhar no Futuro – Longevidade e Doenças Neurodegenerativas”, bem como a entrega do Prémio João Lobo Antunes que distinguiu este ano Ana Raquel Barbosa, médica interna do Hospital Egas Moniz, com uma investigação em doentes de Parkinson com problemas de marcha após cirurgia de estimulação cerebral.
À margem da conferência, Manuel Heitor, ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, elogiou a Santa Casa pela aposta que tem vindo a desenvolver no apoio à investigação científica, concluindo que “devido ao fato de vivermos mais anos está comprovado que existe uma relação direta entre algumas doenças e a longevidade”.
O programa de trabalhos da conferência contou, ainda, com a apresentação dos estudos e avanços científicos dos vários projetos vencedores do Prémio Melo e Castro, atribuídos pela Santa Casa.
A conferência decorreu esta terça-feira, 4 de junho, no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa.