Esta reabertura decorre de forma condicionada nos horários, nos tempos de consulta, nos tratamentos e sempre de acordo com as orientações técnicas da Direção-Geral da Saúde (DGS) e recomendações da Ordem dos Médicos Dentistas. A funcionar no número 219 da Avenida Almirante Reis, a clínica reabriu no passado dia 15, e promete tratar dos sorrisos das crianças e jovens de Lisboa.
É preciso marcação prévia e será feita triagem por telefone ou e-mail antes da consulta presencial. A temperatura é medida à entrada, é obrigatório o uso de máscara e proteções de calçado. Os profissionais usam equipamento de proteção que inclui bata, fato, máscara, óculos ou viseira, luvas, touca e proteções de calçado.
Um regresso muito aguardado
Joana Monteiro, 50 anos, empregada de limpeza, aguarda no corredor pelo filho de sete anos. É repetente, já veio ao SOL cinco vezes. Já havia algum tempo que aguardava a reabertura. Os dentes do pequeno Leonardo estavam a precisar de cuidados especializados com alguma urgência. Esta quarta-feira, foram recebidos no SOL, para a alegria de mãe e filho.
“Estava numa aflição pelo meu filho”, confessa Joana. “Esta é uma obra muito importante e faz bem a muita gente, porque a saúde não espera, os dentes não esperam”, lembra, elogiando o profissionalismo e o atendimento da equipa do SOL – Saúde Oral em Lisboa.
No corredor, Vítor Santiago, de seis anos, não desvia os olhos do Canal Panda. Veio arrancar um dente. Não teve medo, não chorou e, por isso, recebeu um diploma pela sua valentia. “Agora, vou pôr o dente debaixo da almofada para receber uma moeda”, conta Vítor, sorridente.
Além do dente retirado, Vítor aprendeu que deve ter melhores cuidados de higiene. “Lavo os dentes mais depressa do que devia e também tenho de lavar mais vezes”, admite. “Os médicos são muito fixes”, elogia no final da consulta.
André Brandão de Almeida, coordenador e diretor clínico do SOL, destaca que “garantir a segurança de todos foi a grande preocupação na reabertura do Serviço Odontopediátrico de Lisboa”. No entanto, este regresso “é muito condicionado, porque tem que obedecer a um conjunto de regras e orientações da Direção Geral da Saúde e da Ordem dos Médicos Dentistas”. Normas essas que definem como é que os consultórios e clínicas de Medicina Dentária podem abrir e começar a prestar cuidados de saúde.
O responsável pelo SOL lembra, igualmente, que, além do trabalho de investigação e de formação continua, os colaboradores fizeram uma formação específica – via plataforma Teams – para aprenderem todas as novas instruções e normas necessárias com o objetivo de garantir a segurança de utentes e colaboradores. Cada equipa e cada profissional faz apenas quatro consultas por dia, no máximo, não existindo cruzamentos de equipas. Os gabinetes não são usados duas vezes consecutivamente e as instalações beneficiaram de obras de adaptação do sistema de ventilação, para não haver recirculação de ar.
Para André Brandão de Almeida “o SOL é uma resposta sem paralelo em Portugal, porque permite a universalidade de acesso aos cuidados de saúde, para todas as crianças e jovens até aos 18 anos, que residam ou estudem no concelho de Lisboa, carenciados ou não, oferecendo serviços de grande qualidade”.