A investigadora, juntamente com uma equipa do Hospital de Santa Maria e da Fundação Champalimaud, quer perceber quem são esses doentes, quais as suas características e como se poderá reverter as complicações na sua marcha. Com este projeto de investigação, a médica venceu a terceira edição do Prémio João Lobo Antunes, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, no valor de 40 mil euros. A cerimónia de entrega foi esta terça-feira, 4 de junho, no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa.
“Este prémio é uma honra, não só porque demonstra que o que estamos a fazer estamos a fazer bem, mas também uma responsabilidade acrescida para alcançarmos alguns objetivos a que nos propusemos”, realça a investigadora.
Esta investigação irá dividir-se em dois estudos: um retrospetivo, em que se vão identificar cerca de 30 doentes do Hospital de Santa Maria, que já têm essa perturbação e outro prospetivo, em que vão seguir doentes que serão operados e identificar os que desenvolveram complicações na marcha.
Ao longo dos dois estudos, irão colocar-se nos doentes sensores de movimento – nomeadamente, sensores inerciais -, que permitirão caracterizar e perceber quais são as alterações na marcha.
Ana Raquel Barbosa é médica interna de neurologia no Hospital de Egas Moniz, em Lisboa, e a sua área específica é a das doenças de movimento.
O grande objetivo deste trabalho é então melhorar a qualidade de vida e independência dos doentes. “Além disso, pensamos que através das conclusões deste trabalho podemos tirar conclusões para outras alterações dos sintomas motores de outras doenças neurológicas”, concluiu Ana Raquel Barbosa.