Foram conhecidos os vencedores dos Prémios Nunes Correa Verdades de Faria desta edição, numa cerimónia que aconteceu, esta segunda-feira, 13 de outubro, na Residência Faria Mantero, no Restelo. O evento contou com a presença do provedor da Santa Casa, Paulo Sousa, da vice-provedora, Rita Prates, e dos administradores, André Brandão de Almeida e Ângela Guerra, bem como, os membros do júri e convidados.
Através destes galardões são distinguidas personalidades, de qualquer nacionalidade, pelo contributo, trabalho ou estudos desenvolvidos, em Portugal, em três áreas: cuidado a idosos desprotegidos, progresso da medicina aplicada aos mais velhos e tratamento de doenças do coração. O júri atribuiu, ainda, uma menção honrosa.
Os agraciados foram, na área A – Cuidado e Carinho Dispensados aos Idosos Desprotegidos, Rosa Maria Araújo, licenciada em Serviço Social, fundadora e Presidente da Direção Nacional da Associação Coração Amarelo e com uma vida dedicada às causas sociais.
No que diz respeito à área B – Progresso da Medicina na Sua Aplicação às Pessoas Idosas, o vencedor foi Fernando Maria Pacheco da Cunha Osório de Araújo, licenciado em Medicina, médico cirurgião no Hospital de S. João e professor Universitário na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, tendo dedicado os últimos anos da sua carreira à Oncogeriatria, procurando bons exemplos, boas práticas clínicas e soluções exequíveis para melhor cuidar de pessoas idosas com cancro.
Na área C – Progresso no Tratamento das Doenças do Coração, o premiado foi José Eduardo Marques Bragança, doutorado em Bioquímica e Biologia Molecular. Atualmente desenvolve um trabalho de investigação que tem o foco no papel essencial do modulador transcricional CITED2 no desenvolvimento embrionário e nas doenças congénitas cardíacas com o objetivo de compreender e mitigar estas patologias através de abordagens inovadoras.
O júri decidiu, ainda, atribuir, uma menção honrosa no que concerne à área B, a Maria João Nuno Lopes, médica de família que iniciou a sua atividade na zona de Braga em 2021, tendo como um dos fins a redução de desigualdades no acesso à saúde, combate a iliteracia em saúde e criação de soluções adaptadas às necessidades da população idosa.
Para além da vontade expressa de atribuição anual destes prémios, no valor de 12.500 euros cada, Enrique Mantero Belard deixou, ainda, à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a residência Faria Mantero, para ser utilizada como lar ou casa de repouso para pessoas idosas, de mérito e necessitadas.
Na cerimónia, o provedor agradeceu a presença de convidados, premiados, beneméritos e familiares, bem como dos colaboradores presentes, homenageando, ainda, o benemérito Mantero Bellard.
“Os Prémios Nunes Correa Verdades de Faria, instituídos por vontade generosa de Enrique Mantero Belard, são um símbolo da nossa missão: servir a comunidade, proteger os mais vulneráveis e valorizar o conhecimento ao serviço do bem comum. Esta cerimónia é, por isso, mais do que um momento de homenagem, é também uma reafirmação do compromisso da Santa Casa com a inovação social, a saúde e a solidariedade”, disse, reafirmando que a instituição que lidera “continuará a apostar nestes Prémios, reforçando o seu alcance, atualizando os seus critérios e promovendo cada vez mais o reconhecimento público daqueles que fazem a diferença”.
Já André Brandão de Almeida, administrador da instituição e presidente do júri, congratulou os premiados, frisando que: “encontramos nas diversas candidaturas apresentadas o melhor que o nosso país tem para oferecer, pessoas e equipas que, com generosidade e dedicação, se dedicam a servir os mais velhos, a inovar na medicina e a cuidar da vida. A cada edição, celebramos a tradição, mas também a capacidade de olhar para o envelhecimento com esperança e com ciência”.