O mês de abril vai marcar o arranque de uma série de eventos culturais que integram o programa dos 50 anos do 25 de abril da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Entre eles, destaca-se o Santa Casa Jazz Fest e a exposição de fotografia ROOF.
Em relação ao Santa Casa Jazz Fest oferece, de 24 a 28 de abril, no Convento de São Pedro de Alcântara, uma grande variedade de propostas dentro do jazz e da música improvisada, com grupos consagrados do jazz nacional, artistas emergentes na cena profissional e ainda apresentações da Escola de Jazz Luiz Villas-Boas.
Este festival, que marcará o “regresso” do Hot Clube ao centro de Lisboa, nasceu de uma parceria inédita entre a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e o Hot Clube de Portugal.
Teresa Nicolau, diretora da Cultura da Santa Casa, explica: “A Misericórdia de Lisboa tem de
estar ao lado de uma data tão importante para a democracia portuguesa como os 50 anos do 25 de abril. Queremos que seja um evento para a comunidade e impactante para Lisboa, a fazer a diferença. O Santa Casa Jazz Fest, que nasceu da vontade de trazer o Hot Clube de Portugal de volta ao centro da cidade, é uma parceria inédita entre a Santa Casa e o Hot Clube. O festival traz ao Convento de São Pedro de Alcântara nomes consagrados do jazz e tem tudo para juntar gente livre, tal como é este género musical.”
Também Pedro Moreira, diretor do Hot Clube de Portugal, se mostra satisfeito com esta parceria: “O Hot Clube Portugal é um dos clubes de jazz mais antigos da Europa e aguarda o regresso à sua casa no centro de Lisboa. O Santa Casa Jazz Fest vai permitir-nos voltar a levar o jazz ao público de Lisboa, isto num contexto que a nós também nos diz muito: os 50 anos do 25 de abril”.
Já de 27 de abril a 9 de junho, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa recebe a mais recente exposição do premiado fotojornalista português Mário Cruz – ROOF.
Esta exposição retrata as vidas dos que ficam de fora das estatísticas e de quem vive o lado escondido da crise da habitação, naquele que é o destino turístico número um da Europa. As pessoas retratadas nesta obra têm, muitas vezes, que escolher entre pôr comida na mesa ou pagar a renda. Quando saem para trabalhar, não sabem se terão casa quando voltarem. Carregam um segredo e a vergonha de não terem uma habitação condigna.
Muitas das pessoas foram fotografadas ao longo de uma década, em locais insalubres e indignos. Uns dão lugar a outros, numa cadência sem fim, mas os sítios são os mesmos, acrescidos apenas das marcas deixadas por quem lá passa.
O programa dos 50 anos do 25 de abril da Santa
Casa integra ainda exposições permanentes, visitas guiadas, uma feira do livro,
conferências, sessões de poesia, tertúlias, e muito mais, em iniciativas que
irão decorrer em três espaços da instituição: Convento de S. Pedro de
Alcântara, Sala de Extrações e Antigo Recolhimento das Merceeiras.