logotipo da santa casa da misericórdia de lisboa

Seis anos de radar comunitário, 40 a tomar conta do bairro

Seis anos de radar comunitário, 40 a tomar conta do bairro

A mercearia de Isabel Batista é ponto de encontro da comunidade mais idosa em Campolide e funciona como os olhos do Projeto RADAR para chegar a quem mais precisa de ajuda.

Ação social

mediadora do radar com comerciante em radar comunitário

É só seguir o aroma a fruta fresca, algures na Rua General Taborda, em Campolide, para encontrar a pequena mercearia de Isabel Batista. Ali instalada há 40 anos, assinalados com direito a festa no passado mês de janeiro, funciona desde 2019 como um radar comunitário. Alimenta, assim, o corpo e a alma daqueles que diariamente lidam com o isolamento e a solidão não desejada.

“Infelizmente está a perder-se, mas o pequeno comércio ainda vai tendo muito isso. É a parte psicológica das pessoas saírem e conversarem. Vamos conversando um bocadinho e por vezes basta um abraço. Nem é preciso dizer nada, é só sentir o carinho e a proximidade. É muito importante”, assinala Isabel.

Natural de Ferreira do Zêzere, chegou à capital com apenas 17 anos e rapidamente abraçou Campolide como o seu bairro de coração. Hoje conhece boa parte da comunidade sénior ali residente, apesar da evolução da cidade.

“Antes da pandemia existia muita gente de alguma idade com algumas necessidades. Muita coisa tem vindo a mudar e as pessoas foram partindo, mas ainda há muitas que vivem sozinhas”, explica a comerciante, acompanhada por Inês Gonçalves, mediadora de proximidade do Projeto Radar.

“É um pouco o retrato da cidade. Ainda há muito para fazer”, refere Inês.

Não é raro ver Isabel, que também participa noutros projetos de auxílio à comunidade, a ir levar medicamentos ou ir buscar o pão do dia a quem não o consegue fazer. Mas mais importante do que isso é o facto de servir de companhia a quem passa horas sozinho.

“Às vezes não é tanto a comida. É o acompanhar, o estar, os dias serem mais pequenos… Tenho um lema de vida: quando deixarmos de ser um ‘nós’ e passarmos a ser um ‘eu’, isto não valerá a pena. Todos os dias dou o meu melhor, mas tenho consciência de que o meu melhor não é tudo o que o outro precisa, é o que nós podemos dar”, assume a dona da mercearia.

Por seu lado, Inês Gonçalves avalia de forma muito positiva a contribuição da mercearia de Isabel como radar comunitário.

“Tem-se portado muito bem, fossem todos assim, tão atentos e disponíveis! A Dona Isabel tem sido uma referência e tem-nos ajudado muito a conhecer algumas situações. Ainda hoje de manhã passámos por cá para lhe dizer bom dia e aproveitámos para perguntar por algumas pessoas que não temos visto, nem têm atendido o telefone”, revela a mediadora.

Mesmo passados 40 anos, o amor de Isabel pelos vizinhos mais velhos não tem forma de esmorecer. E assim continuará enquanto puder: “Vim para cá muito novinha e aqui acabei de me criar. São a minha família de coração”.

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde

Unidades da rede nacional

Unidades que integram a rede de cobertura de equipamentos da Santa Casa na cidade de Lisboa

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas