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“Temos vindo a apoiar as pessoas e essa é a nossa obrigação”

“Temos vindo a apoiar as pessoas e essa é a nossa obrigação”

À Antena 1 e Jornal de Negócios, o provedor da Santa Casa lamentou o “impacto brutal” da pandemia nas contas da instituição. Edmundo Martinho referiu, no entanto, que a capacidade de resposta da Santa Casa não está comprometida.

Ação social, Saúde

Em entrevista ao programa “Conversa Capital”, da Antena 1 e Jornal de Negócios, o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa acredita que é capital, neste momento, assegurar que a pandemia não se transforme num “pesadelo tremendo para muitas pessoas e muitas famílias”. Ao longo da sua intervenção, Edmundo Martinho foi dando nota do “muito preocupante” impacto social que a pandemia está a provocar. Reflexo disso mesmo é o aumento substancial do número de pessoas apoiadas pela Santa Casa.

“Temos necessariamente mais pessoas a recorrerem aos nossos serviços para pedirem apoio em várias dimensões: alimentar, financeiro e alojamento. Temos vindo a apoiar essas pessoas e essa é a nossa obrigação”, considera o provedor.

O apoio acontece também ao nível da saúde como, por exemplo, o protocolo estabelecido com a Universidade Nova para a realização de testes: “Fizemos testes aos colaboradores e utentes que apresentavam sintomas. Mas esse protocolo teve uma amplitude muito mais alargada. Foi um trabalho feito em todos os lares da cidade de Lisboa, fossem eles da Santa Casa ou não. Foram mais de 6 mil testes, quer a funcionários, quer a utentes”.

Do ponto de vista económico, a pandemia teve um “impacto brutal” nas contas da Santa Casa. A redução das receitas, mas ao mesmo tempo um aumento brutal das despesas, resultado do aumento do número de pedidos de apoio, que obrigaram a Santa Casa a aumentar capacidade de resposta, levou a um crescimento da despesa entre 20 a 30%. Já a receita reduziu em 25%. Em 2020, a Santa Casa prevê um prejuízo que pode chegar aos 40 milhões de euros.

Apesar disso, Edmundo Martinho garante que a pandemia não comprometeu os investimentos em curso, como é o caso do Hospital da Cruz Vermelha. “Nós queremos assumir 100% da sociedade. Significa assumir, naturalmente, de forma faseada e dependendo das circunstâncias que viemos a encontrar e que fomos capazes de determinar”. Mas os investimentos na área da saúde não ficam por aqui: “Vamos abrir uma grande unidade de cuidados continuados, em Lisboa, onde era o antigo Hospital da Estrela, que há de abrir em setembro ou outubro deste ano; vamos abrir uma outra unidade mais vocacionada para as demências, em Monsanto”.

Em curso está um plano estratégico para recuperação das contas da Santa Casa. A estratégia passa pela internacionalização dos Jogos Santa Casa, em países como Angola, Brasil e Peru. A nível nacional, Edmundo Martinho relembra que as apostas hípicas arrancam em outubro e que a rede de mediadores será reforçada, com uma perspetiva de mais 1500 novos espaços em meados do próximo ano. “Trabalhámos com a Universidade Nova no sentido de olhar para o território nacional e perceber como podíamos melhorar a cobertura dos jogos sociais do estado”, revela o provedor.

Apesar do acentuado impacto da pandemia nas contas da Santa Casa, o representante máximo da instituição considera que “o ano é perdido do ponto de vista das contas”, mas que é um “ano em que fizemos muitas coisas boas e bonitas. É isso que queremos continuar a fazer”, reforça.

Assista à entrevista integral, aqui.

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