James Truchard é um empresário norte-americano que decidiu fazer uma doação de 5 milhões de dólares à Universidade do Texas e Santo António (UTSA), para a criação do projeto Oskar Fisher. Esta iniciativa permite lançar os maiores prémios a nível mundial para promover a investigação na doença de Alzheimer.
De acordo com o site da conceituada universidade dos Estados Unidos da América, estes prémios serão promovidos durante dois anos e pretendem contribuir para a descoberta de uma causa para a doença de Alzheimer. A mesma publicação cita o relatório mundial Alzheimer 2018, da Alzheimer’s Disease International, para constatar que se estima que 50 milhões de pessoas vivam em todo o mundo com demência, o que representa um custo de 1 trilião de dólares para a economia global.
O autor da doação que permite a implementação deste projeto, James Truchard, terá tido conhecimento do trabalho de Oskar Fisher durante uma pesquisa pessoal. Oskar Fisher foi um neurocientista judeu pioneiro no estudo da demência. O seu trabalho nunca pôde ser concluído, uma vez que em 1939 foi impedido de continuá-lo ao ser expulso da universidade e enviado para um campo de concentração, onde viria a morrer em 1942.
James Truchard considera que devemos “olhar para a doença de Alzheimer como um puzzle complexo a que falta uma peça”. O filantropo lembra que passou um século desde o início do trabalho de Oskar Fisher, mais de 130 mil papers científicos foram publicados e ainda não se encontrou uma explicação definitiva para a cura de Alzheimer.
George Perry reitor do College of Sciences e cientista-chefe do Consórcio para a Saúde Mental da UTSA é membro do Júri dos Prémios Santa Casa Neurociências desde a sua criação.
Para o membro do Júri dos Prémios Santa Casa Neurociências, o Projeto Oskar Fisher traz uma nova abordagem à investigação el Alzheimer porque parte do trabalho iniciado por Oskar Fisher há um século. O cientista-chefe da UTSA reconhece que “a generosa oferta de Truchard’s vai permitir criar um fórum internacional para assessorar esse trabalho e proporcionar uma explicação que potencie o conhecimento da sociedade desta doença”.
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