Numa altura de grandes desafios e incertezas, os Jogos Santa Casa voltaram a apoiar a prova rainha do ciclismo português, para satisfação de milhares de entusiastas da modalidade, de atletas, de equipas e da Federação Portuguesa de Ciclismo. A edição deste ano, num formato diferente, foi determinante para garantir o futuro do ciclismo profissional, assumir a modalidade e a Volta como elementos centrais da cultura popular portuguesa e como exemplo de regresso responsável à normalidade.
Nesta edição diferente, os Jogos Santa Casa assumiram-se como Naming Sponsor do evento e patrocinaram a camisola amarela. A “Edição Especial Volta a Portugal Jogos Santa Casa” foi dotada de várias medidas adicionais, visando mitigar ainda mais qualquer risco de contágio de SARS-CoV-2 e a festa foi mais contida, embora em Lisboa se tivesse batido um recorde de assistências, mas com um público com um comportamento muito responsável.
Amaro Antunes, da W52 – FC Porto, subiu ao pódio já com a camisola amarela envergada, que conquistara na segunda etapa, depois de concretizar aquilo que se previa: resistir até Lisboa e aguentar os ataques da concorrência no contrarrelógio.
Não sendo contrarrelogista, o atleta algarvio defendeu-se, este domingo, da melhor forma, selando a conquista da Camisola Amarela, graças ao sétimo tempo na etapa, a 31 segundos do vencedor, concluindo assim a “Edição Especial Volta a Portugal Jogos Santa Casa” com 29h28m57s, menos 42 segundos do que Gustavo César Veloso e menos 52 segundos do que Frederico Figueiredo, que completaram o pódio.
Amaro Antunes acreditou, desde cedo, que poderia ganhar a prova. “Vim para esta corrida motivado e num bom momento de forma”, declarou. Visivelmente emocionado, o algarvio de 29 anos sublinhou que “a equipa foi extraordinária e sem os meus companheiros não estaria a festejar esta importante vitória, porque sempre acreditei que um dia venceria”.
Edmundo Martinho, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, defendeu que “a Volta a Portugal tem tudo a ver com os valores e princípios da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e dos Jogos Santa Casa, e que, se em condições normais faz sentido estarmos associados à Volta e ao desporto, este ano, fazia ainda mais sentido. Não podíamos virar costas à Federação Portuguesa de Ciclismo, aos atletas e às equipas. Por essa razão, decidimos apoiar a realização desta Volta tão atípica, mas, ao mesmo tempo, tão solidária”, reforçou.
Por outro turno, Delmino Pereira, presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, era um homem feliz no final da “Volta a Portugal edição Especial Jogos Santa Casa”. “Foi uma vitória brutal! É uma vitória do ciclismo, da modalidade, do desporto e uma demonstração que temos que saber viver nas atuais circunstâncias”, adiantou, sublinhando que “os Jogos Santa Casa assumiram o papel de serem o principal patrocinador da Volta. Foi um apoio fundamental porque permitiu-nos atrair outros patrocinadores. Os Jogos Santa Casa estão connosco nos momentos mais difíceis”, concluiu.
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