Quinze crianças e jovens da Santa Casa participaram no Rugby Youth Festival, o evento que juntou mais de 3 mil jogadores e que contou uma vez mais com o apoio da Santa Casa.
“And it is!! What a beautiful, beautiful try!!”. A voz carregada de sotaque e entusiasmo faz-se ouvir pela tribuna do Estádio Universitário de Lisboa, enquanto no campo se disputa uma das muitas finais que marcaram o último dia do Youth Rugby Festival 2018. No terreno de jogo, onde o verde da relva vai cedendo lugar à lama – graças às placagens dos jogadores e à ação da chuva que cai fria e oblíqua – a luta pela vitória é intensa e acende o entusiasmo das bancadas, que entoam cânticos de apoio às equipas.
Na décima edição daquele que é o maior festival europeu de rugby juvenil (a que Santa Casa se associa pela quinta vez), as emoções estiveram ao rubro. Não só para os 3 mil atletas, de 90 equipas de todo o mundo, que participaram nos dois dias do evento, mas também para as 15 crianças e jovens acompanhados pela Santa Casa que, graças ao patrocínio da instituição, puderam viver as emoções do rugby mais de perto.
No meio de um ambiente festivo, onde as bolas de rugby pululavam por todo o espaço ao som de uma cacofonia de músicas, gritos de incentivo e conversas indistintas entre famílias e adeptos, os nossos petizes puderam assistir a vários jogos em todos os 8 campos do evento, incluindo no Campo Santa Casa.
Mas foi no Bungee Jumping, decorado com as cores das “Boas Causas”, que os jovens encontraram uma das suas atividades prediletas. Como é o caso de Alexandre, que nos confessa que gostou “muito dos trampolins” mas também “do almoço” que precedeu esta atividade. Mas, apesar de os trampolins lhe terem ficado na memória, do que este jovem da Casa de Acolhimento Rainha D. Maria I mais gostou foi mesmo “desta coisa do rugby”, que é como quem diz da Clínica ministrada por um treinador credenciado pela federação portuguesa da modalidade.
A ação preferida de Alexandre foi mesmo uma das que mais sucesso teve entre o grupo. Apesar de, no início, se mostrarem algo reticentes, “vou aí para quê? Para apanhar pancada?” rapidamente o medo desapareceu, e não tardou muito até que a grande maioria dos jovens estivessem dentro de campo, em minijogos diversos e sadiamente disputados.
Enquanto a bola de rugby vai saltando de mão em mão, as responsáveis da Santa Casa que os acompanham vão incentivando e chamando os nomes de cada um. Por cima das cabeças dos jovens deslizam, pelo slide que atravessa o campo, os poucos que não quiseram participar nesta clínica.
Para Sandra Afonso, colaboradora da Casa de Acolhimento Rainha D. Maria I, a possibilidade de estes jovens experienciarem este tipo de atividades “faz toda a diferença”. Não só porque é benéfico e ajuda “a ultrapassarem algumas questões” como é sempre bem recebida por todos, como foi o caso do Youth Rugby Festival. “Estão a gostar imenso. Tudo o que seja atividades desportivas são sempre muito cativantes para eles que aderem às mesmas muito bem!”, reconhece.
Na hora da partida, descobrimos que “esta coisa do rugby” ganhou mesmo um novo fã. Apesar de ter sido a sua primeira vez a praticar a modalidade, quando a clínica acaba, Alexandre confessa, com a roupa manchada de lama e a respiração ainda ofegante que “quero jogar outra vez!” provando que até no maior evento de rugby juvenil, há espaço para os iniciantes interessados.