Lançada esta segunda-feira, 5 de julho, na Quinta Alegre, propriedade da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a plataforma SupERa (também disponível em aplicação para telemóveis) nasce com o objetivo de facilitar o registo e a monitorização de informações clínicas dos residentes das ERPI e lares. Trata-se de uma ferramenta que pretende apoiar no acesso e na gestão da informação de forma mais eficaz.
No âmbito deste programa serão entregues 2400 oxímetros a Estruturas Residenciais para Idosos que tenham acordo com o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.
A cerimónia de lançamento contou com as presenças de Ana Mendes Godinho, ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Nuno Marques, presidente do Algarve Biomedical Center, e Edmundo Martinho, provedor da Misericórdia de Lisboa. Estiveram ainda presentes Sérgio Cintra, Maria João Mendes e Ana Vitória Azevedo, administradores da Santa Casa.
Na sua intervenção, Ana Mendes Godinho destacou “a capacidade de trabalho e de reinvenção, a união entre diferentes organismos e a aprendizagem adquirida” nos últimos meses da pandemia. “É preciso não baixar a guarda, estamos quase no fim da corrida e temos que apostar em novas soluções para proteger as pessoas”.
“A nova plataforma e os oxímetros podem ter um papel importante. É o digital a ajudar. Temos que inovar para responder melhor às necessidades das pessoas e das instituições”, concluiu.
Por sua vez, Edmundo Martinho começou por lembrar que o local escolhido para o lançamento da plataforma é um “recurso emblemático” da Misericórdia de Lisboa, e que foi “reabilitado com muito cuidado e galardoado com o Prémio Nacional de Reabilitação Urbana”.
A iniciativa “representa um passo significativo na prevenção e na proteção” dos residentes no que diz respeito a sintomas associados à Covid-19, bem como de outras patologias do foro respiratório, considerou. “Esperemos que supere as nossas expectativas”, finalizou.
Por outro lado, Nuno Marques fez uma apresentação global da Plataforma SupERa, sublinhando que esta ferramenta, além de mudar mentalidades, pode dar um importante contributo na facilidade e na gestão da informação sobre os dados clínicos dos residentes dos lares.
Em que consiste e como funciona a plataforma?
A plataforma SupERa irá facilitar o registo e monitorização dos níveis de saturação de oxigénio, temperatura e frequência respiratória dos residentes em Estruturas Residenciais para Idosos e lares residenciais, bem como de outras informações clínicas relevantes. Estes registos ficam disponíveis numa área reservada dedicada a cada residente, permitindo analisar a evolução das medições.
Sempre que sejam registadas medições, a SupERa emitirá um alerta com base num sistema de três cores (vermelho, amarelo e verde) que permite apoiar a tomada de decisão das estruturas residenciais na vigilância ativa de sintomatologia associada à Covid-19, bem como de outras patologias do foro respiratório. O uso da SupERa é também um contributo para a digitalização do registo deste tipo de medições, evitando-se o registo em papel.
Em que contexto surge a plataforma?
A plataforma SupERa tem enquadramento num conjunto mais alargado de soluções que visam apoiar as Estruturas Residenciais no combate à Covid-19. Desde outubro de 2020 que está em funcionamento a Linha COVID Lares (707 20 70 70), disponível 24 horas, sete dias por semana, para esclarecimento de dúvidas no âmbito da pandemia e agilizar processos de comunicação com as entidades competentes (por exemplo, Saúde Pública ou Segurança Social).
A Linha COVID Lares apoia também as ERPI no reporte ao Instituto da Segurança Social na Plataforma Integrada Monitorização Covid-19 sobre informação relativa à gestão da pandemia. Através da Linha COVID Lares é também possível identificar a necessidade de formação de profissionais em ERPI sobre controlo de surtos e a importância do correto uso de equipamentos de proteção individual.
A formação que pode ser desenvolvida nas Estruturas Residenciais tem como objetivo capacitar os profissionais com competências técnicas para desempenho das suas funções em contexto de pandemia causada pelo vírus SARS-CoV-2, incluindo a interação com residentes (potencialmente) infetados pelo novo coronavírus.
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