Os Centros de Acolhimento Infantil (CAI) do Vale Fundão celebraram ontem os 50 anos desde a sua fundação, numa tarde animada entre colaboradores, pais, crianças e convidados. O evento teve lugar no Salão de Festas do Vale Fundão e contou com a presença de Sérgio Cintra, administrador com o pelouro da Ação Social na Misericórdia de Lisboa.
“Quando o Estado português, há mais de 50 anos, decidiu iniciar os processos de autoconstrução, a Misericórdia foi desafiada a encontrar respostas para a área de infância e juventude. Em 1973, era provedor António Maria de Mendonça Lino Neto, a proposta foi à Mesa e foi autorizada a instalação destes dois centros”, começou por recordar o administrador, sublinhando “a capacidade de todas as equipas pedagógicas da Misericórdia, mas também dos provedores e das Mesas da Santa Casa, que nunca desistiram destas instalações” ao longo dos últimos 50 anos.
Afirmando-se como marvilense, Sérgio Cintra deixou depois um desejo à plateia: “Mais importante do que o que fizemos, é aquilo que queremos construir. Todos estes meninos têm de ter mais capacidade de construir sonhos do que tiveram os pais deles ou os avós”.
Música, sabores e memórias
As celebrações dos 50 anos dos CAI Vale Fundão tiveram direito a dois momentos musicais, com a atuação do grupo Latomania, composto por jovens do Centro Social Comunitário do Bairro da Flamenga e liderado pelo animador e cantor Ruben Matay, e uma pequena sessão de fados, além dos tradicionais parabéns com direito ao respetivo bolo de aniversário.
Pelo palco passaram ainda duas mesas redondas com memórias destas cinco décadas, patentes igualmente numa exposição sobre a história dos CAI Vale Fundão, além de uma mostra de sabores de empreendedores locais na sala anexa do Salão de Festas.
Criados na década de 70, os Centros de Acolhimento Infantil têm atualmente mais de 200 crianças, entre os três meses e os três anos de idade: 135 no CAI Vale Fundão I e 78 no CAI Vale Fundão II.