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CEFC exibe mostra da sua oferta formativa numa tarde animada

A tarde de 29 de janeiro foi bastante animada no Convento de São Pedro de Alcântara, que acolheu o encontro “Formar para Mudar – Pelo Sonho é que Vamos”, numa alusão ao poeta e professor, Sebastião da Gama. À entrada, vários jovens – e menos jovens também – faziam fila para entrar numa das salas onde colegas seus estavam a expor os trabalhos que aprendem (ou aprenderam) a fazer no Centro de Educação, Formação e Certificação (CEFC), da Santa Casa.

Se num dos cantos da sala havia quem cortasse e penteasse cabelos, em representação do curso de cabeleireiro, no outro lado ofereciam-se pequenas delícias gastronómicas criadas no curso de cozinha e pastelaria.

Informática, comunicação, manicure e outras áreas também marcaram presença, não só mostrando o que fazem, mas também dando informações sobre os cursos a quem estivesse interessado.

Já no exterior, a zona dos claustros funcionou como palco de partilhas, onde desfilaram histórias de gratidão de antigos formandos que hoje vivem as suas vidas com as bases que construíram no CEFC. A assistir, os formadores não escondiam o orgulho.

Dezenas de pessoas no evento de divulgação do CEFC

Todos ganham

A celebração do CECF mudou-se a meio da tarde para a Sala de Extrações, onde foram entregues 64 certificados de conclusão dos cursos de alfabetização e cabeleireiro, bem como das formações modulares de inclusão: cuidados de beleza, empregado de andares e pastelaria/serviço de restaurante e bar.

Sérgio Cintra, administrador do pelouro da Ação Social da Santa Casa, dirigiu-se aos alunos que agora terminaram a sua formação, sublinhando que este é um processo onde todos ganham: “Ganham vocês, que tiveram a capacidade de ser formados num centro de formação único no país, e ganhamos nós, porque sabemos que a vossa qualidade humana, associada à dimensão profissional que foi garantida com a aprendizagem no CEFC, é algo que a qualquer um descansa e temos a certeza de que todos, sem exceção, vão ser o melhor exemplo e o melhor “cartão” da formação da Misericórdia de Lisboa”.

Formandos do CEFC recebem certificados

testemunhos de sucesso

Rúben Almeida é um dos exemplos de sucesso. Chefe de cozinha num hotel lisboeta, a sua ligação a este equipamento da Santa Casa começou quando quis completar o 6.º ano. Assim o fez, mas não ficou por aqui. Seguiu-se o 9.º ano e, depois, o curso de cozinha. “Mais tarde houve esta oportunidade de ser chef e a minha vida melhorou bastante. Nota-se a diferença entre quem eu era antes e quem sou hoje”, admitiu ao microfone, arrancando um dos primeiros aplausos da tarde.

O mesmo aconteceu com Gina e Érica, duas antigas formandas do curso de geriatria e que agora trabalham na Santa Casa. Gina, que terminou o curso em 2018 e integra atualmente o Centro de Dia de Nossa Senhora dos Anjos, admite que o CEFC foi fundamental no seu percurso.

“Realmente, o impacto que esta formação teve na minha vida foi profundo. Tive um período em que trabalhei em medicina dentária e senti-me completamente perdida quando isso acabou. Então, o Centro de Formação foi uma lufada de ar fresco. Tirei duas formações no Centro: primeiro, manicure e pedicure, o que me deu alma e me ajudou a erguer, e, depois, achei que geriatria era aquilo que pretendia para a minha vida. O CEFC apoiou-me incondicionalmente”, afirmou Gina.

Já Érica, nascida no Brasil, terminou o curso em 2022, e também resumiu o seu percurso até chegar ao Serviço de Apoio Domiciliário, onde trabalha atualmente. “Quando cheguei a Portugal estava desempregada e optei pelo curso de auxiliar de geriatria, porque sempre gostei muito de cuidar do outro. O curso deu-me as ferramentas que eu precisava e só tenho a agradecer”, sublinhou.

As palavras elogiosas para o Centro de Educação, Formação e Certificação continuaram ao longo da tarde e houve mesmo quem se referisse ao CEFC como sendo “uma família”, como foi o caso de Catarina, que aprendeu a profissão de cabeleireira naquele equipamento.

“Esta grande casa é uma família para mim. Quando cheguei tinha o 4.º ano. Estudei, tirei o 9.º e o curso de cabeleireiro. Foi muito bom, gosto imenso das pessoas. Quando acabei o curso fui estagiar, fiquei e estou a trabalhar lá há oito anos!”, contou, não escondendo o entusiasmo.

Atualmente, estão abertas candidaturas em diversas áreas, sendo por isso possível juntar-se às centenas de formandos que já passaram por este centro de formação da Santa Casa.

A distância não travou a alfabetização e a formação: “No CEFC dá-se continuidade ao ensino”

Na semana em que mais de um milhão de alunos em Portugal regressou ao ensino à distância, no Centro de Educação, Formação e Certificação da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (CEFC) a situação não é diferente. Os 210 formandos deste centro estão agora a cumprir o plano curricular dos respetivos cursos em regime de teleformação. A diretora do CEFC, Maria José Covas, acredita que foi a “experiência” que fez com que a equipa estivesse preparada para “possibilitar uma formação à distância ajustada” às necessidades dos formandos.

O CEFC tem vindo a ajudar pessoas entre os 15 e os 64 anos a desenvolver competências e a aumentar qualificações escolares e profissionais. Nos seus dois polos, o de jovens e o de adultos, decorrem percursos formativos em áreas como restauração, beleza, informática ou  alfabetização.

Devido à Covid-19 tudo mudou, mas a resposta não parou. No fundo, a grande alteração verifica-se nos espaços de aprendizagem, com as salas de aula a serem substituídas pelo Zoom, pelo Moodle ou pelo Teams. É através destas plataformas que o contacto entre formadores e formandos vai sendo mantido. Os recursos tecnológicos de apoio ao ensino à distância disponíveis estão a ser explorados e utilizados, com modalidades de ensino assíncrono, síncrono ou trabalho autónomo.

Na turma B1 (4º ano), do Polo Adulto, o Whatsapp é a plataforma de excelência. É através de um grupo criado nesta app de mensagens instantâneas que formandos e formadores vão trocando impressões. É também por esta via que é facultado aos formandos o conteúdo necessário para a realização de trabalhos.

A formação em alfabetização é  exemplo de um ensino que não ficou comprometido com a migração para o digital, numa turma em que existem graus diferentes de literacia. Todas as semanas, os oito alunos que compõem esta classe são contactados pelos formadores. Os alunos passaram a realizar leituras telefónicas, com base no conjunto de materiais entregue pelo CEFC, num kit composto por fichas didáticas, lápis de cor, folhas pautadas e de desenho, que permite que os alunos trabalhem também a motricidade fina e o treino das letras e dos números.

“Nas sessões previamente planeadas nos cronogramas dos cursos recorre-se também ao contacto telefónico, para esclarecer dúvidas e fazer um balanço dos trabalhos entregues”, conta Maria José Covas.

“A formação à distância está a concretizar-se de forma positiva” e, para a diretora do CEFC, este empenho reflete-se até nas atividades extracurriculares. Exemplo disso foi a comemoração do Dia Mundial da Leitura em Voz Alta, no dia 1 de fevereiro. Formandas de dois cursos, após a apresentação do espetáculo ABSURDEZ do Plano Nacional de Leitura, realizaram vídeos com leituras em voz alta, como foi o caso de Jaquelina Silva, que declamou um poema de Fernando Pessoa.

Mas o telemóvel, email ou o Whatsapp são apenas plataformas facilitadoras de contactos entre as partes ou somente uma forma encontrada pelos professores para acompanhar o trabalho desenvolvido pelos alunos. Nos cursos do CEFC é necessário colocar “mãos à obra”, uma vez que os planos curriculares são, em grande escala, feitos de aulas práticas. Para estas situações o CEFC preparou um kit ajustado às necessidades das diferentes formações, que reúne os materiais necessários para a realização de trabalhos em casa.

O curso de Operador de Acabamento de Madeira e Mobiliário é um desses casos. Aos alunos foi entregue uma caixa com material de desgaste, ceras e betumes de vários tipos, e pequenos pedaços de madeira de forma a poderem desenvolver trabalhos durante cerca de três semanas.

As sessões da formação em restauração têm decorrido de diversas formas: online, correio eletrónico e assíncronas, nas horas estipuladas em cronograma. Os formandos desenvolvem, nas suas casas, diversas receitas de cozinha e pastelaria. Todos os trabalhos são partilhados através de fotos ou vídeo, com o registo de cada passo dado durante as atividades solicitadas pelos formadores. Em caso de dúvida, aos formandos recorrem ao contacto telefónico para esclarecer algumas etapas do exercício.

Na área de cabeleireiro, o kit é composto por material indispensável para o bom desempenho da profissão e por uma “cabeça” -uma boneca com cabelo sintético, onde os formandos treinam penteados-, onde os alunos dão asas à imaginação. Nas sessões tecnológicas, após serem explicados os temas do módulo, os formandos fazem demonstração das aprendizagens no manequim, num processo registado em fotografia ou vídeo.

“Todos estão a entregar os trabalhos dentro dos prazos estabelecidos e com um nível de qualidade bom e muito bom”, revela Maria José Covas, que vê na motivação e no empenho no prosseguimento e conclusão dos percursos formativos “uma evidência de que é possível dar continuidade ao ensino”.

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