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Santa Casa divulga Relatório de Sustentabilidade 2020

No Relatório de Sustentabilidade da instituição referente ao ano passado, a palavra “pandemia” e “COVID” são dominantes em todo o documento ou não fosse esse o ano em que tudo mudou, junto das populações e, inevitavelmente, na Santa Casa. Paralelamente ao receio inerente a uma situação desconhecida, a instituição com 523 anos enfrentou um duplo teste às suas capacidades: a de se adaptar a uma nova realidade e preservar a confiança e respostas a quem a ela recorre.

“Não obstante as dificuldades e desafios, a pandemia precipitou processos de mudança positivos e demonstrou ser possível atuar com agilidade e flexibilidade para corresponder às necessidades iminentes e imprevistas. A capacidade de mobilização de recursos foi significativa e imperou a cooperação”, pode-se ler no Relatório de Sustentabilidade, que refere a proteção e segurança dos profissionais da Santa Casa e dos utentes como “uma das grandes prioridades”.

O impacto da pandemia na sociedade portuguesa, em particular junto dos mais desfavorecidos refletiu-se nas contas da instituição. Em 2020, a atribuição de apoios pecuniários temporários ou de emergência apresentou um acréscimo de 74,2% do montante total face a 2019, de acordo com o relatório agora divulgado, que justifica o aumento, com a necessidade de reforçar e ampliar o apoio a situações de carência alimentar e de quebra de rendimentos resultantes do regime de layoff ou de desemprego.

“Em 2020, pela situação de emergência gerada pela pandemia de COVID-19, precisámos de chegar a mais famílias e mais utentes, implementando novos serviços e novas formas de trabalho. Garantimos a acessibilidade dos mais vulneráveis aos cuidados e apoios essenciais e a proteção dos nossos colaboradores. Todas estas circunstâncias refletiram-se nos nossos resultados económicos, nomeadamente através do aumento das despesas. Por outro lado, o prolongado período que o País viveu com as restrições e constrangimentos inerentes aos vários ´estados de emergência` decretados e às muitas dificuldades com que a sociedade e a população se depararam na luta contra o vírus SARS-CoV-2, resultaram na diminuição das receitas geradas pelos Jogos Sociais do Estado, as quais constituem a principal fonte de receita da Santa Casa”, refere o documento .

Em termos contabilísticos, a Ação Social – pelas respostas que assegura e pelo número de utentes que abrange – foi a área de atividade onde as medidas de resposta à pandemia tiveram uma maior expressão no investimento e nos gastos correntes da Misericórdia de Lisboa, representando um esforço de €8,6 milhões. No ranking das despesas está, em segundo lugar, a área da Saúde, com €2,2 milhões, e os apoios a outras entidades, com €1,9 milhões. As Unidades de Retaguarda, os Cuidados Continuados e os Sistemas e Tecnologias de Informação foram outros setores que contabilizaram gastos considerados, com €938 mil, €394 mil e €512,7 mil, respetivamente.

Para poder dar uma resposta ajustada a todos os que precisam do seu apoio, a Misericórdia de Lisboa contou, ao longo do ano, com a dedicação de quase 6000 colaboradores. O investimento em pessoas verifica-se, sobretudo, na estabilidade laboral que a instituição permitiu aos seus funcionários: 98% destes colaboradores têm um contrato de trabalho por prazo indeterminado. Destaque ainda para o facto de, em 2020, 76% dos funcionários serem mulheres.

Gerir mais de uma centena de equipamentos, onde todos os dias são prestados a milhares de pessoas os mais variados serviços de saúde, ação social, formação, cultura, entre outros, exige um elevado consumo de energia, de água e gera uma produção muito significativa de resíduos. Ao longo dos anos, a Santa Casa tem adotado comportamentos e medidas mais responsáveis em prol de um ambiente melhor.

Os relatórios de sustentabilidade funcionam como um “input” para a transparência das organizações. A divulgação mais aprofundada de informação não financeira é algo cada vez mais valorizado, permitindo que as organizações demonstrem o impacto da sua atividade na sociedade, na economia e no ambiente, num compromisso com a responsabilidade e a transparência.

Consulte aqui o relatório na íntegra.

Um Compromisso para o futuro

Logo no início do ano de 2020, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa aderiu ao compromisso Lisboa Capital Verde Europeia 2020, implementando na sua ação diária algumas medidas que irão reduzir a sua pegada ecológica até 2030.

Entre as várias ações que a Santa Casa implementou até 2030 em diversas áreas de atuação, estão, para além da vertente energética – com a instalação de iluminação LED (meta alcançada) e de equipamentos de produção de eletricidade solar (30%) -, áreas como a da mobilidade – com o aumento da promoção de veículos elétricos nas frotas operacionais da instituição (50%) – e a área da economia circular – com a redução dos resíduos sólidos produzidos (10%), o aumento do envio de resíduos para reciclagem (10%) e a eliminação total de plásticos de utilização única (100%).

 

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde e cuidados de saúde ao domicílio

Unidades da rede nacional

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas