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Estratégia reverte efeitos de lesões na espinal medula

Uma equipa da Universidade do Minho conseguiu reverter os efeitos provocados por lesões na espinal medula. Os resultados foram destacados na capa da edição de maio da conceituada revista Stem Cells e baseiam-se num estudo realizado em modelos animais (ratos) com lesões moderadas na espinal medula.

Em comunicado, a Universidade do Minho anuncia que Eduardo Gomes, Sofia Mendes, Nuno Silva e António Salgado, do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS) e da Escola de Medicina, conseguiram desenvolver uma nova abordagem terapêutica eficaz na recuperação de lesões vertebro-medulares. Isto foi possível graças à transplantação conjunta de dois tipos de células (células estaminais do tecido adiposo e células gliais do bolbo olfativo), que conseguiram induzir a reparação da lesão e mostrar melhorias significativas no comportamento motor dos animais, para além de ajudarem na redução da inflamação.

“Para este tipo específico de lesões (hemi-secção torácica), a transplantação celular sem qualquer tipo de tratamento complementar foi suficiente para obter resultados positivos, o que acaba por ser a grande novidade deste trabalho e revela o potencial desta estratégia”, sublinha António Salgado, coordenador do estudo.

António Salgado e a sua equipa tinham já conseguido reverter lesões severas em modelos animais, através da combinação de duas terapêuticas: a transplantação de células estaminais e o uso de biomateriais, ou seja, materiais que vão ser aplicados com uma função biológica. Os investigadores trabalham com um biomaterial semelhante a um gel que armazena células na sua estrutura e que são injetadas na espinal medula.

“Quisemos ver o que acontecia sem usar biomateriais num modelo menos severo”, explica o investigador. “Em modelos que não sejam tão graves do ponto de vista de impacto nas lesões da espinal medula, a transplantação de células sem utilização de biomateriais é, por si só, suficiente”. Este trabalho vem comprovar que lesões diferentes requerem abordagens diferentes, e que o sucesso das terapêuticas está muito dependente do grau de lesão existente.

A espinal medula é um órgão fundamental para a comunicação entre o cérebro e o resto do corpo, funcionando como uma espécie de autoestrada de informação nervosa. Desta forma, lesões que afetem a espinal medula comprometem seriamente a capacidade motora e sensorial dos pacientes. As consequências secundárias da lesão, associadas à baixa capacidade de regeneração do tecido nervoso, fazem com que ainda hoje não haja tratamento para este tipo de lesões.

O próximo passo, já este ano, está centrado na validação deste tipo de estratégias em animais de maior porte num contexto clínico-veterinário. Com isto, a equipa da Universidade do Minho  espera obter dados que possibilitem, no futuro, a passagem para um estudo experimental em humanos.

Este trabalho resulta de uma parceria com as universidades de Coimbra, Tulane e Thomas Jefferson (estas duas últimas nos Estados Unidos), tendo sido financiado pelo Prémio Melo e Castro – Prémio Santa Casa Neurociências, atribuído pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

Texto e Fotografia: Universidade do Minho

Artigo completo disponível aqui.

Estão a decorrer até 10 de setembro as candidaturas à edição deste ano dos Prémios Santa Casa Neurociências. Saiba mais em http://candidaturasneurociencias.scml.pt

Prémios Santa Casa Neurociências. Abertura de candidaturas

As candidaturas à sexta edição dos Prémios Santa Casa Neurociências decorrem entre 2 de maio e 10 de setembro.

Foi pela esperança na construção de respostas mais eficazes que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa lançou, em 2013, os Prémios Santa Casa Neurociências.

O Prémio Melo e Castro distingue a investigação ligada à recuperação e tratamento de lesões vertebro-medulares, território em que a Santa Casa foi pioneira no país, com a abertura do Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão, em 1966.

O Prémio Mantero Belard visa a promoção da investigação em doenças neurodegenerativas associadas ao envelhecimento, como as doenças de Parkinson e de Alzheimer, que afetam já cerca de 160 mil portugueses acima dos 60 anos de idade.

INFORMAÇÕES
Candidaturas: http://candidaturasneurociencias.scml.pt

T: 213 235 563
info.neurociencias@scml.pt

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