Criado para dinamizar todo o ecossistema de empreendedorismo social, este fundo será distribuído de forma diferente em duas vertentes. Na vertente de teste, haverá um limite de investimento de 20 mil euros para desenvolvimento de ideias que ainda não tenham sido implementadas, mas que deverão passar a projeto no prazo máximo de um ano, a contar da data da atribuição do financiamento. Já na vertente early stage, os projetos devem ter até três anos e o investimento será, no máximo, de 100 mil euros.
Numa primeira fase o fundo +PLUS será dinamizado pela instituição, prevendo-se que, futuramente, o mesmo possa ser seja aberto à participação de outros investidores e parceiros.
Os projetos serão selecionados com base no perfil dos candidatos, o caracter de inovação do projeto, a exequibilidade do modelo de negócio e os resultados e contributos previstos para a resolução do desafio social em causa. Posteriormente, será ainda avaliado o empenho e envolvimento dos candidatos na entrevista, a capacidade de integração de feedback e o cumprimento de metas estabelecidas.
Edmundo Martinho, provedor da Misericórdia de Lisboa, salientou que “este fundo é um empenho que queremos colocar em iniciativas geradoras de novas soluções. Queremos apoiar ainda mais projetos que possam trazer um valor acrescentado não só ao nosso trabalho diário, mas também, a toda a sociedade.
“A Casa do Impacto tem vindo, ao longo do tempo, a aprofundar esta relação com o universo da inovação, com este universo do empreendedorismo, sempre sem perder de vista que o que nos move são causas de natureza social, e que só faz sentido que a Santa Casa se envolva neste tipo de processos se as soluções que vierem a ser lançadas venham acrescentar qualidade à vida das pessoas e das comunidades”, frisou o provedor.
No final do seu discurso, Edmundo Martinho, realçou ainda a necessidade de a Casa do Impacto se expandir: “Temos, de momento, um projeto em curso, a Vila do Impacto, que irá, num futuro próximo, ser um sítio de referência para o empreendedorismo social nacional”.
Também presente neste lançamento esteve a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, que salientou que esta é uma medida que “prova que a Santa Casa sabe adaptar-se às exigências do presente, como tem provado ao longo dos seus 521 anos de existência”, concluindo que “é necessário que as soluções que possam vir a nascer destes apoios entrem no sistema”.
As candidaturas para o fundo +PLUS da Casa do Impacto estarão abertas entre 20 de fevereiro e 20 de junho. Podem concorrer pessoas ou empresas de qualquer parte do mundo, desde que o negócio seja implementado em território português.
Durante o evento houve ainda lugar a um painel de discussão, moderado por Nathalie Ballan, Fundadora da Sair da Casca e que contou com a participação de Inês Sequeira, diretora do Departamento de Empreendedorismo e Economia Social da Santa Casa, António Miguel, managing partner do MAZE e Filipe Almeida, presidente da Estrutura de Missão Portugal Inovação Social.
Para além do fundo apresentado esta tarde, a Casa do Impacto – que recentemente comemorou o seu primeiro ano de vida – tem vindo a desenvolver programas de apoio ao empreendedor social, como o concurso Santa Casa Challenge, que premeia a inovação digital social e o RISE for Impact, programa de aceleração para projetos em fase de validação de ideia.
Mais informações sobre o +PLUS e o regulamento de candidatura, no site da Casa do Impacto.