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O que fazer para melhorar a empregabilidade de pessoas com deficiência

O acesso ao mundo laboral por parte de pessoas com algum grau de deficiência e a qualificação e apoio a estas pessoas foram alguns dos temas discutidos na última rubrica do “Conversas Por Boas Causas”, que passa quinzenalmente na antena da TSF numa parceria entre a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, o Jornal de Notícias e a TSF.

De acordo com alguns dados da União Europeia, cerca de 50% das pessoas portadores de algum tipo de deficiência sentem-se discriminadas, e em Portugal os números são ainda mais alarmantes, com apenas 25% das pessoas com deficiência inscritas nos centros de emprego a conseguirem trabalho digno.

Segundo Vanda Nunes, foi com este propósito em mente que “a Santa Casa decidiu começar o projeto da Valor T”, de maneira a “ajudar a responder a esta problemática de trabalho digno para todos”. Além disso, conforme acrescenta Vanda Nunes, “é necessário ouvir quem está neste caminho há muito tempo, para uma boa integração destas pessoas no mercado de trabalho”, frisando que “mais do que colocar a ênfase nas empresas” é necessário “ouvir a pessoa”.

Já António Saraiva considera que esta deve ser uma preocupação de toda a sociedade e “não dos patrões em particular” sendo que na opinião do presidente da CIP é necessário “transformar atitudes e despertar consciências”, para a integração das pessoas com deficiência no mercado laboral. António Saraiva alerta ainda que a deficiência “não deve ser um entrave a nada”, finalizando que “existe hoje uma consciência diferente por parte dos patrões para este problema”.

Oiça esta conversa e as anteriores através da página oficial da TSF, ou do JN.

“O papel da Santa Casa tem sido parte ativa e contribuinte naquilo que são as respostas na cidade de Lisboa”

Em entrevista, o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa relembrou que a pandemia teve um impacto significativo nos rendimentos das famílias. Neste âmbito, Edmundo Martinho frisou que o Governo tem vindo a criar “mecanismos que permitem enfrentar de forma direta as consequências mais gravosas deste problema”, dando como exemplo as medidas de apoio à “manutenção de empregos” e à “manutenção da vida das empresas”.

O também coordenador da Comissão de Estratégia Nacional de Luta contra a Pobreza revelou que houve um aumento dos pedidos de apoio, situação que “não vem só dos últimos meses”. Edmundo Martinho frisou que a procura está associada a “situações de precariedade laboral e social”.

Num momento em que foi anunciado o apoio financeiro, proveniente da União Europeia, para colmatar as dificuldades económicas impostas pela pandemia de Covid-19, Edmundo Martinho afirmou que o apoio às famílias com crianças constitui “uma prioridade absoluta” e que esta deve estar no centro das medidas públicas.

Já a propósito da problemática das pessoas em situação de sem-abrigo, o responsável máximo pela instituição assinalou que a Santa Casa tem sido “ativa e contribuinte naquilo que são as respostas na cidade de Lisboa”, reiterando que esta questão “não deve resumir-se” apenas à habitação e que, em muitas destas situações”, estas pessoas têm problemas sérios de saúde mental” associados a “consumos excessivos”.

Ainda neste contexto, recorde-se que, esta segunda-feira, 21 de junho, é lançada, em Lisboa, a “Plataforma Europeia de Combate à Situação de Sem-Abrigo”, pela Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia. Uma ferramenta que pretende fazer um retrato da população sem-abrigo, até ao momento inexistente, nos 27 Estados-membros da União Europeia.

Já em matéria de jogos sociais do Estado, nomeadamente sobre as questões que têm vindo a ser levantadas em torno da “Raspadinha”, o provedor reforçou que não existe “nenhum indicador” que aponte para uma dependência deste tipo de jogo. Realçou ainda desconhecer a existência de estudos sobre a dependência do jogo, além do divulgado em maio pelo Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD).

EDMUNDO MARTINHO: “NÃO HÁ NENHUM INDICADOR QUE APONTE PARA DEPENDÊNCIA PATOLÓGICA DA RASPADINHA” [ENTREVISTA À TSF/JN, 20 JUNHO 2021]

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