O empenho da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa na recuperação e preservação do seu património foi, uma vez mais, alvo de reconhecimento. A recuperação do Palácio de São Roque, que alberga a Casa Ásia – Coleção Francisco Capelo, ganhou o diploma de Menção Honrosa do Prémio Gulbenkian Património Maria Tereza e Vasco Vilalva, que distingue intervenções em bens móveis e imóveis de valor cultural que estimulem a preservação e a recuperação do património.
Sobre esta Menção, foi assinalado que o Palácio se encontrava em “avançado estado de degradação”, tendo sido distinguido pelo restauro, reabilitação e reutilização, que passou pela recuperação da integridade palaciana deste edifício da Santa Casa e pela adaptação às necessidades de um novo museu aberto à cidade: a Casa Ásia – Coleção Francisco Capelo.
O Palácio de São Roque, cuja data de construção remonta a meados do século XVII, resulta de várias alterações, evoluções e melhoramentos levados a cabo ao longo de três séculos e meio de história. Com o mote “trazer a cidade para dentro do edifício”, o projeto de reabilitação procurou tornar o palácio mais permeável à cidade, abrindo as suas portas, sempre com o cuidado de preservar a sua história e os aspetos originais.
A atribuição da menção honrosa foi conhecida esta segunda-feira, dia 10 de setembro, sendo que a cerimónia vai decorrer no dia 12, na Brotéria, cujo restauro da biblioteca venceu o Prémio Vilalva da Gulbenkian.
A edição deste ano recebeu 20 candidaturas, tendo o júri sido composto por António Lamas, Gonçalo Byrne, Raquel Henriques da Silva, Rui Vieira Nery e Santiago Macias.