Terminou ontem, em Gondomar, a 3.ª Volta a Portugal Feminina, com a atleta russa Valeria Valgonen a sagrar-se vencedora da prova e também da quarta e última etapa, de 84,4 quilómetros, que ligaram Murtosa a Gondomar, com as pedaladas a serem feitas quase sempre debaixo de chuva ao longo da maior parte do percurso.
Já entre as equipas portuguesas, a sorte não esteve com a campeã nacional de fundo, Cristiana Valente, forçada a abandonar a prova depois de sofrer uma queda. Ana Caramelo destacou-se pela positiva, acabando por ser a melhor nacional, no sexto posto, a 1,12 minutos da vencedora.
A camisola branca foi a única que não mudou ao longo de toda a competição. Logo no início da Volta, a ribatejana Marta Carvalho assumiu o primeiro lugar entre as juniores e não o largou até Gondomar, última etapa, terminando no 14.º lugar. “Esta camisola é muito importante para mim, porque mostra que estou no bom caminho e o trabalho está a dar resultados”, a atleta, de apenas 17 anos.
O pelotão da 3.ª Volta a Portugal Feminina Cofidis contou com cerca de 100 ciclistas e 15 equipas, dez portuguesas e cinco espanholas. Foi a maior edição já realizada, com cinco dias, numa aposta da Federação Portuguesa de Ciclismo em aumentar a dimensão territorial da prova, com passagem por municípios ligados à história da competição e da modalidade, que começou em Lisboa, no dia 13, e terminou no domingo (17), em Gondomar.
Pelo terceiro ano consecutivo, a prova contou novamente com o apoio dos Jogos Santa Casa, que voltaram a dar nome à camisola mais importante deste desporto – a amarela.
Para Maria João Matos, diretora de Comunicação e Marcas da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, este é um apoio que “enaltece o grande trabalho realizado pela Federação Portuguesa de Ciclismo, pela aposta que deve ser o caminho de todos os desportos e modalidades na igualdade de género no desporto e, neste caso, na aposta na vertente feminina do ciclismo. À semelhança do que os Jogos Santa Casa fazem neste apoio ao desporto, e aqui a vestirem a camisola amarela desta Volta a Portugal Feminina, seria importante haver mais patrocinadores que ajudem a elevar para patamares superiores este desporto e esta Volta, porque merecem. E estas atletas merecem”.
Fotografia: Federação Portuguesa de Ciclismo.