Dia: 27 de Janeiro, 2023
Destinado a toda a comunidade escolar da rede pública do concelho de Lisboa, o concurso escolar “Todos Somos Diferentes” pretende distinguir trabalhos escolares que venham sensibilizar e mobilizar para a importância de uma escola integradora e inclusiva das pessoas com deficiência, baseada nos princípios da solidariedade e da diversidade com vista à construção de uma sociedade futura mais coesa e mais justa.
Além de formar os mais novos sobre a importância do tema, este concurso terá também o objetivo de fazer uma diferença efetiva nas escolas vencedoras. É que os vários prémios pecuniários a ele associados, que vão desde 1.000 a 4.000 euros, serão aplicados nas necessidades das escolas, de acordo com os regulamentos.
Podem ser apresentados um Relatório de Projeto por turma e mais do que um Relatório de Projeto por ciclo de ensino e por escola. Todos os trabalhos devem respeitar os princípios consagrados na Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. Os trabalhos deverão ter a participação, em todas as fases de desenvolvimento, de alunos com deficiência.
O concurso destina-se a crianças e jovens do Jardim de Infância, 1º, 2º e 3º ciclo do ensino básico e ensino secundário (ou equivalente) distribuídos por cinco escalões, de acordo com os níveis de desenvolvimento escolar: a) 1º Escalão – Jardim de Infância; b) 2º Escalão – 1º ciclo do ensino básico; c) 3º Escalão – 2º ciclo do ensino básico; d) 4º Escalão – 3º ciclo do ensino básico; e) 5º Escalão – ensino secundário (ou equivalente).
Pode ser apresentado um trabalho por turma e mais do que um trabalho por ciclo de ensino e por escola. Até final de fevereiro, deverá ser enviado pelos Agrupamentos Escolares (ou pela Escola) um e-mail para o endereço eletrónico todos.somos.diferentes@scml.pt a expressar vontade em participar, com os dados referentes à escola e turma. Até ao dia 13 de maio, terão de ser enviados os Relatórios dos Projetos de boas práticas a replicar, elaborado pelos alunos e professores. Em junho, será a divulgação dos vencedores e dia 29 do mesmo mês, a entrega dos prémios.
Na última edição do programa, oito estabelecimentos de ensino da rede pública do concelho de Lisboa foram distinguidos. Ao todo, participaram na segunda edição 264 alunos, 29 professores de nove escolas básicas de oito agrupamentos escolares diferentes da cidade.
Consulte o Regulamento para ficar a par de todas as necessidades e regras a que estão sujeitos todos os participantes.
Casa para antigos reclusos é a “escola” da vida normal
Nelson Ferreira, de 42 anos, já entrou e saiu do sistema prisional por três vezes, com penas dos quatro aos oito anos por crimes como furtos e agressões. Pela primeira vez na vida, está a tentar ter uma vida fora dos muros, na única casa de transição para reclusos que existe no país, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
A sociedade, de um modo geral, tende a rejeitar e a excluir as pessoas que cometeram atos punidos por lei, mesmo que já tenham cumprido a pena. Este é um preconceito que muitas das vezes inviabiliza a reconstrução de uma vida fora da prisão.
Foi com isto em mente que a Santa Casa, em 2018, decidiu abrir portas a um novo equipamento de emergência, para acolher e de uma maneira integrada e com respeito pelo próximo, reintegrar pessoas que por diversas razões, nalgum ponto da sua vida, enveredaram pelos caminhos sinuosos do crime.
Nelson Ferreira, de 42 anos, é uma dessas pessoas. Depois de várias entradas e saídas do sistema prisional português, encontrou neste apartamento, situado na freguesia do Lumiar, a peça do puzzle que faltava para reconstruir a sua vida.
Leia a peça na integra, aqui.