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Obra “Fundo Rainha D. Leonor – obras nas Misericórdias” apresentada na Festa do Livro em Belém

A segunda edição do livro “Fundo Rainha D. Leonor – obras nas Misericórdias” foi apresentada ontem, dia 5 de setembro, na Festa do Livro que decorre até domingo no Palácio de Belém. A obra reúne as mais de 140 intervenções levadas a cabo pelo Fundo Rainha D. Leonor (FRDL) criado em 2015 pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, num acordo de parceria com a União das Misericórdias Portuguesas e que conta já com um investimento superior a 23 milhões de euros.

Na apresentação estiveram presentes o anfitrião Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, Paulo Sousa, Provedor da Santa Casa, Manuel de Lemos, presidente da União das Misericórdias Portuguesas, e Inez Dentinho, do Conselho de Gestão do Fundo Rainha D. Leonor.

O Presidente da República deu os parabéns pela obra, falando do trabalho e dedicação despendidos e abordando o papel das Misericórdias espalhadas por todo o país.

“Este livro é, a vários títulos, muito importante”, referiu Marcelo Rebelo de Sousa, acrescentando que foi “concebido para retratar uma forma muito feliz de dar sentido nacional a uma rede de apoio, a partir da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa”.

Por seu lado, o Provedor da Misericórdia de Lisboa explicou que o FRDL “é um verdadeiro testemunho da missão que a Santa Casa tem abraçado ao longo dos seus 526 anos, de servir as boas causas, apoiar os necessitados e a preservar, também, o património histórico que carrega a identidade de muitas gerações”.

Especificamente sobre o livro, Paulo Sousa comentou que “a sua publicação é um meio de partilhar com todos os portugueses o resultado de uma missão e de um Fundo que se dirige, de facto, a todos”.

Também Manuel de Lemos, presidente da União das Misericórdias Portuguesas, recordou a história do FRDL, criado em 2015, assegurando que “este livro representa sempre um grande suplemento de alma e os portugueses movem-se sempre muito por estas questões”.

Por fim, e após ouvir muitos elogios pela publicação desta obra, Inez Dentinho, do Conselho de Gestão do FRDL, citou alguns dos números atingidos desde que o Fundo nasceu, em 2015.

“Chamamos a isto uma utopia com resultados, porque, de facto, há muitos resultados. São 142 projetos, 114 na área social e, a partir de 2017, apareceram os projetos na área de recuperação de património. Foram 26 igrejas dos séculos XVI, XVII e XVIII que foram reabilitadas”, lembrou.

Inez Dentinho destacou depois alguns dos exemplos de intervenção do Fundo, como o caso dos relicários encontrados em Celorico da Beira, do século XVII, ou as 27 pinturas a óleo protegidas entre as paredes da Igreja da Misericórdia de Salvaterra de Magos aquando de uma cheia no século passado, entretanto recuperadas e novamente expostas ao público.

Cadernos técnicos do SOL presentes

Além desta obra, a Misericórdia de Lisboa, que está representada na Festa do Livro pelo seu Centro Editorial, expõe igualmente no evento outras obras que refletem as boas causas da instituição nas diferentes áreas em que intervém na sociedade, como são exemplo os livros “Revolução, Pá! O 25 de Abril na Misericórdia de Lisboa – vol. I”, que retrata a Revolução dos Cravos através dos olhos daqueles que a viveram na Santa Casa, e o volume 6 do Projeto Reliquiarum, “Relíquias: teólogos, teologias e hagiografia”.

Entre as edições presentes estão também cadernos técnicos, nomeadamente os do SOL – Serviço Odontopediátrico de Lisboa, cujo mais recente volume inclui seis novos artigos que exploram as seguintes problemáticas: oligodontia: a propósito de um caso clínico; impacto do piercing na cavidade oral; fatores que contribuem para o consumo de açúcares em idade escolar; considerações sobre a mordida aberta anterior com etiologia no uso prolongado da chupeta; prevalência de cárie no primeiro molar permanente numa população portuguesa com idade entre os 6 e 9 anos; e estudo da perceção do cuidador sobre o estado de saúde num grupo de crianças e jovens.

A exposição destes cadernos contou, no primeiro dia da Festa do Livro, com a presença de André Brandão de Almeida, administrador da Santa Casa com o pelouro da Direção de Saúde, e um dos autores dos cadernos técnicos.

Misericórdia de Fafe inaugura creche e jardim de infância reabilitados com apoio do FRDL

Foi inaugurada, nesta quarta-feira, a reabilitação do edifício da creche e jardim de infância da Santa Casa da Misericórdia de Fafe, uma obra que contou com o apoio do FRDL, naquela que é a sua missão de contribuir para a inovação em projetos sociais e para a recuperação do património histórico das Misericórdias do país.

A remodelação integral e adaptação do equipamento social permitirá um aumento da capacidade da creche, que passará das atuais 57 para 90 vagas para bebés, e também da valência do pré-escolar, que proporcionará um aumento de 67 para 75 vagas para crianças.

A presidir a ocasião esteve a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho, onde afirmou que as boas causas não têm fronteiras, destacando o contributo do FRDL. Por sua vez, David Lopes, administrador da SCML, sublinhou o orgulho do Fundo em associar-se a esta obra, pela sua importância e dimensão.

Estiveram presentes ainda a secretária de Estado da Ação Social e da Inclusão, Clara Marques Mendes, o provedor da SCM de Fafe, António Peixoto, o presidente da Câmara de Fafe, Antero Barbosa, o bispo auxiliar de Braga, Delfim Gomes, o vogal da União das Misericórdia, Nuno Reis, e Inez Dentinho, membro do Conselho de Gestão do FRDL,  entre outros convidados institucionais.

A intervenção no edifício centrou-se, pela sua urgência, nas questões de eficiência energética e modernização dos espaços. Para o efeito, foi instalado um novo sistema contra incêndios e efetuadas alterações fundamentais num edifício que terá capacidade para vir a acolher, na sua capacidade máxima, 165 bebés e crianças. Foram também intervencionadas todas as benfeitorias associadas à reabilitação do edifício e reformulada a platibanda da fachada do edifício, que assim retoma a traça original.

Criado em 2014, o Fundo Rainha D. Leonor já apoiou 142 misericórdias, incluindo o financiamento de obras em 114 equipamentos sociais, como lares, centros de dia ou creches, e em 28 projetos de recuperação de património histórico e cultural, como igrejas ou museus, num valor que ascende a 23 milhões de euros.

Obras de ampliação da UCC da SCM de Aguiar da Beira foram inauguradas

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa doou, através do Fundo Rainha Dona Leonor, mais de 105 mil euros para aumentar em 12 camas a Unidade de Cuidados Continuados da Misericórdia de Aguiar da Beira.

As obras de ampliação foram inauguradas por Ângela Guerra, administradora da SCML com o pelouro do Fundo Rainha Dona Leonor, e António Gandra D´Almeida, Diretor Executivo do SNS. Na cerimónia participaram também Virgílio da Cunha, presidente da Câmara Municipal de Aguiar da Beira e Augusto Fernando Andrade, Provedor da Santa Casa da Misericórdia local.

Esta unidade recebe utentes em longa duração: seis meses. No entanto, há casos de pessoas que precisam de mais tempo de reabilitação.

As Unidades de Cuidados Continuados da Rede Nacional prestam cuidados a utentes referenciados pelo SNS em curta duração, (um mês), média duração, (três meses) e longa duração (mais de seis meses).

A obra agora inaugurada foi realizada no antigo hospital da Misericórdia, um edifício de meados do século XX, simbólico para a comunidade de Aguiar da Beira. Esta intervenção teve um especial cuidado de não afetar a traça original do edifício, tendo sido escolhidos materiais da região, nomeadamente granito amarelo, para a construção.

Antigo Hospital da Misericórdia de Montemor-o-Velho reabilitado com o apoio do Fundo Rainha D. Leonor

A fachada do antigo Hospital da Misericórdia de Montemor-o-Velho, um dos edifícios mais simbólicos do concelho, cuja construção remonta ao século XVI, foi reabilitada com o apoio do Fundo Rainha D. Leonor (FRDL).

Atualmente funciona no local um Lar de idosos e um Centro de Dia com mais de uma centena de utentes. O edifício que foi construído, em 1504, pela Confraria de Nossa Senhora de Campos foi, desde a sua fundação, um símbolo de primeiros socorros da comunidade.

Apesar de já ter passado por profundas remodelações ao longo dos séculos, o imóvel apresentava vários problemas, que foram agora recuperadas e que permitiram transformar o antigo hospital num edifício digno, que reforça a imagem da Misericórdia de Montemor-o-Velho na sua praça central.

Na cerimónia oficial de apresentação da requalificação do hospital foi descerrada uma placa alusiva à ocasião pela administradora da Misericórdia de Lisboa com o pelouro do FRDL. 

Ainda no evento estiveram presentes representantes da União das Misericórdias Portuguesas, da Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Velho, do Bispo Auxiliar de Coimbra e de diversas entidades locais. Já o FRDL fez-se representar por Inez Dentinho, membro do Conselho de Gestão do Fundo.

Fundo Rainha D. Leonor Apoia Restauro da Igreja da Misericórdia em Constância

A recém-requalificada Igreja da Misericórdia de Constância foi inaugurada esta segunda-feira (17), na sequência de um projeto de restauro e conservação apoiado pelo Fundo Rainha D. Leonor com o valor de 154.418,63 euros. A cerimónia contou com a presença de Ângela Guerra, vogal da Misericórdia de Lisboa responsável pelo FRDL, do provedor da SCM de Constância, António Paulo Teixeira, de Inez Dentinho, membro do Conselho de Gestão do Fundo, do presidente da Câmara de Constância, Sérgio Oliveira, do bispo de Portalegre/Castelo Branco, Antonino Dias, e de representantes da União das Misericórdias Portuguesas.

Na ocasião foi enaltecida pelos presentes aquela que é a missão do FRDL de apoiar as Misericórdias portuguesas em causas sociais prioritárias e inovadoras, contribuindo para a coesão social e territorial do país, louvando-se ainda a contribuição feita em concreto para a recuperação deste imóvel, classificado de Interesse Público e construído entre 1640 e 1650.

FRDL Constância

A degradação do edifício deveu-se sobretudo às consequências das cheias do rio Tejo ao longo dos séculos, tendo necessitado, por isso, de uma intervenção urgente, especialmente na cobertura e nas talhas dos retábulos.

No livro publicado pelo FRDL sobre a obra, destaca-se a singularidade do retábulo do altar-mor. “Pode ser desconcertante entrar na Igreja da Misericórdia de Constância e esbarrar com o riquíssimo retábulo do altar-mor em talha por dourar”, lê-se no texto. Este retábulo, que apresenta uma enorme ambição arquitetónica e artística nunca completamente realizada, mantém-se fiel à sua história, sem vestígios de ouro, exceto nas torres do brasão real e na coroa”.

Bruno Assis, responsável pela obra de recuperação, explica que o restauro do retábulo foi um trabalho de descoberta contínua, exigindo muita medição e transposição. “Creio tratar-se de um trabalho indo-português porque tem muita informação, anjos com tranças, macacos com corpo de pássaros, muitos elementos que escapavam ao Reino”, detalha. A madeira de cânfora utilizada sugere que os materiais foram trazidos da Índia, refletindo a importância comercial de Constância e Abrantes nos séculos passados.

As cheias frequentes do Tejo danificaram repetidamente a Igreja da Misericórdia, o que exigiu um trabalho minucioso de reorganização e limpeza das peças do retábulo, descrito como um “puzzle”. Segundo Assis, o objetivo foi manter o aspeto primitivo e inacabado da talha, sem tentar concluir o que nunca foi terminado. “Não somos artistas. Não podemos concluir o que nunca foi acabado. Não seria correto”, afirma.

O projeto de restauro incluiu a recuperação das seis pinturas alusivas aos Passos e a consolidação e tratamento da talha do altar-mor, feita de madeiras exóticas. O retábulo – que nunca chegou a ser dourado, possivelmente devido à falta de verba na época – assim permanecerá, em respeito pelo seu percurso histórico.

Embora a Santa Casa da Misericórdia de Constância tivesse planos para substituir o pavimento da Sacristia, o FRDL sugeriu a manutenção do mesmo com reparos pontuais, preservando assim a autenticidade do imóvel.

Este restauro não apenas preserva a integridade histórica da Igreja da Misericórdia, mas também realça a sua beleza única e a resiliência através dos tempos. Como disse a paisagista Brenda Colvin: “é bela a paisagem que está certa”.

A Igreja da Misericórdia, com a sua história rica e inacabada, é um testemunho duradouro da herança cultural de Constância.

A terapia do tricot

Maria Adelina Bibe é o nome da pessoa que se senta atrás do balcão de madeira escura, entre estantes quadriculares cheias de novelos de todo o tipo de lãs e derivados, e que carrega em si toda a história do estabelecimento que tem sobrevivido a várias gerações, a retrosaria Auri. Quis o destino que até o apelido de Maria Adelina estivesse relacionado com o ofício que escolheu para a sua vida profissional.

Quem passa pelo Nº. 10 da rua Oliveira Martins, paralela à icónica Avenida de Roma, não imagina todo o trabalho que se desenvolve dentro do estabelecimento com mais de 70 anos de existência e que faz parte dos radares comunitários do projeto RADAR da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (que visa identificar a população com 65 ou mais anos residente na cidade de Lisboa e construir sistemas de base comunitária de coesão social). Mais do que um local onde se estabelece um preço aos novelos de fios armazenados cuidadosamente nas estantes, este é também um sítio de amizade, partilha e, acima de tudo, de comunidade.

Foi em 2021 que, numa visita de rotina à freguesia, a equipa do RADAR reparou na Retrosaria Auri e a desafiou a ser radar comunitário. Desde então, este é um farol essencial para a equipa saber o que se passa no bairro e como estão as pessoas mais velhas. Atuando como uma autêntica confidente da vizinhança e agora, também, como ponto de ajuda através da plataforma RADAR, a proprietária considera ser “importante existirem projetos como este para apoiar os mais velhos, ainda mais numa freguesia tão envelhecida como é o Areeiro”.

Maria Adelina esclarece que “esta é uma casa muito conceituada aqui nesta zona da Avenida de Roma. As pessoas mais velhas conhecem este espaço desde sempre e é importante para nós que se mantenha esta relação de amizade. Só assim faz sentido continuarmos o trabalho de comunidade que fazemos. Nesta mesa já curámos muitas depressões e problemas de ansiedade”.

Margarida Cardoso é uma das participantes do grupo de tricot e, no alto dos seus 80 anos, não tem dúvidas de que “este convívio é essencial”.

“Eu estou muito tempo sozinha em casa e, parecendo que não, estou sempre desejosa que chegue quinta-feira para vir para o tricot”, diz Margarida enquanto tricota uma pequena camisola branca e verde para oferecer ao neto, adepto fervoroso do Sporting Clube de Portugal.

Com o passar do tempo, a loja, tal como as pessoas que fazem deste espaço uma “segunda casa”, foi-se alterando. Por aqui gerações foram passando. Quem antigamente era cliente, hoje é amigo, quem comprava, hoje ensina e é ensinado.

“Temos muitas avós, filhos e muitos netos que nos visitam. Esta é uma casa intergeracional. É engraçado que temos clientes que, ao longo do tempo, foram-se se tornando amigos, que vieram aqui comprar o enxoval de casamento e os atoalhados e agora temos aqui os netos de algumas dessas pessoas a quererem aprender esta arte e a falarem sobre algumas das peças que os avós compraram aqui há muitos anos atrás”, conta Maria Adelina durante uma breve conversa com outra “Tricota” (nome que dão aos integrantes do grupo de tricot), sobre o próximo passeio do “clube”.

Mas não se engane. Nesta loja existe mais do que um conjunto de senhoras a tricotar. Estas avós dos tempos modernos são mais do que isso. São pessoas ativas e inseridas numa comunidade que tem cada vez mais adeptos entre os mais novos.

Fruto desta procura dos mais jovens, Maria Adelaide partilha connosco os passeios que já fizeram com várias gerações e de como cada vez mais pessoas novas a procuram para perceber melhor esta arte.

“Nós temos aqui de tudo. Temos aqui médicas, cientistas, professoras, jovens e mais velhos que encontram no tricot um escape manual para os problemas do dia-a-dia. Temos muitos encontros e passeios, vamos a museus, participamos em worshops e até encontros regulares através do zoom fazemos com membros da comunidade de tricot do Brasil”, diz orgulhosa.

O motor para estes encontros e passeios é sempre o mesmo: a amizade e o combate ao isolamento social. Para Maria Adelina, “o tricot está na moda e a pandemia, para além das coisas más que trouxe e com o isolamento forçado em que tivemos de estar, trouxe também tempo para as pessoas se dedicarem a outras artes.”

Por tudo isto, ser radar comunitário foi, para Maria Adelina Bile, um processo natural e é com satisfação que nos explica que a equipa do RADAR “está sempre disponível e sabemos que podemos contar com ela para ser um apoio da população mais velha da vizinhança”.

Fundo Rainha D. Leonor apoiou novos equipamentos em Lamego e Murtosa

O Fundo Rainha D. Leonor (FRDL), criado pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e pela União das Misericórdias Portuguesas, apoiou a edificação/requalificação de dois equipamentos pertencentes às Misericórdias de Lamego e da Murtosa.

O Lar Arneirós, da Santa Casa da Misericórdia de Lamego, candidatou-se ao apoio do FRDL para a requalificação, aproveitamento e ampliação da zona velha do lar, de modo a cumprir com as normas regulamentares exigidas.

O projeto teve como objetivo reabilitar a ala antiga do Lar de Idosos, que conta com 58 utentes em quartos individuais, duplos e camaratas de três, quatro e cinco camas. Além da reestruturação e compartimentação dos quartos e dos serviços complementares de apoio, foi também necessário restabelecer as condições de mobilidades dos residentes, com o nivelamento dos pavimentos e o acesso à ala nova, através de uma rampa de acesso. Como complemento da obra, foi também requalificado o espaço exterior para usufruto dos utentes do lar.

O que veio marcar a diferença nesta obra foi a criação de um novo setor, no piso térreo, destinado exclusivamente a pessoas com doenças do foro neurodegenerativo, tornando o lar mais inclusivo no que toca aos serviços que oferece. A abertura do parque exterior foi também incluída no projeto, proporcionando aos utentes uma área ajardinada de lazer, com direito a um circuito de manutenção e uma horta.

Novo jardim terapêutico

Por seu lado, a Misericórdia da Murtosa dispunha de um terreno com 2.185m2 e de uma área verde de 1.390m2 abandonados diante do lar e quis aproveitá-los. Para tal, recorreu ao apoio do FRDL.

O projeto consistiu na construção de um jardim terapêutico, que conta com infraestruturas como uma rede de abastecimento de águas, drenagem de esgotos, rede de pluviais, rede elétrica e iluminação, rede de som, rega automática e ainda uma central de comando de automatismos. Este jardim conta ainda com um deck de madeira, instalações sanitárias, um quiosque interativo, aparelhos de exercício físico, jogos lúdicos entre outros elementos fundamentais num comum jardim.

Foi ainda possível recuperar a capela e outro jardim terapêutico no terreno em frente ao lar. O equipamento dispõe agora de um espaço de fisioterapia, oração e de circulação de ar livre, o que promove a qualidade de vida e o envelhecimento ativo dos utentes. Neste mesmo terreno foi também instalado um ATL, o que fará com que o jardim seja usado por crianças e adolescentes, promovendo, assim, o conceito de intergeracionalidade.

Santa Casa volta a marcar presença na Semana da Reabilitação Urbana de Lisboa

A Semana da Reabilitação Urbana de Lisboa arrancou na passada terça-feira, dia 9 de abril, e terminou ontem. O palco escolhido foi um dos pavilhões do Lx Factory onde, durante todo o evento, estiveram reunidos vários profissionais do imobiliário para debater diversos temas, desde o simplex dos licenciamentos urbanísticos, até ao papel das instituições na reabilitação e renovação do património imobiliário da cidade, nomeadamente na habitação acessível.

A Misericórdia de Lisboa voltou a marcar presença no evento e, no segundo dia do certame, participou numa mesa redonda dedicada ao tema “Novas formas de viver – Coliving, as residências de estudantes e o senior living”, moderada por Paula Sequeira, da Savills Portugal. No debate participaram Helena Lucas, diretora do Departamento de Gestão Imobiliária e Património da instituição, João Seixas, pró-reitor da Universidade NOVA de Lisboa, Rui d’Ávila, administrador da GFH, Hugo Gonçalves, CEO da ReVentures, e Ricardo Kendall, CEO da KKR Investimentos.

De referir que a Santa Casa tem atualmente um plano de investimento de 18 milhões de euros para recuperação do seu património edificado, recorrendo a fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) ou do Instrumento Financeiro para a Reabilitação e Revitalização Urbanas (IFRRU. O objetivo, com a reabilitação do património, é também devolvê-lo à cidade, contribuindo para mitigar os problemas relacionados com a habitação. Este desígnio constitui, de resto, um reforço da própria missão da Santa Casa junto da comunidade.

Este ano, a Misericórdia de Lisboa também destacou neste evento o Fundo Rainha Dona Leonor (FRDL). Criado em 2015 pela SCML num Acordo de parceria com a União das Misericórdias Portuguesas, o FRDL nasceu da convicção de que as Boas Causas devem sair das fronteiras de Lisboa e chegar a todas as Misericórdias do país. Desde essa data, já apoiou 143 projetos – 115 na área social e 28 na área da recuperação do património histórico – num investimento superior a 23 milhões de euros.

A XI edição, organizada pela Vida Imobiliária, com a colaboração da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, reuniu mais de 100 oradores, várias entidades e parceiros, num ciclo de 28 conferências, debates, workshops e seminários jurídicos.

Fundo Rainha D. Leonor: “Uma utopia com resultados”

Livro do Fundo Rainha D. Leonor mostra as 143 obras que já apoiou

Criado, em 2015, pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, num Acordo de parceria com a União das Misericórdias Portuguesas,  o FRDL nasce da convicção de que as Boas Causas devem sair das fonteiras da capital, contribuindo para a coesão social e territorial do país.

De lá para cá, e com o apoio também a estender-se, em 2017, ao património histórico das Misericórdias, foram já aprovados 143 projetos: 115 na área social e 28 na do património, num investimento superior a 23 milhões de euros.

Este trabalho foi dado a conhecer durante a tarde desta sexta-feira, na Igreja de São Roque, na presença de mais de 200 convidados, entre os quais a provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Ana Jorge, o presidente da União das Misericórdias Portuguesas, Manuel de Lemos, mais de 140 provedores de Misericórdias do país e Inez Dentinho, do Conselho de Gestão do Fundo Rainha D. Leonor.

Lançamento livro FDRL

Na sua intervenção, Ana Jorge destacou o trabalho desenvolvido pelo Fundo há quase dez anos e revelou a intenção de dar continuidade ao projeto: “A sua existência [do FRDL], tanto na vertente patrimonial como na social, é muito importante e, portanto, vamos mantê-lo.”

Lançamento livro FRDL

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde e cuidados de saúde ao domicílio

Unidades da rede nacional

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Polo de inovação social na área da economia social

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas