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SOL – Saúde Oral em Lisboa. Há três anos a criar sorrisos

Acesso universal, prevenção e atendimento precoce. Estes são os três pilares que fazem do SOL – Saúde Oral em Lisboa uma resposta inovadora. Desde agosto de 2019 que o serviço odontopediátrico da Misericórdia de Lisboa tem vindo a dar às crianças e jovens da cidade mais motivos para sorrir, assumindo-se, cada vez mais, como um complemento ao Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Para o diretor clínico e coordenador do SOL, André Brandão de Almeida, a escassez de respostas públicas deixa demasiadas pessoas sem acesso a cuidados de saúde oral, afetando, sobretudo, “os grupos mais pobres e marginalizados da sociedade”. O objetivo do SOL passa por disseminar o conceito de saúde oral como um direito, através de uma abordagem com ênfase na atenção precoce, na prevenção da doença e na criação de hábitos saudáveis.

“O SOL constitui essa abordagem inovadora que se traduzirá na obtenção de ganhos em saúde e na mudança efetiva de comportamentos, contribuindo decisivamente para a melhoria dos índices das doenças orais na nossa população e para a consciencialização dos pais/cuidadores sobre a importância do trabalho preventivo e precoce, por forma a melhorar a saúde oral e a qualidade de vida das crianças”, explica André Brandão de Almeida.

“Análises ao sangue podem salvar vidas”

“Análises ao sangue podem salvar vidas”

Análises podem determinar risco de vir a sofrer ataque cardíaco. Identificação de alterações genéticas possibilitam ao doente um seguimento.

Como o SOL alterou o paradigma da saúde oral em Lisboa

A disponibilização de cuidados de saúde oral de forma comparticipada a crianças e jovens até aos 18 anos já era uma resposta que a instituição assegurava em alguns equipamentos de saúde. Em 2019, a instituição decidiu inovar e criar um espaço único dedicado e especializado em cuidados de saúde oral infantil, tendo então inaugurado o SOL – Saúde Oral em Lisboa.

Desde cedo que o trabalho do serviço odontopediátrico da Santa Casa tem sido alvo de rasgados elogios, não só pelos utilizadores da mesma, como também pela comunidade académica, sendo por várias vezes também destacado em vários artigos científicos publicados em revistas da especialidade.

“O SOL utiliza uma abordagem que reconhece a importância de combater os determinantes sociais, políticos e culturais subjacentes à saúde oral, e que afirma o conceito de saúde oral como um direito, com ênfase na atenção precoce, na prevenção da doença e na criação de hábitos saudáveis”, reconhece André Brandão de Almeida, coordenador e diretor clínico do equipamento. Os problemas de saúde oral “afetam desproporcionalmente os grupos mais pobres e marginalizados da sociedade, estando intimamente ligadas ao status socioeconómico e aos determinantes sociais mais amplos”, acrescenta ainda.

O responsável explica, ainda, que a dificuldade de acesso a cuidados de saúde oral no Serviço Nacional de Saúde foi um dos problemas que motivaram a criação deste serviço, considerando que o SOL “é inovador e único porque faz uma abordagem diferente ao desafio que é mudar o paradigma de acesso aos cuidados de saúde oral, complementando, em Lisboa, o Serviço Nacional de Saúde com uma resposta integral de cuidados de saúde oral para todas as crianças e jovens até aos 18 anos”.

André Brandão

Ao longo dos últimos três anos, contabilizam-se já alguns trabalhos de investigação publicados pela equipa multidisciplinar do SOL. Entre eles, destaque para o estudo, de 2021, sobre os hábitos alimentares das crianças, realizado durante o período de confinamento, que indicou que nos primeiros meses da pandemia, as crianças ingeriram mais produtos açucarados do que era habitual, mas que, em contrapartida, consumiram mais fruta fresca. Este trabalho, com base em respostas recolhidas junto de 1.566 crianças, entre os 0 e os 18 anos, foi posteriormente publicado, em formato digital e pode ser obtido na página da loja da Cultura Santa Casa.

Recentemente foi publicado um artigo no International Journal of Environmental Reserch and Public Health, da autoria da equipa do SOL, que retrata a prevalência de bruxismo do sono, nas crianças e jovens dos 0 aos 18 anos. “O artigo publicado no International Journal of Environmental Research and Public Health, Prevalence of Sleep Bruxism Reported by Parents/Caregivers in a Portuguese Pediatric Dentistry Service: A Retrospective Study, por se tratar da nossa primeira publicação numa revista Q1 (quartil 1), foi um fator de orgulho e de que conseguimos realmente fazer a diferença”, realça André Brandão de Almeida.

Para o diretor clínico, o futuro do SOL passa por continuar a apostar “em outras áreas importantes da saúde oral, como a nutrição ou a terapia da fala, e continuar a solidificar o nosso núcleo de investigação e pesquisa para podermos não só ter melhores práticas clínicas, mas também para podermos partilhar os nossos protocolos e resultados”.

A investigação científica “é um enorme desafio”, mas que requer “total disponibilidade”, “excelência clínica” e uma aposta “na investigação e na formação contínua, não deixando ninguém para trás”, concluiu ainda o responsável.

 

Campanha Mergulho Seguro 2022

Um “amor à camisola”. Dia Internacional do Enfermeiro

No dia em que se comemora o Dia Internacional do Enfermeiro, 12 de maio, celebramos não só estes profissionais de saúde, mas também o esforço, dedicação e abnegação que esta classe profissional teve e tem tido, sobretudo, nos últimos dois anos.

Os últimos tempos têm sido muito desafiantes para os enfermeiros, muitos dos quais se viram deslocados das suas famílias, levados ao limite e a uma exaustão física e psicológica sem precedentes. Numa altura de incerteza no universo desta profissão é necessário reconstruir alicerces e olhar para o que foi concretizado até agora, de forma a garantir a construção de um futuro melhor e mais sustentável para os que asseguram os melhores cuidados de saúde a quem mais precisa dos mesmos.

Um dos rostos mais conhecidos da enfermagem na instituição é Manuela Marques. Enfermeira diretora da Saúde Santa Casa, desde 2016, recorda os tempos complicados que estes profissionais viveram durante a pandemia de Covid-19, frisando que “é fundamental reconhecer o esforço e dedicação dos nossos enfermeiros”, considerando ainda que “foram uns verdadeiros heróis”.
Enfermeira há mais de 40 anos, Manuela Marques ingressou pela primeira vez na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, em 1981. Desses tempos relembra com saudade a relação de amizade e companheirismo que existia entre todos os profissionais.

Depois de uma carreira dedicada aos cuidados de saúde, onde teve oportunidade de passar por várias instituições públicas, chegando a integrar projetos inovadores, como foi o caso do Serviço de Planeamento Familiar no Complexo de São Roque, nos anos 80, Manuela Marques assume que nunca deixou de “pensar como uma enfermeira” e que os vários cargos que exerceu, ao longo da sua vida profissional, fizeram com que olhasse para a classe “com mais orgulho e respeito”.

“Este percurso bastante insólito e muito atípico numa enfermeira, resultou sempre de desafios que se interligavam e que me faziam todo o sentido. Arrisco até dizer, que nunca esquecendo que era enfermeira, muito aprendi e capitalizei para o meu crescimento pessoal e profissional, sem nunca esquecer o início de tudo, a enfermagem”, recorda com emoção, a antiga diretora executiva do Agrupamento de Centros de Saúde do Arco Ribeirinho.

Como um marco importante da sua carreira, Manuela Marques não tem dúvidas em apontar a crise pandémica como um dos maiores desafios da sua vida profissional. Foi logo no início de 2020, sem qualquer aviso prévio, que a área da saúde enfrentou uma das suas maiores crises das últimas décadas. Ninguém se encontrava preparado para o maior e mais desafiante acontecimento que marcaria o Ano Internacional do Enfermeiro.

Enfermeira

Enquanto o mundo parava, os enfermeiros, “heróis sem capa”, iam ao encontro do desconhecido, pondo em risco, na maioria das vezes, a sua própria saúde.

“Ninguém estava preparado para o que aí vinha, com o Covid-19. Olhando para trás, só posso mostrar gratidão e um reconhecimento especial pelo valente trabalho que todos os colegas enfermeiros tiveram, durante estes dois últimos anos. Foram de uma solidariedade extrema, conseguiram ultrapassar medos e receios e foram para esta batalha com um espírito de missão que é de louvar”, conta a enfermeira.

Visivelmente emocionada, Manuela Marques, recorda com carinho algumas das histórias que os enfermeiros da Santa Casa experienciaram durante a pandemia, realçando que “os enfermeiros e muitos profissionais de saúde têm amor à camisola”.

 

A casa que o Totobola construiu há mais de meio século

Inaugurada em 1966, a primeira unidade de resposta inovadora no país para situações de lesões medulares foi construída graças ao contributo dos apostadores do primeiro jogo de apostas desportivas (lançado em 1961). 56 anos depois, o Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão (CMRA) continua a reinventar-se.

Apesar da sua construção ter iniciado em 1956, por iniciativa do então provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, José Guilherme de Mello e Castro, só dez anos depois, este equipamento abriu as portas ao primeiro doente, começando então a funcionar em pleno.

O CMRA foi pensado por Mello e Castro e criado por decreto em 1961, construído com as receitas do Totobola, jogo explorado e administrado pela Santa Casa, através do seu Departamento de Jogos, e cujas receitas eram então repartidas a meio: 50 por cento para construção, manutenção e organização do centro e 50 por cento distribuído por entidades incentivadoras do desporto e da educação física. Ao longo dos anos, essa repartição sofreu alterações.

Além de tratamentos de reabilitação com recurso a ferramentas tecnológicas, como um exoesqueleto que ajuda os doentes a recuperar força muscular e postura, o CMRA disponibiliza treinos dentro de água e é local de realização de vários estudos de investigação.

Em pouco mais de meio século, assistiram-se a avanços na medicina, mas também ao surgimento de novas enfermidades. A maioria dos internamentos nesta unidade continua a dever-se a doenças neurológicas (onde se incluem os AVC), seguindo-se lesões vertebro-medulares.

Atualidade e desafios

Hoje, como há pouco mais de meio século, o CMRA prossegue o seu trabalho de excelência, reconhecido internacionalmente, na reabilitação de lesões vertebro-medulares e de sequelas das doenças neurológicas, estendendo a sua atuação também à área pediátrica. O centro quer continuar a crescer em diferenciação e qualidade.

A celebração em 2022

O aniversário do Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão é celebrado a 20 de abril – data em que deu entrada o primeiro utente do centro – embora, a inauguração tenha acontecido a 2 de julho.

CMRA - 56º Aniversário

No âmbito da celebração do 56º aniversário, foi apresentada uma newsletter de investigação e no campo das novas tecnologias, o CMRA deu a conhecer a telereabilitação, um programa recentemente lançado que permite que todos tenham acesso simples e rápido a cuidados de saúde. Mais à frente, debateu-se os “Desafios da Reabilitação Pediátrica em Cabo Verde”, um contributo da equipa Além-Fronteiras.

Para finalizar a celebração do dia 20, realizou-se um concerto da Orquestra Metropolitana de Lisboa no auditório do Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão, o segundo de um ciclo de concertos planeados para diversos equipamentos da Misericórdia de Lisboa.

Um SOL de portas abertas

No âmbito de uma parceria com a Junta de Freguesia de Arroios, o SOL abriu as suas portas a todos os alunos do 1º ciclo que frequentam os agrupamentos de escolas Nuno Gonçalves e Luís de Camões, em Lisboa. A ação teve lugar por altura das comemorações do Dia Mundial da Saúde, que foi assinalado pela freguesia com uma feira dedicada ao tema, que teve lugar entre os dias 4 e 8 de abril.

A iniciativa de proximidade teve como objetivo promover a saúde oral junto da comunidade escolar, na área de abrangência da freguesia de Arroios, bem como dar a conhecer os serviços que este equipamento, da Misericórdia de Lisboa, dispõe.

Ao longo de toda a semana, foram realizadas mais de 30 consultas a crianças e jovens, entre os 5 e os 16 anos, onde as patologias mais prevalentes detetadas foram a má oclusão (desadequada relação entre os dentes e os maxilares) e cáries. Posteriormente, foram agendadas consultas de higiene oral e de odontopediatria de seguimento e de tratamento.

Durante as visitas das crianças e jovens ao SOL, foram ainda realizadas algumas ações de sensibilização sobre saúde oral, onde a equipa do espaço deu algumas “dicas” de prevenção de doenças da cavidade oral, como a adoção de uma alimentação saudável, a manutenção de uma correta higiene oral, com a lavagem dos dentes pelo menos duas vezes ao dia, e um acompanhamento periódico em consultas de odontopediatria, de seis em seis meses.

Este SOL brilha mesmo para todos

O SOL abriu em agosto de 2019 e, desde então, o crescimento da procura tem sido notório. O acesso é isento de custos, exceto nos tratamentos e intervenções em ortodontia, mas os beneficiários de abono de família devidamente comprovado estão isentos do pagamento de qualquer ato, tratamento e intervenção neste serviço.

Com um conceito e objetivos claros, melhorar os índices de saúde oral da cidade de Lisboa e tornar-se num centro de referência, esta resposta disponibilizada pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa abriu portas para facilitar o acesso de crianças e jovens, residentes ou a estudar no concelho de Lisboa, a cuidados de saúde oral.

A equipa atual é constituída por médicos dentistas, higienistas orais, assistentes dentários e técnicos administrativos. Os profissionais, com elevada formação, experiência e uma clara vocação para cuidados de medicina dentária em crianças e jovens, têm como objetivos promover a saúde oral, prevenir a doença e apostar na literacia em saúde de familiares e cuidadores, para a adoção de comportamentos e estilos de vida saudáveis.

“Os cuidados continuados integrados são um compromisso assumido pela Santa Casa”

O paradigma da saúde mudou nos últimos anos. Portugal tem um dos maiores índices de envelhecimento da Europa. Há uma maior esperança de vida média, mas não é acompanhada por mais anos de vida saudável. A população portuguesa mais idosa é portadora de doenças crónicas, com muitas patologias associadas. Mais suscetível a complicações decorrentes das suas doenças e com maior dificuldade na recuperação, esta população necessita de cuidados mais prolongados, de internamentos mais longos e acompanhados por equipas de saúde com competência nesta área.

Num tempo em que os desafios da longevidade são cada vez maiores, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa está comprometida na melhoria e no alargamento destes cuidados. A prová-lo, a instituição tem investido, nos últimos anos, na criação de mais respostas para fazer face a esta realidade. Atualmente, dispõe de três unidades de cuidados continuados integrados (UCCI Rainha D. Leonor, UCCI São Roque e UCCI Maria José Nogueira Pinto), num total de 213 camas de internamento, 181 das quais contratualizadas com a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados.

Paralisia Cerebral em destaque na semana em que se assinalou o Dia Mundial do Síndrome de Down

No dia em que se assinalou o Dia Mundial do Síndrome de Down, 15 de março, a Fundação Calouste Gulbenkian foi palco da apresentação do 5.º Relatório Trienal do Programa de Vigilância Nacional da Paralisia Cerebral (PVNPC). Um evento que ocorreu em formato presencial e que teve também transmissão online.

Presentes no mesmo, estiveram a ministra da Saúde, Marta Temido, a secretária de Estado da Inclusão e das Pessoas com Deficiência, Ana Sofia Antunes, e representantes das várias instituições que integram o projeto.

O relatório agora divulgado teve como tema principal a “Evolução dos Fatores Associados ao Risco de Paralisia Cerebral em Portugal no século XXI”, e contou com a participação de mais de 2000 crianças com paralisia cerebral, nascidas entre 2001 e 2012.

Durante a sua intervenção, Marta Temido, ministra da Saúde, salientou que o trabalho desenvolvido pelo PVNPC é um “importante contributo para o conhecer os fatores de risco associados à paralisia cerebral, o que permite atuar sobre eles”. Para isso, considera fundamental “investir na literacia em saúde da população, nomeadamente na saúde reprodutiva, saúde materna e comportamentos saudáveis”.

Os indicadores de risco identificados no relatório alertam para a importância de informar corretamente a população em idade reprodutiva e de fortalecer o investimento na promoção de comportamentos de saúde saudáveis.

“Tudo se resume às pessoas. É delas que falamos”, disse a ministra em defesa do investimento “em políticas que minimizem os impactos da incapacidade e deficiência” e que “permitam a inclusão destas pessoas, numa abordagem transversal, em todas as áreas governativas”.

No final do seu discurso, Marta Temido agradeceu ainda “aos voluntários que integram a rede e que recolhem, tratam e divulgam a informação” do relatório da PVNPC.

Ministra da Saúde

Sabia que…

  • A taxa de incidência por ano de nascimento, manteve-se estável ao longo dos primeiros 12 anos deste século, sendo que o mais intenso fator de risco de Paralisia Cerebral aos 5 anos é a prematuridade (28 a 31 semanas de gravidez) e a extrema prematuridade (menos de 28 semanas de gestação)?
  • Ou que outros fatores de risco frequentemente cumulativos com a prematuridade são a gemelaridade (situação em que se verifica a gestação de mais do que um feto no útero), a idade materna superior a 39 anos à data de nascimento, a presença de malformação congénita e o nascer leve para o tempo de gravidez?

Sobre o Programa de Vigilância Nacional da Paralisia Cerebral

Desde 2006 que o Programa de Vigilância Nacional da Paralisia Cerebral regista os casos de Paralisia Cerebral ocorridos em crianças nascidas no século XXI. Este programa tem a finalidade de obter indicadores que forneçam evidência científica que contribua à melhor satisfação das necessidades de saúde, educação e apoio social das pessoas que vivem com Paralisia Cerebral.

O programa é um consórcio entre a Federação das Associações Portuguesas de Paralisia Cerebral, o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, o Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, e as sociedades clínico-científicas nacionais das áreas da medicina física e de reabilitação.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde a Paralisia Cerebral representará 15% de todas as deficiências. A paralisia cerebral continua a ser a deficiência motora mais frequente na infância. A sua prevalência é estimada em 1,7 e 2,2 por mil nados vivos nos países mais desenvolvidos.

Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian: uma referência na área da Paralisia Cerebral

Como referência na área da Paralisia Cerebral, o Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian (CRPCCG) recebeu, esta quarta-feira, 23 de março, a visita de uma delegação da Federação Francesa de Estabelecimentos Hospitalares e de Assistência a Pessoas Dependentes (FEAHAP).

A comitiva foi recebida pela diretora da Saúde Santa Casa, Tânia Matos, e pela diretora do equipamento, Ana Cadete, que guiaram a equipa da FEAHAP numa visita às instalações do centro, com especial enfoque nas áreas de atuação na reabilitação pediátrica de crianças e jovens com Paralisia Cerebral, e deram a conhecer algumas especificidades da estrutura e do funcionamento deste equipamento da instituição, bem como da sua história.

Também nesta data, a delegação francesa visitou igualmente o Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão, da Misericórdia de Lisboa.

O encontro centrou-se, entre outros assuntos, na partilha da experiência portuguesa no apoio à população dependente, nomeadamente nas questões ligadas à Paralisia Cerebral e na preparação e educação da população mais jovem, para a vida adulta.

Com mais de meio século de história, o CRPCCG é, desde a década de 90, tutelado pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e tem como objetivo a reabilitação e educação da criança com Paralisia Cerebral, desenvolvendo ao máximo as suas capacidades e permitindo-lhe a sua integração social e produtivo na sociedade.

A equipa multidisciplinar do centro que inclui médicos especialistas, enfermeiros, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, terapeutas da fala, psicólogos, educadores, professores e assistentes sociais acompanha centenas de pessoas com deficiência por ano, prestando igualmente apoio às suas famílias.

Delegação

Operação Ucrânia. Autoridades apelam ao registo de crianças para facilitar acolhimento

Em comunicado conjunto, o Instituto de Segurança Social I.P., a Comissão Nacional da Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a Coordenação Nacional da Garantia para a Infância, o Alto Comissariado para as Migrações e Serviço de Estrangeiros e Fronteiras informam que o “registo, identificação e proteção de crianças e jovens deslocados da Ucrânia” é essencial para o efetivo exercício dos direitos e proteção de todas as pessoas que estão a chegar da Ucrânia.

Registo, Identificação e Proteção de Crianças e Jovens deslocados da Ucrânia

“Atendendo à situação do conflito armado na Ucrânia, o Estado português definiu e disponibilizou um conjunto de apoios temporários para acolher e garantir a proteção de crianças, jovens e famílias deslocadas da Ucrânia, pretendendo-se assegurar uma resposta ágil, preventiva e protetiva para estas situações”, refere o documento.

“A mobilização e solidariedade da sociedade civil para apoiar esta causa tem sido inexcedível, e é assente neste trabalho de parceria entre os serviços públicos, autarquias, organizações não governamentais e cidadãos e cidadãs que temos já acolhido no nosso país um contingente significativo de deslocados da Ucrânia”, explicam as instituições.

“Para o efetivo exercício dos direitos e proteção de todas as pessoas que estão a chegar da Ucrânia, é essencial o registo na plataforma https://offline.sef.pt/brevemente.html, disponível na página oficial do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), para efeitos de proteção temporária imediata e acesso aos demais benefícios junto de outras entidades, e assim garantido o acesso à educação, saúde, habitação, emprego e proteção social. No caso específico das crianças e jovens, para além da obrigatoriedade do seu registo em agregado familiar na plataforma, é ainda exigida deslocação presencial aos Serviços de Estrangeiros e Fronteiras para efeitos da validação”, esclarecem.

“Neste contexto, as crianças e os jovens assumem especial destaque e demandam particular atenção, sobretudo as que chegam a Portugal sem os seus pais ou outros familiares, ou adultos de referência da Ucrânia que por elas se responsabilizem, havendo que acautelar o seu processo de proteção temporária, mas igualmente o seu enquadramento no sistema de promoção dos direitos e proteção de crianças e jovens português, mediante a intervenção, consoante os casos, das entidades com competência em matéria de infância e juventude, Comissões de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ), Ministério Público e tribunais, sendo este processo desencadeado no âmbito da presença obrigatória junto do SEF que desencadeará as devidas diligências necessárias com vista à garantia de enquadramento da crianças e jovem no sistema de proteção português”, é referido no documento.

“Assim, tomar conhecimento antecipado das iniciativas de transporte para território nacional de crianças e jovens deslocados da Ucrânia, com disponibilização prévia, na medida e assim que possível, de um conjunto de informação e/ou documentação relacionada com as crianças e jovens transportadas e necessidades identificadas, através do registo na página PortugalforUKraine.gov.pt ou através da Linha 300 511 490, configura-se como um procedimento fundamental e de grande responsabilidade, que contribuirá de forma relevante para uma receção e acolhimento mais eficaz, de maior qualidade e facilitador da proteção imediata das crianças, principalmente as separadas ou não acompanhadas, objetivos por todos partilhados”.

“Acolher, cuidar, respeitar, integrar e, assim que possível, apoiar o regresso destas crianças e jovens ao país de origem pacificado e às suas famílias, é uma missão de grande altruísmo, generosidade e exigência por parte de um país e de uma sociedade que demonstra mais uma vez os valores humanistas que prossegue”, notam.

“Alerta-se para o direito da reserva da vida privada e imagem, pelo que se apela à não publicação de fotografias ou informações que permitam identificar as crianças, em especial as não acompanhadas, em quaisquer plataformas ou redes sociais”, salvaguarda, ainda, o documento.

Consulte o folheto sobre prevenção de tráfico de seres humanos, aqui.

Para mais informações:

https://portugalforukraine.gov.pt/

https://www.unicef.org/press-releases/unaccompanied-and-separated-children-fleeing-escalating-conflict-ukraine-must-be

 

 

 

 

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde

Unidades da rede nacional

Unidades que integram a rede de cobertura de equipamentos da Santa Casa na cidade de Lisboa

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Locais únicos e diferenciados de épocas e tipologias muito variadas

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas