Vacinas continuam a ser a melhor arma na luta contra a covid-19
Efeitos da pandemia – que ainda não acabou – não se reduzem, porém, ao tema sanitário, existindo também um impacto preocupante em termos sociais.
Efeitos da pandemia – que ainda não acabou – não se reduzem, porém, ao tema sanitário, existindo também um impacto preocupante em termos sociais.
Aumento da esperança média de vida leva a uma maior necessidade de realizar tratamentos que permitam aos idosos viver com qualidade e autonomia.
A Unidade de Cuidados Continuados Integrados (UCCI) Rainha Dona Leonor, em Lisboa, foi o tema de mais uma rubrica “Por Boas Causas”, do Correio da Manhã. A funcionar desde setembro de 2021, esta unidade promove a reabilitação dos utentes num ambiente de total apoio e incentivo a quem passa por uma fase menos positiva.
Casos como o de Gonçalo Santos ou de Fernanda Prudência, dois utentes da UCCI Rainha Dona Leonor, mostram a importância da forma como toda a equipa se empenha para ajudar os utentes a atingirem pequenos, mas valiosos objetivos diários na sua recuperação.
“É uma casa onde cada pessoa é cuidada no seu todo e tem, literalmente, aquilo que merece”, pode ler-se sobre aquela Unidade de Cuidados Continuados Integrados.
Leia a história na íntegra aqui.
O encontro decorreu este sábado, 7 de janeiro, no Teatro Armando Cortez, em Lisboa. O programa contemplou uma peça de teatro e uma tertúlia. A edição deste ano levou a palco a peça de teatro “… se quando vi o rapaz, vi as estrelas”, pelo grupo de Teatro Terapêutico W+, da Misericórdia de Lisboa, com textos de Filipe Silva, encenação de Natália Luiza e Cláudia Semedo e com a participação especial de Afonso Lagarto.
Para Filipe Silva, psicoterapeuta da unidade W+ e organizador do projeto, esta é uma oportunidade “única para que as crianças, jovens e adultos do grupo ExperimentArte, possam aceder a índices progressivos de maturidade emocional, partindo de um contacto mais genuíno com a sua dor psíquica, através da terapia pela arte e possam encontrar formas mais evoluídas e sublimadas, para lidar com as fragilidades do seu mundo interno, o que se repercutirá naturalmente no seu bem-estar social”.
Compreender o sofrimento psíquico das pessoas com problemas de saúde mental é mais que urgente e é com isto em mente que o ExperimentArte pretende quebrar estigmas e barreiras, sensibilizando e envolvendo a sociedade civil, através da comunidade artística, para os problemas associados ao adoecer psíquico na infância.
“A representação é terapia, pois, as crianças que estão a passar por um mau momento vão, através de uma história ou de uma representação, conseguir encontrar soluções adequadas, numa linguagem que conseguem compreender, sem que tenham de aceder à consciência”, comenta o psicoterapeuta.
O encontro culminou com a realização de uma tertúlia, onde os “pequenos atores” estiveram à conversa com o público presente no teatro.
Paralelamente à peça teatral, e ainda inserido no ExperimentArte, foi inaugurada uma pequena exposição de banda desenhada, da autoria de Jesualdo Silva, 14 anos, jovem que é acompanhado pela Unidade W+.

Este projeto insere-se no âmbito do programa de sensibilização para a Saúde Mental e visa aumentar as competências emocionais, reforçar a resiliência das crianças, adolescentes e adultos, utentes da W+, assim como permitir o acesso genuíno a experiências artísticas diversas, enriquecedoras e promotoras de mudança intrapsíquica.
A iniciativa não pretende substituir o trabalho psicoterapêutico especializado nas suas diferentes especificidades, mas servir de catalisador desse mesmo tipo de resposta, mais comum em saúde mental.
O ExperimentArte pretende melhorar as questões de autoconceito, autoestima e autoimagem, desenvolvendo aspetos emocionais positivos da personalidade, pelo recurso a experiências vivenciais de grande riqueza humana.
O Centro de Mobilidade foi criado em 1999, numa parceria entre o Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, e o projeto Fiat Autonomy, com o objetivo de estudar alternativas para a condução para pessoas com mobilidade reduzida.
Criado em 1999, o Centro de Mobilidade resultou numa parceria entre o Centro de Medicina e Reabilitação de Alcoitão (CMRA), da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, e o projeto Fiat Autonomy, com o objetivo de estudar alternativas para a condução para pessoas com mobilidade reduzida. A possibilidade de conduzir de forma autónoma um veículo automóvel expande ainda mais a liberdade de movimento de pessoas com alguma deficiência motora e facilita deste modo a sua participação enquanto cidadãos. Desde a sua criação, já passaram pelo centro mais de 4000 utentes.
“O primeiro simulador consistia num modelo da Fiat. Permitia a realização de diversos testes para avaliação da força muscular de cada membro, da destreza manual nas manobras de volante, e ainda permitia avaliar a coordenação oculomotora, realizar um despiste de deficits auditivos e do campo visual, entre outros”, realça Filipa Faria, diretora do serviço de reabilitação do Centro.
A ideia principal deste “simulador” é que quem viu a sua capacidade de conduzir afetada por doença neuromuscular, paraplegia, lesão ou envelhecimento, tenha ou não carta de condução, possa voltar ao volante através de uma avaliação à aptidão para a condução adaptada.
“Avaliamos sobretudo pessoas com incapacidades motoras resultantes de doenças (como o AVC, esclerose múltipla, síndrome de Guillain-Barré, doenças neuromusculares, mielites, neuropatias, entre outras) lesões ou traumatismos (lesões medulares, amputados dos membros ou TCE – Traumatismo Crânio Encefálico, entre outros)”, explica Filipa Faria.
Constituída por dois fisiatras, três terapeutas ocupacionais, um psicólogo e um engenheiro biomédico, a equipa clínica do projeto testa a destreza dos utentes para conduzir, apesar das suas limitações. “Todas podem ser avaliadas no Centro de Mobilidade, mesmo que não tenham carta de condução. Na realidade, a avaliação no Centro de Mobilidade destina-se a indivíduos cuja capacidade de condução foi afetada por doença, lesão ou mesmo envelhecimento ou que tenham tido uma alteração do seu estado funcional que possa afetar a sua capacidade de conduzir de forma segura”, esclarece a diretora.
A avaliação final do utente e a elaboração do relatório tem a duração de cerca de uma a duas horas, se for necessária a avaliação psicotécnica, é agendada essa avaliação e realizado um relatório final. Sempre que existam dúvidas sobre a aptidão psicotécnica é realizada uma avaliação psicológica específica para a condução utilizando a bateria de testes de Viena.
“Testamos força, destreza, coordenação oculomotora, despistamos alterações sensoriais, cognitivas e propomos as adaptações necessárias para a condução. Com o relatório da avaliação no Centro de Mobilidade, os candidatos que não têm ainda carta de condução poderão dirigir-se a uma escola de condução que disponha de veículos adaptados para tirar a carta”, frisa a médica.
Nos últimos anos, são vários os casos de sucesso que já passaram pelo Centro de Mobilidade. Após a avaliação final e depois de realizarem as adaptações necessárias aos veículos, muitos destes doentes, sobretudo paraplégicos, “puderam voltar ao trabalho, levar os filhos à escola, ir ao supermercado e participar de forma independente e ativa na vida familiar e social”, concluiu Filipa Faria.
Na ESSAlcoitão, o Dia Mundial da Terapia Ocupacional, celebrado esta quinta-feira, dia 27 de outubro, foi uma oportunidade para refletir sobre a importância desta vertente da terapia para a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. A sessão foi também um momento para alunos e professores conhecerem a missão da Valor T, a agência de empregabilidade para pessoas com deficiência da Misericórdia de Lisboa.
A sessão foi inaugurada por Jorge Torgal, que lembrou que a terapia ocupacional é, cada vez mais, uma área da saúde relevante, que tem vindo a ganhar o merecido destaque. A futuros e a atuais terapeutas ocupacionais presentes na conferência, o professor e diretor do estabelecimento de ensino superior gerido pela Santa Casa aproveitou para transmitir uma mensagem: “vocês fazem a diferença”.
A experiência de João Cadima enquanto terapeuta ocupacional e membro da equipa Valor T, permite-lhe concordar a 100% com Jorge Torgal. Na ambição de alcançar um mundo mais justo, a terapia ocupacional pode fazer a diferença. Mas de que forma é que os terapeutas ocupacionais podem ser um contributo na transição para a vida ativa e empregabilidade de pessoas com deficiência?
“São profissionais de saúde que centram a sua intervenção em cada pessoa, na sua funcionalidade, nas suas ocupações significativas, ambiente social e físico que a envolve. Promovem o desempenho ocupacional em ocupações importantes para a vida independente como a formação, o trabalho, as atividades da vida diária e autonomia na comunidade. Outra competência específica do terapeuta ocupacional, é a capacidade de análise e adaptação de atividades e tarefas, identificando barreiras e facilitadores ao desempenho de ocupações produtivas desejadas pela pessoa e empregador. Nesse sentido, colabora também na adaptação do ambiente laboral e recomendação de produtos de apoio adequados para atingir a inclusão”, explica João Cadima.
Pedro Teixeira é, como o próprio diz, “uma pessoa com deficiência, embora não pareça”. Toda a vida fez fisioterapia e terapia ocupacional. É com orgulho que constata que estas duas áreas da saúde em muito contribuíram para a vida autónoma que tem e para as conquistas que alcançou. Pedro viaja no tempo até ao ano 2017, altura em que concluiu o curso em artes plásticas e multimédia. “Bateu a muitas portas” em busca de trabalho. Nenhuma abriu. Pedro parafraseia um autor para mostrar que ele, à imagem de tantas pessoas com deficiência, só precisa de uma oportunidade:
“Enquanto o meu coração bater e o meu cérebro funcionar não me digam o que fazer. Deem-nos uma oportunidade e nós mostramos do que somos capazes. Se isso não acontecer, nós criamos as nossas próprias oportunidades”.

Agora, Pedro é parte fundamental da equipa da Valor T. “Fui uma das pessoas que se inscreveu na plataforma e, hoje, faço parte desta equipa fantástica. Além de talento e transformação, a Valor T também é empatia. É de destacar a facilidade com que a equipa trabalha com todos os candidatos”, explica.
O OcupLab@ESSAlcoitão é um espaço físico e virtual, que promove e potencia parcerias entre a ESSAlcoitão e a comunidade, para o desenvolvimento e investigação no âmbito da Ocupação. Um espaço aberto a todos os que queiram colaborar no estudo desta vertente da terapia, onde serão disponibilizados todos os trabalhos de investigação já realizados na Escola, mas também todos aqueles que estão em curso.
“Queremos ter colaboradores externos à escola. Queremos alargar a outros profissionais, terapeutas ocupacionais e não só. Ambicionamos também estabelecer parcerias com outras entidades, como é o caso da Valor T”, revela a diretora do departamento de terapia ocupacional da ESSAlcoitão, Isabel Ferreira.
Pedro Cadima destaca o lançamento, “em boa hora”, do OcupLab@ESSAlcoitão, que poderá “enquadrar a colaboração da Valor T com a Escola na investigação das questões das ocupações produtivas das pessoas com deficiência e incapacidade”. Não tem dúvidas de que a academia, enquanto fonte de conhecimento essencial, pode ser fundamental para a missão da Valor T, sobretudo “na concretização da inclusão laboral”.
“A ESSAlcoitão é uma mais-valia para a Valor T, pela sua experiência a formar profissionais de reabilitação, particularmente terapeutas ocupacionais. Nesse sentido, é um recurso inestimável. Por outro lado, aliar a prática à investigação é a melhor forma de validar a eficácia da intervenção e medir o impacto desta nos seus destinatários (pessoas com deficiência e empregadores) e na sociedade”, destaca.
Através da investigação pretende-se perceber as potencialidades e lacunas que possam existir, seja no acesso ao mercado de trabalho ou mesmo na adaptação ao posto de trabalho. ESSAlcoitão e Valor T estão juntas no objetivo de colocar em prática a fórmula que serve de tema ao Dia Mundial da Terapia Ocupacional 2022: “Oportunidade + Escolha = Justiça”.
O estado da saúde oral em Portugal é bom em termos de oferta, já a procura encontra-se ainda muito dependente dos recursos financeiros de cada cidadão. Esta foi a ideia central a reter da primeira edição da rubrica “Conversas por boas causas”, que resulta de uma parceria entre a TSF, o “Jornal de Notícias” e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
Ponto de vacinação está agora aberto a toda a comunidade. Vacinas incluídas no Plano Nacional são administradas gratuitamente a qualquer utente. Iniciativa insere-se numa nova estratégia de proximidade em cuidados de saúde.
O trabalho de investigação apresentado no dia 1 de outubro, a propósito do Dia Internacional do Idoso, na Sala de Extrações da Santa Casa, pretende ser um guia para todos os profissionais que lidam diariamente com idosos (como médicos, enfermeiros, terapeutas, nutricionistas entre outras classes profissionais) e, simultaneamente, funcionar como um plano de alerta para a importância de adaptar os hospitais adequadamente a esta população, tendo em conta o aumento da esperança média de vida.
Reforçando a importância da formação em geriatria, esta obra reúne ferramentas para a abordagem do cuidado às pessoas mais velhas, quer internado, quer residente noutras instituições, como na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados e nas Estruturas Residenciais para Idosos.
No livro é também identificado o papel dos vários profissionais de saúde no trabalho em equipa multidisciplinar, que inclui também a família, os cuidadores informais e os voluntários, na abordagem dos múltiplos fatores de risco.
São, ainda, apresentados vários protocolos práticos de atuação, destacando a articulação com os cuidados de saúde primários e sugerindo medidas de organização do meio e da arquitetura hospitalar, com vista à prestação de cuidados otimizados e com qualidade.