Santa Casa põe no terreno plano de testagem preventiva
A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa tem uma equipa no terreno que realiza testes à Covid-19 em 99 unidades da cidade. A operação, que arrancou em abril, vai na segunda fase e já chegou a dez mil pessoas.
“Vacinação é a arma decisiva para vencer esta batalha”
A campanha de vacinação contra a Covid-19 arrancou nos equipamentos da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa no passado dia 18, no Lar da Mitra. Durante este mês, serão vacinadas cerca de 800 pessoas (funcionários e utentes) das Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas desta instituição secular.
A primeira sessão online do InteraAções aconteceu esta quarta-feira, 20 de janeiro, e foi subordinada ao tema “Cidades Amigas de Todas as Idades: uma perspetiva de ciclo de vida”. O evento visou proporcionar a partilha de conhecimentos e expetativas relativamente a questões relacionadas com a longevidade e a melhoria da qualidade de vida das pessoas mais velhas.
Organizado pela Unidade de Missão para o programa “Lisboa, Cidade de Todas as Idades” da Misericórdia de Lisboa, a edição de 2020 do InterAções contou com dois convidados internacionais: Alexandre Kalache, médico e gerontólogo, responsável pelo Centro Internacional de Longevidade Brasil, e Costanzo Ranci, professor catedrático de Sociologia Económica no Politécnico de Milão. A representar a Santa Casa, participaram nesta primeira sessão: Edmundo Martinho, provedor; Sérgio Cintra, administrador de Ação Social, e Maria da Luz Cabral, coordenadora do Grupo de Trabalho sobre Políticas Públicas na Longevidade. O evento foi moderado por Mário Rui André, responsável pela Unidade de Missão da instituição.
No início da sua intervenção, Edmundo Martinho, dirigiu-se a todos os decisores políticos, destacando que “a longevidade deve incorporar todos os domínios das políticas públicas. Este é um fenómeno que não pode ser pensado de forma fragmentada, é necessário uma união entre o poder político e a sociedade “.
Para o provedor, as pessoas têm o dever de se mobilizarem para “tornar as cidades amigas de todas as idades”, destacando que o envelhecimento é um processo que deve ser vivido de uma forma saudável e que “a idade não pode ser um fator de exclusão”.
Edmundo Martinho, salientou, ainda, que a pandemia provocada pelo novo coronavírus está a “expor as fragilidades” que a população mais velha atravessa diariamente, sendo, por isso, necessário encontrar “respostas integradas entre todos para encontrar soluções, de maneira a que ninguém fique para trás”.
Uma ideia igualmente defendida pelo responsável pelo Centro Internacional de Longevidade Brasil, Alexandre Kalache, que na sua intervenção frisou que “assistimos a uma revolução da longevidade. Os paradigmas são constantemente alterados. Vive-se cada vez mais”. É, por isso, muito importante que as cidades estejam preparadas para “a maratona que é a longevidade”. Uma preparação que deve acontecer desde muito cedo, na faixa dos 20 ou 30 anos, defende ainda o médico e gerontólogo.
Para Alexandre Kalache, a pandemia deve “ser um sinal de alarme” e todos os países devem “adotar planos que protejam as pessoas mais velhas e mais carenciadas”. “Nenhum país pode ser considerado civilizado se não proteger os mais frágeis”, concluiu o antigo diretor do Programa de Envelhecimento da Organização Mundial de Saúde.
Já Costanzo Ranci, professor no Politécnico de Milão, debruçou-se sobre o caso de Itália, referindo que o setor social no país não estava preparado para a catástrofe da Covid-19. Reforçou ser necessário um “forte investimento nas políticas sociais”, para que o cenário de março e abril de 2020 não se repita.
Por sua vez, Maria da Luz Cabral fez questão de salientar que só com a “participação das várias áreas setoriais” é possível elaborar uma estratégia nacional de longevidade com efeitos práticos. Analisando cenários futuros, a coordenadora do Grupo de Trabalho sobre Políticas Públicas na Longevidade da Santa Casa lembrou ainda a importância de garantir que a população se mantenha “ativa no processo de envelhecimento e cada vez mais independente, autónoma e saudável”.
A encerrar os trabalhos da primeira sessão do InterAções, Sérgio Cintra, frisou que “a longevidade é hoje encarada de uma maneira diferente”. O administrador da Ação Social concluiu que “é necessário garantir que as pessoas possam viver mais anos em qualidade, prolongando a sua autonomia e independência”.
Se não teve oportunidade de assistir à primeira sessão do InterAções, a mesma pode ser visualizada no vídeo em baixo.
Não perca a próxima sessão online, subordinada ao tema “Portugal Mais Velho: Desafios da Longevidade & Envelhecimento”, que decorre na próxima quarta-feira, 27 de janeiro, às 14h30.
Os utentes e os colaboradores do Lar da Mitra – Polo de Inovação Social, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), receberam a primeira dose da vacina contra a Covid-19. Durante a tarde de segunda-feira, 18 de janeiro, foram administradas 89 doses da vacina (48 em residentes e 41 em colaboradores).
Já esta terça-feira, 19 de janeiro, o plano de vacinação avançou para o Lar de Nossa Senhora do Carmo, a Residência Faria Mantero e a Residência do Recolhimento de Santos-o-Novo.
Nesta primeira fase, o Plano de Vacinação irá abranger cerca de 800 utentes e colaboradores das Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas (ERPI) da Misericórdia de Lisboa.
A primeira dose da vacina deverá ser administrada a 8000 pessoas, de um universo de 8761 utentes e funcionários de todos os lares da cidade de Lisboa, até à próxima sexta-feira, 22 de janeiro.
Esta tarefa envolve os Agrupamentos de Centros de Saúde Central, Norte e Ocidental da cidade, enfermeiras e enfermeiros voluntários, em articulação com a Proteção Civil de Lisboa, os seis corpos de Bombeiros Voluntários da cidade e a Polícia Municipal.
Além dos funcionários e residentes em lares da instituição, está previsto que, em breve, os profissionais e internados em unidades de cuidados continuados e os profissionais de saúde dos equipamentos da Saúde da Santa Casa recebam a vacina. Estes profissionais estão na linha da frente no combate à pandemia e, por isso, pertencem ao primeiro grupo de vacinação.
Créditos da fotografia: CML
Plano de Vacinação Covid-19
O Plano de Vacinação, apresentado no dia 3 de dezembro, já tinha definido quais os grupos prioritários no arranque, sendo que os profissionais de saúde dos centros hospitalares universitários do Porto, Coimbra, Lisboa Norte e Lisboa Central foram os primeiros a receber a vacina da Pfizer/BioNTech, a 27 de dezembro do ano passado.
Seguiram-se os profissionais e residentes em lares, cuja campanha de vacinação arrancou a 4 de janeiro, e que também pertencem à primeira fase de vacinação. Esta fase, que engloba 250 mil pessoas, inclui também os profissionais e internados de cuidados continuados.
Até 15 de janeiro, tinham sido vacinadas cerca de 106 mil pessoas, em Portugal continental, incluindo utentes e funcionários de lares de idosos.
O SOL não brilha só no céu. Cá em baixo há um SOL especial que se reflete na saúde dos nossos dentes. É o Serviço Odontopediátrico de Lisboa, a unidade da Santa Casa da Misericórdia que presta serviços de medicina dentária pediátrica às crianças e jovens de Lisboa.
Da realidade virtual às teleconsultas. Como a Santa Casa faz o caminho para a digitalização
Levar a realidade virtual aos utentes em lares, teleconsultas e telereabilitação. Na Misericórdia de Lisboa continuam a acreditar na presença, mas acreditam que com o digital vão chegar a mais pessoas.
Santa Casa vai duplicar oferta de Cuidados Continuados
O Hospital da Estrela está prestes a abrir como unidade de Cuidados Continuados. É a terceira da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a ganhar relevo em tempos de pandemia.
O processo negocial que decorreu num ambiente de elevada cortesia e profissionalismo, correspondendo às expectativas de todas as partes envolvidas e criando as condições necessárias para o reforço da missão daquele prestigiado hospital no sistema de saúde português.
A Cruz Vermelha Portuguesa transmitiu a totalidade das suas ações respeitantes a 54,97% do capital social da Sociedade Gestora do HCV.
Os termos desta transação têm em consideração a responsabilidade pela recapitalização urgente e significativa da Sociedade Gestora do HCV, bem como pelo desenvolvimento a curto prazo de um programa de reestruturação da atividade operacional, a qual será assumida pela Santa Casa, na qualidade de acionista maioritária, e da qual a CVP se desonera por força da venda das suas ações.
O acordo firmado entre as partes estipula que o HCV mantenha o seu nome e identidade, assim como toda a sua atividade clínica, estando previsto, no entanto, um reforço da sua intervenção no âmbito do Terceiro Setor, em linha com as orientações estratégicas e de intervenção da Santa Casa na área da saúde.
Na próxima Assembleia Geral do HCV, marcada para esta quarta-feira, 16 de dezembro, serão eleitos os novos corpos sociais do Hospital e, nesse mesmo dia, os membros eleitos pela Santa Casa iniciarão as funções de gestão.
Numa segunda fase, está prevista a aquisição, também por parte da Santa Casa, das ações do capital social da Sociedade Gestora do HCV, detidas pela Parpública, pretendendo a Santa Casa constituir-se como única acionista do Sociedade Gestora.
A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a Cruz Vermelha Portuguesa e a Parpública congratulam-se pelo contributo que deram para uma solução que robustecerá o Hospital da Cruz Vermelha e que permitirá disponibilizar, ainda mais e melhor, as suas inúmeras valências e serviço de excelência à comunidade.
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Na nova casa digital do hospital, disponível em hosa.scml.pt, poderá encontrar todas as informações sobre as especialidades e serviços disponíveis, fazer marcações de consultas médicas e exames complementares de diagnóstico e conhecer todo o corpo clínico do equipamento, classificado, desde 2011, como Monumento de Interesse Público.
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