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Centro de Reabilitação e Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian foi reino de brincadeira por um dia

Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian acolheu, no passado dia 2 de junho, um autêntico festival de brincadeiras e atividades dedicadas às crianças que frequentam o estabelecimento, que puderam assim participar na XII edição dos Jogos Adaptados.

Aproveitando o Dia da Criança, assinalado na véspera, cerca de 85 famílias viveram momentos de felicidade e esqueceram, por momentos, as limitações de cada um. Desde pinturas faciais, música, doces ou escorrega, passando pelos já habituais passeios a cavalo e interação com cães, não faltaram oportunidades para o convívio entre todos.

O pequeno André, utente do Centro, foi o espelho dessa alegria, como explicou a mãe, que teceu elogios não apenas ao evento, mas ao funcionamento de toda a instituição.

“Estou a adorar, é a primeira vez que venho. Estamos cá no centro desde setembro e desde o primeiro dia que estamos a adorar isto. Tanto eu, como o meu marido, como o André, só que ele expressa-se à sua maneira. Os terapeutas, pessoal administrativo, até as senhoras da limpeza, tem sido tudo fantástico. Sentimo-nos acolhidos, é muito bom”, frisou.

Depois de ter aproveitado um passeio num dos cavalos da GNR, André tinha agora a companhia de um dos cães da Guarda Nacional Republicana. Feliz, a mãe referiu ainda que a iniciativa é boa “até para os pais”: “Sem dúvida. Vamo-nos conhecendo e interagindo, porque, afinal, não somos os únicos”.

Mais adiante estão pai e filha, que voltaram ao Centro e aos Jogos Adaptados vários anos após a última presença.

“A última vez que viemos foi há uns seis ou sete anos, mas corre sempre bem. O dia é sempre uma animação para eles, ela fica sempre muito contente em vir cá. Tivemos agora uma fase em que foi operada, esteve em Alcoitão e agora foi aqui integrada na terapia ocupacional e da fala. Tinha fotografias a andar a cavalo há uns anos e agora queria repetir. Todos os exercícios que fazem ali dentro estão refletidos aqui fora”, explicou, antes de assistirem à atuação da ESSATuna, tuna da Escola Superior de Saúde do Alcoitão.

XIII Jogos Adaptados

Habilitar e capacitar

Para Ana Cadete, diretora do Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian, este dia é uma “festa de jogos adaptados para reunir as famílias e todos os que aqui trabalham”.

“A importância deste dia para as crianças é perceberem que podem divertir-se e funcionar, estarem integradas como as outras crianças. As pessoas ligam sempre muito ao que elas não podem fazer, mas elas podem fazer muita coisa. É esse o foco. Não é o que não podem. As famílias têm de ser capacitadas e perceberem que podem ir ao parque infantil e podem brincar, de uma forma adaptada. Tudo isto é terapia. Os saltos no insuflável, o estarem ali na música… Tudo é terapia, em atividades no dia a dia”, resumiu.

A diretora relembrou que este Centro trabalha “com uma equipa multidisciplinar, centrada na criança e na família, com o objetivo de habilitar e capacitar as crianças para poderem funcionar enquanto crianças e depois enquanto adultos”.

“Temos intervenção direta até aos seis anos e, após essa idade, em situações pontuais, como por exemplo casos de pós-operatório. Mas depois damos orientação toda até à vida adulta. Temos adultos que ainda vêm à consulta para orientação e também porque somos um centro prescritor de produtos de apoio”, lembrou Ana Cadete.

XIII Jogos Adaptados

A importância dos estímulos

Ocupado a puxar uma boia num escorrega improvisado encontrámos o fisioterapeuta Frederico, que conhecia praticamente todas as crianças presentes na festa e considerou ser “essencial” haver mais dias como este.

“Isto promove a integração social, eles veem mais meninos e percebem que é uma coisa normal e natural. É um benefício muito grande. Têm estímulos diferentes e é muito bom para os objetivos de cada criança. Obviamente, há uns que precisam mais disto e outros daquilo, mas mal não faz. Qualquer atividade é sempre benéfica, nem que seja pela parte lúdica, mas depois podem acrescentar a parte terapêutica. Dá-lhes concentração e coordenação”, explicou.

Para os pais, Frederico deixou o conselho de que “não há brincadeiras melhores para uns do que para outros, mas sim brincadeiras que podem ser adaptadas”, e mostrou-se feliz por poder participar nos Jogos Adaptados.

“É ótimo. É diferente porque acaba por ser benéfico para nós vermos estas crianças a divertirem-se e esboçarem um sorriso, não porque dizemos uma piadinha, mas porque estão a realizar uma atividade. Depois, no fim do dia, logo se pensa no cansaço”, terminou, com um sorriso”.

XIII Jogos Adaptados

Jogos Adaptados 2023

XIII Jogos Adaptados

Jogos Adaptados 2023

XIII Jogos Adaptados

Jogos Adaptados 2023

XIII Jogos Adaptados

Jogos Adaptados 2023

XIII Jogos Adaptados

Jogos Adaptados 2023

XIII Jogos Adaptados

Jogos Adaptados 2023

XIII Jogos Adaptados

Jogos Adaptados 2023

XIII Jogos Adaptados

Jogos Adaptados 2023

XIII Jogos Adaptados

Jogos Adaptados 2023

Santa Casa representada em seminário sobre Acolhimento Familiar

A questão do Acolhimento Familiar esteve no centro do seminário “Construindo pontes entre a Prática, a Ciência e as Políticas Públicas”, que teve lugar ontem, dia 15 de junho, no Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE). O evento foi organizado pela equipa do projeto All4Children e contou com a colaboração das três instituições que o integram: o Centro de Investigação e Intervenção Social (CIS-ISCTE), o Laboratório Colaborativo ProChild CoLAB e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

Foram debatidas as práticas, a investigação e as políticas públicas do Acolhimento Familiar e um dos primeiros oradores do dia foi Rui Godinho, diretor da área de Infância, Juventude e Família da Santa Casa, que frisou que “acolher crianças está no ADN” da instituição.

“Procuramos permanentemente as melhores soluções para isso”, assegurou o diretor, no sentido de que “todas as crianças tenham acesso a uma infância de qualidade, e não apenas as que vivem na cidade de Lisboa”.

“Estamos abertos a todas as instituições para colaborarmos e partilharmos experiência. Hoje podemos estar satisfeitos, porque já fizemos um caminho que resulta. Mas estamos constantemente a aprender”, terminou Rui Godinho.

Também Ana Gaspar, diretora do Núcleo de Acolhimento Familiar, marcou presença no seminário. Começou por apresentar o Programa LX Acolhe e divulgou depois alguns números, com destaque para as 85 famílias de acolhimento em exercício atualmente, bem como 17 candidaturas em avaliação, sendo estes dados do final do mês de maio. Ana Gaspar sublinhou que, ao todo, há 73 crianças acolhidas atualmente.

Coube a Charles H. Zeanah, um dos maiores especialistas internacionais em Acolhimento Familiar, encerrar o seminário à distância. Atuando como psiquiatra de crianças e adolescentes e professor de Psiquiatria e Pediatria Clínica, e sendo ainda diretor de Psiquiatria de Crianças e Adolescentes e vice-presidente do Departamento de Psiquiatria e Neurologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Tulane, Charles H. Zeanah sublinhou alguns dos principais desafios do Acolhimento Familiar e aproveitou para responder às questões da assistência, quer presencial, quer online.

Entre as prioridades

A Misericórdia de Lisboa tem colocado nas suas prioridades a questão do Acolhimento Familiar. Recorde-se que no passado dia 1 de junho foi assinado um protocolo entre a Santa Casa, o Instituto de Segurança Social e a Casa Pia de Lisboa com vista à cooperação entre estas três entidades no âmbito do Sistema de Acolhimento Familiar e Residencial de Crianças e Jovens no distrito de Lisboa.

Este protocolo visa, entre outros fins, assegurar a adequação, qualificação e gestão das respostas de acolhimento para as situações que envolvem crianças e jovens em perigo, com medida de promoção e proteção de acolhimento familiar ou residencial.

Casa do Impacto e Fundação Amélia de Mello criam programa de apoio a novos empreendedores

A Casa do Impacto, hub de inovação social da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e já consolidada como uma referência no ecossistema de negócios de impacto em Portugal, em cocriação com a Fundação Amélia de Mello, com o envolvimento das empresas do Grupo José de Mello e Grupo Sovena, desenhou uma iniciativa que aproxima jovens e oportunidades do mundo do impacto, através de bolsas e sessões de capacitação.

Impact Journey pretende dotar os jovens, com idades compreendidas entre os 18 e os 30 anos, com conhecimento, ferramentas e financiamento para desenvolverem as suas ideias e darem os primeiros passos no setor do empreendedorismo de impacto. O programa inclui sessões de capacitação, acesso a bolsas de empreendedorismo, visitas de estudo a entidades diversas do ecossistema nacional e internacional, e a participação em programas da Casa do Impacto.

O programa pretende responder aos seguintes desafios: Agroindústria, com atividades relacionadas com matéria-prima e transformação, a indústria dos alimentos e a sua distribuição; Água, no contexto de preservação de recursos naturais, procuram-se soluções para a reutilização, redução da perda de água, consumo eficiente e racionalização; Educação, na formação das novas gerações e na Prevenção e estilos de vida, que procurem uma qualidade de vida de modo completo e integrado, e comportamentos saudáveis, desde o diagnóstico e a prevenção, à promoção da saúde e modificação comportamental.

A sessão de apresentação do programa aconteceu esta quarta-feira, 14 de junho, na Casa do Impacto e contou com a presença de Ana Jorge, provedora da Misericórdia de Lisboa, Inês Sequeira, diretora da Casa do Impacto, Vasco José de Mello, presidente da Fundação Amélia de Mello e Manuel Alfredo de Mello, presidente do grupo Nutrinveste/Sovena.

Na sua intervenção, Ana Jorge destacou a parceria agora firmada, considerando que estes projetos são “fundamentais para os jovens que querem fazer um percurso no empreendedorismo de impacto e encontram nesta casa um sítio de excelência para desenvolverem as suas competências e capacidades”.

Para a provedora, a Casa do Impacto “tem tido a capacidade de responder aos novos desafios e de fazer coisas novas que permitem aos jovens encontrarem soluções diferentes para problemas reais desta geração”.

Já Vasco José de Mello acredita que “esta parceria com a Casa do Impacto pode ter um potencial de impacto significativo na vida de todos”, frisando que “poder apoiar empreendedores de impacto a desenvolver as suas atividades e encontrar soluções para o país é, para a fundação, uma missão que está na sua génese”.

Opinião partilhada por Manuel Alfredo de Mello, que salientou, na sua intervenção, que “é necessário que os nossos jovens olhem para iniciativa empresarial com uma mentalidade aberta e positiva, procurando o sucesso e a sustentabilidade global para um futuro melhor”.

A iniciativa agora apresentada rege-se pelas seguintes fases: submissão de candidaturas, de 14 de junho até 24 de setembro, seguindo-se uma fase de capacitação de 12 projetos, entre 9 e 20 de outubro, sendo que serão posteriormente selecionados três projetos para seguirem em frente, para a fase de incubação a acontecer entre 1 de novembro de 2023 e 1 de novembro de 2024.

Os três vencedores, para além do apoio financeiro, no valor de 5.000,00 euros para cada projeto, vão ainda usufruir do período de um ano de incubação gratuita na Casa do Impacto, com acompanhamento de uma equipa dedicada, da participação na Web Summit 2023, através de um Alpha Pack, e a oportunidade de participar numa Inspiring Journey em Londres, ao abrigo da parceria com a LSE Generate da London School of Economics.

Simpósio internacional dedicado à Companhia de Jesus

Lisboa foi palco do simpósio internacional dedicado à Companhia de Jesus, organizado pelo Advanced Jesuit Studies do Boston College e pela Brotéria, em associação com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Durante três dias (12, 13 e 14 de junho), 120 especialistas mundiais na história dos jesuítas passaram pelas instalações da Brotéria, pela Sala de Extrações da Santa Casa e pelo Convento de São Pedro de Alcântara.

O objetivo desta iniciativa inédita passava por aprofundar o conhecimento sobre a Companhia de Jesus e suas missões ao longo dos séculos. Para o efeito, foram organizados diferentes painéis de discussão dedicados à história e missão dos jesuítas, abrangendo inúmeras perspetivas da sua atividade em diferentes momentos da sua existência. Uma história que se cruza com a da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, desde logo porque a sede da instituição está instalada num edifício que pertencera à Companhia de Jesus, da Igreja e da Casa Professa de S. Roque.

Os investigadores presentes tiveram oportunidade para apresentar propostas de estudo sobre as diferentes componentes da vida dos jesuítas, nomeadamente do seu papel na sociedade e do impacto que esta terá tido na sua estrutura e missão.

Em declarações à Rádio Renascença, o padre Francisco Mota, diretor-geral da Brotéria, sublinhou que o simpósio resultou “de uma colaboração que a Brotéria tem com o Boston College, uma importante universidade americana, que tem um instituto dedicado a temas que se prendem com a história da companhia de Jesus”.

O encontro foi adiado em consequência da pandemia. Quis o destino que este simpósio se realizasse a poucas semanas da Jornada Mundial da Juventude, agendada para a semana de 1 a 6 de agosto, em Lisboa. A Jornada Mundial da Juventude, a que a Santa Casa se associa, terá a presença do Papa Francisco, também ele um jesuíta.

O farol que ilumina os dias cinzentos

São empurrados para a rua pelo álcool e pela droga, pela falta de saúde mental, pela violência, pela precariedade e em alguns casos, por promessas de vida melhor que procuram longe do sítio de origem. São de Lisboa, Porto, de outros pontos do país e de vários países mundiais. Na Unidade de Atendimento à Pessoa em Situação de Sem-Abrigo (UAPSA), serviço que integra a Unidade de Emergência, encontram algumas das respostas para reencontrarem o seu lugar no mundo.

Marisa Melo, coordenadora do Atendimento Social da UE, explica que o perfil das pessoas que recorrem a este serviço “caracteriza-se pela existência de défices educacionais e profissionais, apresentando, maioritariamente, baixa escolaridade e uma elevada indiferenciação profissional, falta de condições de saúde e de habitação, pouco ou nenhum vínculo com redes de suporte familiares e sociais, ou quando apresenta estas são pautadas pela disfuncionalidade”.

Para a coordenadora, existe um novo paradigma que caracteriza o perfil das pessoas que recorrem ao apoio da Unidade de Emergência. “Registamos igualmente pessoas que decorrentes do desemprego deixaram de conseguir fazer face às suas necessidades de subsistência, denominados pelos novos sem-abrigo excluídos de um mercado laboral mais competitivo. O colossal peso dos custos com a habitação no orçamento das pessoas, na atualidade, é outro enorme constrangimento e desafio à intervenção nesta área”, frisando ainda que os números demonstram um aumento considerável de estrangeiros, sem retaguarda familiar, económica e social, na população sem-abrigo na cidade.

O problema esse é antigo, como retirar as pessoas da rua e humanizar o mais possível. É com isto em mente que os técnicos da UE trabalham diariamente, através dos seus vários serviços, como é o caso da Unidade de Atendimento à Pessoa em Situação de Sem-Abrigo, juntamente com o Centro de Apoio Social dos Anjos, com valência de refeitório social, o Centro de Alojamento Temporário Mãe d’ Água e Extensão, destinado a alojar pontualmente mulheres e homens isolados e famílias monoparentais femininas, o Centro de Apoio Social de S. Bento, que ajuda na integração ou reintegração no mercado de trabalho, a Casa de Transição para alojamento temporário para ex-reclusos e jovens do género masculino com percurso de acolhimento institucional e a Casa de Apoio Maria Lamas com valência de alojamento para mulheres vítimas de violência doméstica com ou sem filhos.

Só no ano passado, esta unidade de apoio assegurou 15.538 atendimentos sociais, que corresponderam a 3.693 utentes diferentes, que passaram pelo serviço, já os dados de 2023 demonstram a mesma tendência do problema, em que até ao final do mês de maio a Unidade de Emergência garantiu o acompanhamento a 2.756 pessoas.

sem abrigo

“A condição de sem-abrigo é um problema social extremamente complexo. Sabemos que só uma intervenção integrada e colaborativa pode ser eficaz no combate a este flagelo. Só desta forma conseguimos tornar a intervenção com estas pessoas mais eficiente e eficaz. Contudo, as constantes alterações no tecido social, o aumento dos fluxos migratórios, o contexto social e económico que enfrentamos e a escassez de respostas habitacionais conduz a um aumento das situações de vulnerabilidade, o que se apresenta como um verdadeiro desafio para as equipas técnicas que atuam diariamente no terreno”, argumenta Marisa Melo, salientando que ainda existe muito caminho a percorrer, no entanto, assegura que “a principal causa destas pessoas se encontrarem nesta condição é a ausência de habitação” e aponta que “é necessário a criação de uma verdadeira política pública de habitação associada a outras políticas noutros setores como o da saúde, emprego, formação, justiça e proteção social, que de uma forma integrada e complementar sustente os processos de integração destas pessoas e evite retrocessos na situação de sem-abrigo”.

Encontro promove estratégia para pessoas sem-abrigo

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa está presente na 92ª edição da Feira do Livro de Lisboa, de maneira a promover as suas obras, missão e património, integrando o mosaico cultural e artístico que por estes dias toma conta da cidade.

Foi no passado dia 7 de junho, quarta-feira, que o stand da instituição acolheu a apresentação do Caderno Técnico 12 – Pessoa em Situação Sem-Abrigo, que contou com a presença de Sérgio Cintra, administrador de Ação Social da Santa Casa, Américo Nave, diretor executivo da Associação de Intervenção Comunitária Crescer, Henrique Joaquim, gestor executivo da Estratégia Nacional para a Integração de Pessoas em Situação de Sem-abrigo e Marisa melo, coordenadora do atendimento social da Unidade de Emergência da Misericórdia de Lisboa.

Durante o encontro foi possível explicar alguns estudos feitos na área e apontar algumas estratégias de atuação para esta problemática complexa e multicausal.

“Amor à primeira vista”: Uma história feliz de voluntariado ao domicílio

“Foi amor à primeira vista. É uma pessoa extraordinária, muito humana. Gosto imenso dela e não digo isto por ela estar aqui”. É assim que Elisabete Hipólito, de 77 anos, fala de Denise, de 37. As quatro décadas que separam as idades das duas só acrescentam valor à história que ambas começaram a construir em comum há cerca de três meses.

Denise faz voluntariado ao domicílio, proporcionado pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Já tinha tido outra experiência de voluntariado, mas atualmente dedica-se a visitar pessoas e a oferecer-lhes o seu tempo. É o caso de Elisabete. Desde a morte da mãe, já centenária, Elisabete ficou praticamente isolada. Partilha a habitação apenas com o dono da casa, mas há muito que lhe faltava uma presença amiga e até força para viver.

“Após o falecimento da minha mãe, tive alguns momentos em que apetecia-me ir embora. Deixei de comer, de me arranjar, de sair… Passava os dias em casa e apanhei uma grande depressão”, recorda, com alguma mágoa no olhar.

Porém, tudo viria a mudar. A equipa que acompanhava Elisabete recomendou-lhe uma solução, que numa primeira fase poderia passar por um centro de dia. Esta ideia não lhe agradou, mas foi então que decidiu aceitar receber um voluntário em casa.

“Disse que não queria uma pessoa qualquer, queria alguém que falasse comigo. Sou uma pessoa muito atualizada e gosto imenso de gente jovem. Disse logo à senhora doutora: não me traga velhotes porque para isso estou cá eu! Nem pessoas feias! E mereceu a pena a espera, estou muito feliz. Agradeço muito à Santa Casa por me ter possibilitado este serviço”, explica Elisabete.

utente de voluntariado

Elisabete Hipólito

Ao seu lado, Denise escuta os elogios de sorriso nos lábios. É estudante na área da multimédia e todas as terças-feiras, de manhã, reserva duas horas do seu tempo para fazer companhia à “dona Elisabete”, como lhe chama.

“Não faço isto propriamente por mim. Sei que dou o meu tempo a alguém que o quer receber. É mais por aí e sinto-me bem. É bom ver a dona Elisabete toda bonequinha”, refere a voluntária.

“Normalmente os voluntários são pessoas mais velhas e eu percebo o que a dona Elisabete diz: nós absorvemos mais vida quando estamos com pessoas mais novas”, adianta.

Nos últimos meses têm-se conhecido mutuamente e o tempo tem ajudado, possibilitando passeios ao ar livre, muito apreciados pela utente.

“Eu peço sempre para ir à igreja e depois vamos ao Jardim da Estrela, que é muito bonito e faz-me lembrar os meus tempos de infância. Outras vezes vamos para Campo de Ourique. Agora tinha programado visitar uns conventos que não se pagam, se a Denise estiver de acordo. E depois estendermos mais um bocadinho, porque gosto de ver museus… Vamos andando por aí”, relata Elisabete, enquanto olha para Denise.

Quando perguntamos se conta os dias da semana à espera de Denise, Elisabete não só confirma como vai ainda mais longe.

“Às vezes até nem durmo. E fico irritada se ela se atrasa, telefono-lhe logo!”, diz entre risos, justificando logo depois: “Sou pontualíssima. Se há coisa que me irrita é ter de esperar, mas também não deixo esperar ninguém”.

voluntariado ao domicílio

Elisabete Hipólito, Andreia Guerreiro e Denise

A cumplicidade entre ambas é notória. A meio da nossa conversa, Denise pergunta se o problema da televisão já está resolvido e Elisabete confirma. É também na questão das tecnologias que a voluntária ajuda a sua amiga mais velha, que até já pensou no que fazer caso a chuva apareça.

“Se um dia chover, ficamos em casa e ela ensina-me a trabalhar com o telemóvel, que já esteve duas vezes para ir pela janela”, avisa em tom de brincadeira.

Além do gato Ravel, que, segundo Elisabete, foi buscar o seu nome ao autor da célebre obra musical ‘Bolero’, está connosco na acolhedora cozinha Andreia Guerreiro, coordenadora do Serviço de Apoio Domiciliário (SAD). Vê com satisfação este caso de sucesso no voluntariado ao domicílio, mas sublinha a delicadeza com estes processos têm de ser tratados.

“Há muitos voluntários disponíveis, mas temos sempre de gerir na tentativa de fazer sentido. Procuro não impingir esta situação. A pessoa pode não dizer que quer receber um voluntário, mas eu percebo o contexto. Por exemplo, a dona Elisabete teve durante muito tempo aqui a mãe a cargo. Face ao seu falecimento, começou a entrar numa fase de isolamento. É ver estes sinais para que depois possamos sugerir, porque geralmente as pessoas não têm essa iniciativa”, explica Andreia Guerreiro, realçando o cuidado a ter na seleção de voluntários “porque os utentes não são amostras”.

Experiência singular

Por ser um tipo diferente de apoio, o voluntariado ao domicílio merece especial atenção, como explica Rita Turras, diretora do Núcleo de Gestão de Produtos de Apoio da Santa Casa.

“O Serviço de Apoio Domiciliário tem características muito específicas e é um cliente natural da Unidade de Promoção de Voluntariado. É completamente diferente apoiar pessoas dentro das suas casas ou dentro de espaços da Misericórdia. Para este apoio é necessário ter também formação específica”, refere a responsável, sublinhando os destinatários.

“Há pessoas que já são voluntários da Santa Casa mas que querem experimentar esta realidade. Temos outras que estão neste momento a entrar como voluntários na Misericórdia e ainda estão numa fase de discernimento. E, às vezes, temos também pessoas que já estão no SAD, mas que não tiveram oportunidade de fazer esta formação antes de iniciar a sua atividade”, acrescenta.

Para Rita Turras, “todas as formas de voluntariado são gratificantes”, mas o apoio domiciliário torna-se singular pela “relação de um para um”, da qual resulta “um impacto imenso na vida daquelas pessoas”.

E, talvez por isso, “a grande maioria” dos voluntários quer regressar ao ativo após concluir uma primeira experiência.

“Mesmo quando há um processo de perda, por integração do utente em lar ou até por morte, por vezes há um período de luto, mas muitos mostram-se logo disponíveis para visitarem outra pessoa”, conclui.

Saiba como tornar-se voluntário da Santa Casa.

Adoção esteve em debate no programa Sociedade Civil

A adoção foi o tema central do mais recente programa Sociedade Civil, da RTP. Isabel Pastor, diretora da Unidade de Adoção, Apadrinhamento Civil e Acolhimento Familiar da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, foi uma das convidadas e começou por abordar a questão do direito a ter uma família.

“O grande objetivo é concretizar o direito a viver em família para todas as crianças e em qualquer situação”, frisou, descrevendo depois as várias modalidades em que tal pode acontecer com o auxílio das instituições.

Isabel Pastor abordou ainda a questão das idades na adoção, sublinhando que os jovens devem poder expressar a sua vontade.

“Num sistema que assenta tanto na vontade, participação e audição das próprias crianças e jovens sobre o seu futuro e decisões da sua vida, é lamentável que não seja ouvida, nos termos da lei, uma declaração de vontade de um jovem de 16, 17 ou 18 anos de ser adotado”, explicou.

A diretora da Unidade de Adoção, Apadrinhamento Civil e Acolhimento Familiar da Santa Casa aludiu também à questão das motivações na hora de adotar: “Há muito a mudar na mentalidade e nas crenças gerais de que a adoção é a substituição do filho que não se teve”.

Veja aqui o programa.

A festa da Taça também se fez de inclusão

Há tradições que nunca se perdem e a festa que é a Taça de Portugal é uma daquelas “romarias” que povoam o imaginário de milhares de pessoas. O ritual é sempre o mesmo, depois do final do campeonato, é hora de encontrar o grande vencedor da prova rainha do futebol nacional. Pelo sétimo ano consecutivo, o Placard volta a dar nome a esta prova, que mais do que futebol, é também um espaço de amizade, amor e inclusão.

Mas, se no relvado a história ficou marcada pelos dois golos, sem resposta, que o FC Porto marcou ao Sporting Clube de Braga, nas bancadas a narrativa é outra e contam-se por sorrisos, oportunidades e estreantes nestas andanças, e não golos.

Nesta Taça de Portugal Placard e há semelhança de outras edições, a Santa Casa e a Federação Portuguesa de Futebol querem que a festa do futebol seja para todos. A parceria entre as duas instituições, no âmbito da responsabilidade social, permitiu que ninguém ficasse de fora. Junto à linha lateral do relvado ficou instalada uma bancada destinada a pessoas com mobilidade reduzida, preenchida por utentes do Centro de Medicina de Reabilitação do Alcoitão (CMRA) e Obra Social do Pousal.

bancada de mobilidade reduzida

Bancada destinada a pessoas com mobilidade reduzida

Para a animadora sociocultural do CMRA, Carolina Duarte, esta oportunidade proporcionada pela instituição é importante “porque demonstra que estas pessoas também tem o direito de se divertirem”, frisando que, para que veio assistir “é uma maneira de perceberem que estar na situação em que estão, não deve ser limitador, para o que quer que seja”.

“Embora nenhum seja adepto dos clubes que estão no relvado, só o facto de aqui estarem já é uma vitória. Desde pequenos que ouvimos falar na festa da Taça e a festa também é isto, incluirmos quem necessita”, comenta a animadora.

animação de jovens

Enquanto que no relvado do complexo do Jamor se ultimavam os preparativos para a bola começar a rolar, nas laterais do campo quase 200 jovens, todos vestidos de branco, iam ensaiando uma coreografia para a cerimónia de abertura do evento. Compondo a “onda” branca, 9 meninas da direção de Infância e Juventude da Santa Casa iam entoando o hino nacional, entre o barulho ensurdecedor das claques afetas ao Braga e Porto.

Perto do apito inicial, todos tomaram o seu lugar no recinto de jogo. De um lado, os mais de 200 jovens, do outro a orquestra que dava os acordes para que o hino nacional desse as boas vindas aos protagonistas do espetáculo.

Joana, Andreia e Matilde, com idades entre os 14 e os 15 anos, foram algumas das vozes que levaram o “esplendor de Portugal” a ecoar pelas bancadas de pedra do Jamor. Para as jovens “este é um momento que ficará para sempre”.

bancada do jamor

“Nunca tinha assistido a uma partida de futebol, é a minha primeira vez”, argumenta Andreia. Já Matilde assume que também é uma estreante, mas que o futebol ocupa uma grande parte da sua vida. “Eu jogo futebol e espero que no próximo ano consiga ir prestar provas ao Sporting”, conta a jovem que não esquece as “heroínas” da seleção das quinas que conseguiram pela primeira vez na história do futebol nacional, o apuramento para a fase final do mundial da modalidade, a realizar em julho e agosto, na Austrália e na Nova Zelândia.

“Felizmente em Portugal o futebol já não é só para homens. Conseguimos estar no mundial e para mim aquelas mulheres é que são verdadeiras guerreiras”, frisa Matilde, enquanto abraça as colegas.

As duas “peças” mais importantes do jogo

No âmbito do patrocínio à Taça de Portugal, os Jogos Santa atribuíram dois importantes prémios: o “Troféu Homem do Jogo” e o “Troféu Fair Play”, o primeiro ao melhor jogador em campo, o segundo ao jogador que teve um comportamento de desportivismo merecedor de destaque.

O médio do FC Porto Otávio, arrecadou o prémio “Homem do Jogo” da Taça de Portugal Placard, após votação feita pelos profissionais da comunicação social presentes na tribuna de imprensa do Estádio Nacional.

otávio

Otávio, prémio “Homem do Jogo” e Nuno Alves, administrador dos Jogos Santa Casa

Os Jogos Santa Casa distinguiram também Ricardo Horta pelo ‘Fair-Play’ demonstrado na partida. Esta distinção foi decidida por um comité de especialistas que acompanhou a final da prova rainha.

Ambos os troféus foram entregues pelo administrador dos Jogos Santa Casa, Nuno Alves.

ricardo horta

Nuno Alves, administrador dos Jogos Santa Casa e Ricardo Horta, prémio “Fair Play”

Aldeia de Santa Isabel acolhe seminário dedicado aos jovens em risco de exclusão

Logo na abertura, o administrador do departamento de ação social e saúde da Santa Casa, Sérgio Cintra, fez questão de salientar o trabalho desenvolvido pela Aldeia de Santa Isabel junto das crianças e dos jovens que acolhe e insere na vida ativa profissional, quando as suas famílias não o podem ou conseguem fazer.

“Desde 1983 que a Misericórdia de Lisboa gere este equipamento, numa ação contínua, que todos os dias necessita de ser cultivada e amadurecida. As atuais exigências do mercado de trabalho precisam de ser reequacionadas. Em todas as sociedades existe uma ausência muito vincada de competências que são garantidas, aqui, através da formação profissional. A taxa de sucesso e de colocação no mercado de trabalho dos jovens que aqui se encontram é excecional. Quase todos os que concluem os nossos cursos de formação são inseridos no mercado de trabalho”.

Sérgio Cintra instou ainda, na ocasião, todos os participantes no seminário a partilhar as suas preocupações como forma de contribuir para que a Santa Casa possa colmatar possíveis ausências nas respostas às dificuldades sentidas pelos jovens da Aldeia de Santa Isabel: “Se uma instituição como a Misericórdia de Lisboa, que comemora este ano o 525º aniversário, considerar que tudo sabe, vai fechar as portas a uma próxima geração. Temos de ter sempre esta inquietude e este dever de vos pedir apoio na identificação das preocupações para melhorarmos a nossa atuação”.

seminário jovens em risco de exclusão - sérgio cintra

Sérgio Cintra, administrador da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa

O diretor da Aldeia de Santa Isabel, António Duarte Amaro, por seu turno, descreveu o papel desempenhado pelo equipamento na vida dos jovens ali inseridos e do contexto em que chegam, destacando o modelo de escolarização: “Trabalhamos para retirar o estigma que a escola deixou em muitos jovens e fazemos da oficina a base deste projeto para que aprendam a fazer coisas concretas. Os jovens aderem mais à prática do que à teoria, mas é através dessa prática que compreendem que precisam da teoria. É o que chamamos de ‘modelo de convergência'”.

seminário jovens em risco de exclusão - duarte amaro

Duarte Amaro, diretor da Aldeia de Santa Isabel

Na parte da manhã, o seminário contou com a partilha de Joaquim Azevedo, professor jubilado da Universidade Católica, responsável pela escola no Porto “Arco Maior”, um projeto criado há dez anos, que recebe adolescentes que abandonaram a escola e que tem como objetivo a sua reintegração em meio escolar. Neste painel, Joaquim Azevedo elencou aquilo que chamou de “traços principais de uma escola e de uma pedagogia para a inclusão”, como sendo a base para que “nenhuma escola pública exclua nenhum cidadão”.

Antes de ter início o primeiro painel, houve ainda oportunidade para ouvir António Saraiva, recém-nomeado presidente da Cruz Vermelha Portuguesa, que levou a debate o tema “responsabilidade solidária das empresas na formação dos jovens desfavorecidos”.

O primeiro painel da manhã congregou um conjunto de partilhas “de práticas formativas e desafios para a mudança”, a cargo de representantes da Casa Pia de Lisboa (do Centro de Educação e Desenvolvimento Pina Manique), do Polo de Jovens do Centro de Educação, Formação e Certificação da Santa Casa, da Escola de Segunda Oportunidade de Sintra e do Centro Nacional de Qualificação de Formadores.

seminário jovens em risco de exclusão - painel 1

Painel I

A tarde foi dedicada ao painel que se debruçou sobre “o modelo de convergência na Aldeia de Santa Isabel”, no qual se ouviram vários testemunhos de formadores do equipamento relativamente às atividades diárias realizadas com os alunos.

seminário jovens em risco de exclusão - painel 2

Painel II

A provedora da Misericórdia de Lisboa, Ana Jorge, fechou o dia de trabalhos, começando por elogiar o trabalho da Aldeia de Santa Isabel nesta que é uma área a que tem particular dedicação: “os jovens e a intergeracionalidade, àquilo que é necessário fazer para apoiar a população mais vulnerável, com mais dificuldade na integração do sistema escolar e, depois, na sua vida futura. O trabalho que aqui se faz é muito significativo e muito esperançoso, e todos nós temos de partilhar experiências, discutir e analisar as várias perspetivas e dificuldades que sentimos no dia-a-dia com estes jovens”.

Ana Jorge agradeceu o trabalho e dedicação de todos nesta missão da Santa Casa na procura por melhores respostas para um futuro melhor destas crianças e jovens mais desprotegidos.

seminário jovens em risco de exclusão - ana jorge

Ana Jorge, provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa

O dia foi marcado ainda por um momento artístico levado a cabo pelos utentes da Aldeia de Santa Isabel, com uma passagem de modelos intergeracional, que mostrou os trabalhos desenvolvidos nas várias oficinas do equipamento.

seminário jovens em risco de exclusão - passagem de modelos

Passagem de modelos intergeracional

Os jovens e o futuro em debate no CCB

Para aprofundar estas questões e pensar sobre estes temas foram convidados especialistas nacionais e internacionais, de diversas áreas temáticas, desde a política à educação, passando pelo ativismo.

A provedora da Santa Casa, Ana Jorge, destacou a inquietação, “que é mais característica nos jovens” e que os motiva para defender as suas causas. “São curiosos e são contestatários e ainda bem que o são, porque nos obrigam a pensar com eles cada vez mais, envolvendo os jovens nesta discussão dos temas que lhes dizem respeito.”

A provedora reforçou que “Santa Casa está envolvida, de certo modo, na Jornada e empenhada no apoio. É um momento em que todos os jovens, independentemente da sua Fé, podem estar envolvidos nas boas causas e para reforçarem a sua generosidade e se envolverem na defesa de um mundo melhor, mais solidário e mais humano”.

Ana Jorge frisou ainda que a instituição tem uma grande responsabilidade na área da infância e da juventude. “As crianças são o futuro do país e o futuro começa hoje. O que pudermos fazer hoje terá os seus efeitos exponenciais”, afirmou, relembrando que “todos temos uma criança dentro de nós” e que “enquanto tivermos a capacidade de criar e de querer fazer diferente, estamos vivos” e que “no dia em que não tivermos essa capacidade o ciclo da vida chega ao fim”.

Numa mensagem em vídeo deixada à conferência, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, agradeceu à Santa Casa e à Renascença pela iniciativa. O Presidente lembrou que foram os jovens a iniciar grandes transições na sociedade, como as campanhas de sensibilização para as alterações climáticas, transição da energia, revolução digital, entre outras, para enaltecer o papel dos jovens.

Já D. Américo Aguiar, presidente do conselho de gerência do Grupo Renascença Multimédia, reforçou que a “sociedade tem de proporcionar às crianças e jovens “a possibilidade de lutarem, de sonharem e de, com poesia, serem capazes de concretizar os sonhos”, agradecendo ainda à Santa Casa da Misericórdia, “que vai correspondendo às boas causas”, com “novas respostas para os novos problemas” e por, “em cada tempo, ser capaz de dar resposta aos novos problemas, que se cruzam sempre com os jovens e a juventude”.

No encerramento da conferência João Costa, ministro da Educação, defendeu que o maior interesse das democracias está “na formação dos nossos jovens”, reiterando que mais importante que os manifestos é a participação.

“Entendam que os níveis de participação democrática passam por vocês se apresentarem em listas para as assembleias de freguesia, câmaras municipais, para serem deputados, governantes, porque é aí que vocês vão mesmo ser capazes de agir perante aquilo que é preciso fazer”, comentou o ministro.

Saiba mais sobre esta conferência aqui.

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde

Unidades da rede nacional

Unidades que integram a rede de cobertura de equipamentos da Santa Casa na cidade de Lisboa

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Locais únicos e diferenciados de épocas e tipologias muito variadas

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Locais únicos e diferenciados de épocas e tipologias muito variadas

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas